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quinta-feira, maio 27, 2004

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Porto Seguro
O português Porto portou-se primorosamente bem na final da Copa dos Campeões. Fez três belos gols e sagrou-se campeão com todos os louros. Vejam só como são as coisas, Romário, Ronaldo, Rivaldo e outros craques não têm esse título. Já o Carlos Alberto (19 anos !), Derley (???) e o neoportuguês Deco (ex- Corinthians) o possuem. Coisas da bola...

Monaco fez bonito
Só pela virada espetacular sobre o Real Madrid, no segundo jogo das quartas-de-final, já vale a campanha do aguerrido time monegasco. Para quem (como eu !) apostava no próprio Real, ou no Arsenal, ou no Milan, o Monaco foi uma agradável surpresa. Eles estão de parabéns.

Jogo da Amarelinha - Prós
Golear Hungria e Catalunha não é tão “bater em bêbado” como estão alardeando aos quatro ventos. Não são times de primeira linha, mas são tão fortes (ou fracos) como Equador, Paraguai e México, seleções que complicaram contra o Brasil. O time criou muitas oportunidades e o ataque finalmente funcionou. Juninho Pernambucano entrou para não sair mais.

Jogo da Amarelinha - Contras
O empate contra a França foi preocupante. O ataque voltou a passar em branco e a defesa voltou a dar sustos quando foi exigida. Parreira voltou a ser teimoso em manter o Zé Roberto no time. E o Cris definitivamente não é jogador de seleção.

A Argentina, sempre ela
Os mais temidos e respeitados rivais não estão com essa bola toda. Jogando em casa o Brasil é favorito. Palavras, palavras, palavras. A Argentina complica sempre, e o jogo nunca é fácil. Riquelme não joga, está contundido. Mais uma chance para o excelente D’Alessandro jogar. Ele vem entrando (aos poucos) muito bem na seleção Argentina. Torço para ser um grande jogo.

Eu não disse ?
O tal do Deportivo Táchira não ofereceu resistência ao São Paulo. Venezuela não dá. Sem chance. Uma zebra que teve 15 minutos de fama. Dificilmente vão alcançar outra quartas-de-final da Libertadores.

São Caetano quase cala o Boca
Não vi, mas dizem que o primeiro jogo (0 X 0) foi horrível, de doer a vista. Uma infindável disputa de bola no meio-de-campo. Não vi, mas ouvi o segundo. Vi apenas os melhores momentos na TV. Me pareceu bem melhor que o primeiro. O São Caetano jogou com personalidade e teve a chance de matar o jogo. Nos pênaltis, prevaleceu a tradição (e a técnica). Fabrício Carvalho cobrou de maneira bisonha. Confesso, torci pelo Boca.

Sport Club Corinthians Paulista
Sem palavras. Só me restam lágrimas, ódio e decepção. A esperança mingua a cada gol tomado. E já foram muitos ! Temos a pior defesa do campeonato.

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segunda-feira, maio 24, 2004

O Corneta Esportiva cresce 

O nosso blog esportivo cresce a olhos visto, a passos largos. Já ultrapassamos os 1000 acessos em apenas três meses de existência. Esse número ainda não considera os muitos acessos que tivemos antes da instalação do “counter”. Agora ainda contamos com gráficos e podemos ver que temos acessos inéditos (pessoas que nunca tinham entrado no site) diários, e isso é muito legal.

Os textos estão cada vez melhores e com mais informações. Os colaboradores estão com ritmo e vontade. Pena que alguns são esporádicos e bissextos. Flávio Prato e Guto Guitarra que o digam. Faço votos para que escrevam com mais regularidade.

O saldo dos 1000 acessos é positivo. Parabéns para todo o time que compõe o elenco do Corneta Esportiva. E, é claro, muito obrigado para todos os leitores e leitoras que entram aqui. Em nome do Corneta Esportiva, agradeço de coração. Sem pieguice.
Abraços,
Diego Corneta.

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quinta-feira, maio 20, 2004

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Alguém acreditou ?
O Corinthians foi eliminado da Copa do Brasil mais fácil dos últimos anos. Mamão com açúcar. Se o time fosse um pouco mais competente, poderia tranqüilamente lutar pelo título. Mas com esse time sem defesa, sem meio de campo, sem ataque e sem banco de reservas é muito complicado.

Eu acreditei
Confesso que, assim como o colega Pedrão Pistão, alimentei esperanças durante o jogo contra o Vitória. Sei que é inútil, sei que o time é limitadíssimo, ainda assim eu torci. Não me arrependo, mas também não me orgulho.

Erro do juiz
Houve um pênalti no Rincón no último lance da partida. Mas não foi esse erro que eliminou o Timão, foi o time todo. Aliás, na segunda partida contra o Fortaleza, houve um gol legal e o juiz marcou falta (inexistente) em Fábio Costa. Ficou elas por elas.

Erro do Fábio Costa
O goleiro do Coringão falhou feio no primeiro gol do Vitória. Há certos preceitos que são básicos para os goleiros. Uma delas é: ou você sai do gol em direção à bola, ou você fica em baixo da trave. NUNCA fique no meio do caminho. Mas não foi por causa desse lance que o alvinegro ficou de fora, foi o time todo.

Venezuela ?
Expliquem uma coisa, como é que um time da Venezuela chega invicto a uma quartas-de-final de libertadores ? O time do Deportivo Táchira é um mistério, uma zebra com listras fosforescentes. Só para lembrar, o futebol é o terceiro esporte da Venezuela. E o São Paulo, que não tem nada com isso, se deu muito bem e praticamente assegurou a vaga.

Cadê a tradição ?
São águas passadas, eu sei que a geografia do futebol está mudando. A passos lentos, mas está mudando. Peñarol, Cerro Porteño, Olympia, Independiente, Colo-Colo, América de Cali, e outros times com tradição na Libertadores cederam espaço para Deportivo Táchira, Santos Laguna, Once Caldas e outras bizarrices. Gostava mais de antigamente.

Peixe ainda respira
O time do Santos ainda é o favorito para se classificar. Não consegue mais repetir as excelentes atuações do passado. Mas é um time extremamente perigoso, capaz de construir uma goleada em poucos minutos. Criam muitas chances e desperdiçam muitas chances. Mas, quando entram duas ou três bolas seguidas, sai de baixo.

Olímpicas
O Rio de Janeiro viu sua candidatura para as Olimpíadas de 2012 ir por água abaixo. Falem sério, alguém em sã consciência acredita que o Rio (ou qualquer outra cidade brasileira) teria condições de sediar um evento desse porte ? Então, por quê a decepção generalizada ? Boa parte da imprensa e a maioria dos dirigentes chiaram. Gente, acordem ! O Rio vive uma guerra civil sangrenta. Seria mesma coisa se tentassem fazer uma Olimpíada em Bagdá.

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quarta-feira, maio 19, 2004

DURO DILEMA 

Por Pedrão Pistão

Não sei o que anda acontecendo comigo. Estava chateado com o Corinthians, que só levava goleadas e era motivo de piadas com enorme freqüência. Agora que o time deu uma pequena melhorada eu enfrento um duro dilema: torço ou não torço pelo coringão?

Como sou um corintiano daqueles meio fanáticos deveria apoiar o time sem a menor sombra de dúvida. Porém, eu acho que tenho um pouco de cérebro para ver que a coisa está toda errada lá pelos lados do Parque São Jorge. Não concordo com o técnico, com a diretoria, com o presidente...

Infelizmente as coisas só mudam quando os resultados não aparecem e a equipe vai mal. Geralmente quem paga o pato é o técnico, só que a situação chegou a tal ponto que ninguém acredita que a simples troca de treinador surtirá algum efeito. Todos conseguem enxergar, graças a Deus!!!, que o problema é bem maior.

Só que o time deu uma melhorada, melhorou pouco mas melhorou, tenho que reconhecer. Méritos de quem? Não sei responder. Talvez de ninguém, ou de todo mundo. Sei lá. Quem sabe aconteceu algum milagre. Estou escrevendo já sabendo que o Corinthians perdeu de 2 X 0 pro Vitória e foi eliminado da Copa do Brasil. Mesmo sendo derrotado por 2 gols de diferença, o time teve grandes oportunidades para garantir a vaga. Foi incompetente nas finalizações.

E agora, com essa eliminação, será que o terror volta? Vou ser bem sincero: até cheguei a cogitar torcer contra meu time do coração pra ver se a situação mudava no clube, mas, quando o juíz apitou e a bola começou a rolar, não teve jeito: berrei, gritei, sofri e torci. A paixão conseguiu vencer a razão novamente. E acredito, com grande pesar, que vai ser sempre assim.

Quem sabe com a pressão da torcida algo mude. Eu acho muito difícil. Grandes interesses (dinheiro, prestígio, fama, visibilidade política) estão em jogo. Mesmo se o time for rebaixado, quem manda no clube vai continuar com os mesmos poderes. No Palmeiras foi assim, por quê no Corinthians seria diferente? Resta a nós, meros torcedores e palhaços, mantermos a grande roda da história girando, ou alguém cogita abandonar o vício e começar a se preocupar com coisas "sérias"?

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Críquete e Rugby 

por Anselmo Trompete

O tempo que eu fiquei no exterior pude conhecer um pouco mais sobre esses dois esportes tão obscuros para o brasileiro.
Não tinha idéia do quanto os ingleses gostam de Críquete e Rugby. Acho que um dos fatores que desvia a atenção do futebol é o fato de que em meados de maio a Premier League (primeira divisão inglesa de futebol) chega ao seu final. A partir daí não se houve mais falar em Arsenal, Chelsea e Manchester United. Isso mesmo! Os jogadores dos clubes ingleses gozam de um considerável período de férias. Tudo muito diferente aqui do Brasil, onde a bola não pára.
Provavelmente devido à estiagem de futebol, o povo da Rainha Elizabeth tem que procurar outros esportes. Basquete? Vôlei? Não. Os caras curtem mesmo é o tal do Críquete e o tal do Rugby.

Críquete
Nós do interior chamamos de BETS e o pessoal da capital prefere denominar TACO. Lá na Inglaterra eles falam que isso é CRÍQUETE. A diferença é que nós jogamos 2 contra 2 e eles 11 contra 11. Basicamente é a mesma coisa. Um jogador possui um taco e ele deve defender sua base da bola que é lançada pelo arremessador adversário. A pontuação eu não tenho a mínima idéia de como é contada. Uns papudos me disseram que tem partidas que chegam a levar DIAS para acabar. Eu duvido. Não consegui ficar assistindo esse jogo por mais de 15 minutos, quem dirá dois dias!

Críquete no mundo
As principais potencias no Críquete são: Inglaterra, Australia, Índia e Paquistão. Segundo uns indianos que eu conheci, a seleção australiana é a melhor da atualidade. O time possui um conjunto fortíssimo, embora não tenha um “super-jogador”. Já a seleção da India conta com o maior jogador de todos os tempos (não recordo o nome dele) porém o resto do time é bem limitado.

Rugby
Conhecem Futebol Americano? Então. Tirem as ombreiras, capacetes e calças coladas daqueles trogloditas. Pronto! Agora estamos assistindo RUGBY! Uau!
A única diferença que notei entre esses dois esportes, é que no Rugby o jogador não pode passar a bola pra frente. O passe só deve ser feito para o lado ou para trás. Portanto, para chegar ao outro lado do campo, os jogadores devem avançar de maneira que o passe possa ser feito de maneira válida.
Um lance interessante do Rugby é quando 3 ou 4 jogadores levantam outro de seu time para pegar a bola que foi chutada pelo time adversário.

Rugby no mundo
Ano passado tivemos a COPA DO MUNDO de RUGBY. Os favoritos eram os “ALL BLACKS” da Nova Zelândia. Eles são chamados assim por usarem o uniforme inteiro preto. Porém esse favoritismo não amedrontou seus vizinhos e a Austrália acabou eliminando os All Blacks na semi-final.
A grande final foi entre Inglaterra e time da Nicole Kidman, Natalie Imbruglia, Men at Work, Midnight Oil, AC/DC , INXS, entre outros. Segundo o pessoal que assistiu, foi uma das finais mais emocionantes de toda a história. A seleção inglesa venceu a australiana depois de duas prorrogações! E eu tive que aguentar a festa dos ingleses. O time chegou a desfilar em um carro de bombeiros pelas as ruas do centro de Londres.

Nota final
Agora sim eu consigo entender como o país que deu origem ao futebol pode ter vencido apenas um mundial. Enquanto os ingleses dividirem as atenções com Críquete e Rugby, o time da Rainha Elizabeth vai ficar muito tempo sem ,sequer, chegar à uma final de Copa do Mundo.
Ah! E também não nada contra esses dois esportes. Desde que eles fiquem lá do outro lado do Atlântico.


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quinta-feira, maio 13, 2004

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Luxemburgo no Santos
Luxemburgo, apesar de hipócrita e pilantra, é um excelente técnico. O Santos é um excelente time. O casamento tem tudo para dar certo. Aliás, começou muito bem. O Santos despachou a LDU numa noite de gala para o jovem Diego. Alex e Paulo Almeida vão sair. Isso é certo. Alex vai fazer mais falta, Paulo Almeida é um jogador substituível. Se também saírem Diego e Renato, aí as coisas complicam muito para o Santos. Dizem que o Ricardinho está chegando. Ainda assim, o Diego é melhor que o Ricardinho. Tem outra, o Deivid foi uma ótima contratação. Ele não é craque, mas sabe jogar coletivamente e, principalmente, sabe fazer gols.

Azulão na Libertadores
O São Caetano está nas quartas-de-final. Vai encarar o time mais temido e respeitado da América, o encardido Boca Juniors. Aí sim vamos ver até onde esse time do ABC pode chegar. É uma pena que o Marcinho tenha se machucado. A entrada que ele sofreu foi criminosa, e o jogador que a cometeu deveria ser suspenso pela eternidade.

São Paulo na Libertadores
Classificou na bacia das almas. O gol no último lance do primeiro tempo caiu do céu. O São Paulo não jogou bem, mas o suficiente para ganhar por um gol diferença. Provavelmente vai enfrentar o Tachira (???). Uma incógnita.

Primeiro e último
Juca Kffuri (é essa a grafia ?) disse na CBN que o pênalti cobrado pelo goleiro do Rosário Central foi o primeiro em toda sua carreira. Para quem viu o resultado da cobrança deve ter pensado como eu: foi o primeiro e último. Vai cobrar pênalti mal lá na Argentina !!!

Casagrande comentários pequenos
Quem viu o jogo do São Paulo pela Globo pode confirmar, não estou louco. O Casão é contraditório e muda de opinião a cada cinco minutos. No início do jogo ele disse que a formação do São Paulo era a ideal, com Luis Fabiano e Vélber na frente. Um de área e outro que “chega mais de trás”. Depois, mudou e disse que faltava um outro “atacante nato” na equipe. Entrou o Grafite e ele mudou de novo, disse que era uma alteração “precipitada” e que três atacantes não significam necessariamente mais poder de ataque. Grafite fez o gol e vejam só... o Casão mudou de novo ! Disse que o Grafite entrou bem, “no clima do jogo”. Saiu o Marquinhos e entrou o Gabriel. Casão criticou duramente o Cuca. Gabriel entrou bem e deu fôlego ao meio campo tricolor. Enquanto isso o Casagrande mudava de opinião pela enésima vez.... Eu não espero que um comentarista acerte todas. Isso é impossível, cargo de ciganas, Mãe Dinah e Nostradamus. A única coisa que espero é o mínimo de coerência e humildade em assumir os prognósticos errados.

Diretoria do Corinthians
É a Escolinha do Professor Raimundo ? São os Três Patetas ? Seriam os Trapalhões ? Não, é a diretoria do Corinthians. Queriam o Zé Luis (ex-Marília) e ele foi para o Atlético-MG. Queriam o Grafite (ex-Goiás) e ele foi para o São Paulo. Queriam o Gilberto (ex-Grêmio) e ele foi para o São Caetano. Queriam o Deivid (ex-Bordeux) e ele foi para o Santos. Enquanto isso eles contrataram os craques Adrianinho, Régis Pitbull, Julinho, Valdson, Careca, Samir, e outros pernas-de-pau. Querem outra ? O Corinthians quer o Ricardinho. O Santos também. Ganha um Chicabom quem adivinhar qual clube o meia está mais próximo. Incompetência ? Não, quase nada.

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domingo, maio 09, 2004

Ascensão e queda do Diego – parte final  

Por Diego Corneta

Diego inspirou uma igreja e uma religião na Argentina. Os “maradonistas” cultuam-no como um enviado especial de Deus, um verdadeiro santo, um messias. Esse fato, por si só, já rende muitas reflexões. Maradona foi um dos grandes. Para muitos, ele está abaixo apenas do Pelé. E para alguns, ele está acima inclusive do Pelé. Sua vida pessoal é um tango argentino lamurioso e cheio de provações. Não sabe administrar suas contas e está endividado; teve diversas relações extraconjugais; é briguento e até violento; atirou, com uma espingarda de chumbo, em jornalistas (leia-se paparazzi). Isso tudo somado à sua doença, o vício pela cocaína. Tirando seu futebol genial, “El Pibe D’oro” não pode ser considerado um bom exemplo de nada, nem de atleta. Sempre foi avesso aos treinos táticos e físicos. Ele é um verdadeiro anti-herói, no sentido literal e visceral que esse termo denota.

Traçando um paralelo com o Pelé, podemos afirmar que este sim foi um exemplo de atleta dedicado, de empresário bem sucedido (por mais escusos que possam ser os meios para obter o sucesso. Lembrem-se, desde que os fins sejam lucrativos, no capitalismo os fins justificam os meios). Pelé nunca foi visto ingerindo sequer uma gota de álcool. Nunca foi protagonista de escândalos. Por mais filhos que o Pelé possa ter tido fora de seus casamentos, ele sempre foi visto como pai dedicado. Aliás, na nossa sociedade machista, filhos fora do casamento são perdoados. Nesse ponto, Pelé e Maradona foram absolvidos. Onde eu quero chegar é o seguinte: na somatória dos eventos, Pelé teria, teoricamente, muito mais motivos para ser cultuado, mas não é. Justamente o contrário. Hoje há uma clara distinção entre o Pelé, o jogador, e o Édson, o homem. Maradona é um só. Parece não haver distinção com contornos tão bem definidos, como acontece com Pelé. Não há Maradona, o jogador, e Diego, o homem.

Tudo bem, eu concordo que 1958, 1962 e 1970 estão muito mais distantes do que o ano de 1986. Mas o fato é que mesmo durante o auge da sua carreira, Pelé nunca foi tão amado como Maradona ainda é. Sei que muitos podem discordar dessa última afirmação, mas os fatos estão aí para todo mundo ver e tirar suas próprias conclusões. Diego é amado a tal ponto que o permite agir como se fosse imortal, como se fosse Deus. Ele, há semanas atrás, fugiu da internação e foi jogar golfe. E mais, abusou da comilança e da bebedeira (e, por que não ao menos desconfiar, abusou da cocaína) a tal ponto de ser internado novamente. É algo inacreditável ! Como é que os médicos, amigos e familiares permitem ? Só há uma resposta: ele é o Maradona. Sem dúvida nenhuma ele é, ao lado de Evita Perón e Che Guevara (sim, Che era argentino), a figura mais carismática da Argentina. Ele significa muito para o imaginário e para a cultura daquele país. Diego é o homem que vingou a derrota de uma guerra. Diego é o homem que alçou seu país ao posto mais alto do mundo. Diego é o homem dos lances geniais e dos gols espetaculares. Diego é a síntese do povo argentino.

Por mais preconceito e desinformação que nós brasileiros possamos carregar sobre a Argentina, ela é em muitos pontos muito parecida com o Brasil. E no outro lado da moeda, por mais superiores e “europeus” que os argentinos possam se julgar, eles são latino-americanos sim. Eles vivem sob a égide de Simon Bolívar, convivem com miséria e injustiça. São passionais e também são um povo de fé. Fé não no sentido cristão, restrito. Mas no sentido de apegar-se a qualquer coisa que a justifique. Medalhinha, santinho, imagens, colarzinho, e Maradona. Essa devoção e essa busca frenética por algum deus em todos os lugares e em todas as coisas é uma manifestação típica da América Latina. Europeus não fazem isso. Norte-americanos não fazem isso. Asiáticos não fazem isso. Os latinos são exagerados, a fé sertaneja que impregna o interior do Brasil é um bom exemplo disso. Toda região tem seu milagreiro e “santo” particular. Seja Padre Cícero no nordeste ou o Menino da Tábua em Assis e região. Esse fato se repete na América Latina inteira. Os latinos não têm pudor em exaltar seus sentimentos, compartilhar sua solidão e transparecer sua falibilidade diante da vida. Não há como negar, somos carentes.

Diego Armando Maradona se encaixa perfeitamente dentro desse contexto. E ele sabe disso, de uma forma consciente ou não. Ele sabe e age exatamente como seus devotos esperam. A multidão rezando por ele na porta do hospital, as imagens de todas as mandingas e simpatias possíveis, também na porta do hospital, exaltam e enaltecem o mito, a simbologia em torno do homem. Maradona é romântico e trágico. Carrega consigo todos os anseios e expectativas de um povo oprimido e sofrido. Os argentinos, assim como nós, não se recuperaram do terrível espólio da ditadura. Lá, a linha dura foi mais cruel que aqui. Na época da ditadura, morreram mais argentinos do que brasileiros. Maradona representa a possibilidade de transcender a previsibilidade da vida, representa a liberdade em transgredir, seja de uma maneira gloriosa, ou de uma maneira trágica. E é com tristeza e pesar no coração que eu, um fã assumido, assisto sua derrocada. Deveria e merecia ter um final mais digno. Essa hipótese me parece cada vez mais distante, até porque para os heróis e anti-heróis, o fim é inevitavelmente trágico, caso contrário seriam normais como todos nós. Jesus Cristo, Evita Perón, Ayrton Senna, Che Guevara, e muitos outros que o digam.

sexta-feira, maio 07, 2004

Ascensão e queda do Diego – parte 3 

Por Diego Corneta

Depois do “positivo” no exame antidoping, a carreira do craque argentino ruiu de forma abrupta e definitiva. Na Copa dos EUA, em 94, foram as últimas grandes aparições do Diego. Depois da suspensão ele ainda fez alguns jogos pelo Boca (95 até 97). Fez inclusive alguns belos gols (craque não desaprende a jogar), mas Diego já não era mais o mesmo, sua dependência o atrapalhava e sua condição física também. Nos dias que sucederam a saída do Maradona na Copa e ainda até hoje, há certas teorias conspiratórias que pregam a possibilidade de uma armação. Correu uma história que a CIA poderia estar envolvida, pois o Diego estava fazendo propaganda de Cuba dentro do território americano. A história tem requintes dignos de um filme, envolvendo uma missa em Boston, a hóstia e a água benta que Maradona teria ingerido. Essa história, por mais hollywoodiana que possa soar, não deve ser prontamente descartada. Para quem leu as recentes bombásticas entrevistas do Carlos Costa (ex-chefe do FBI no Brasil) para a revista “Carta Capital”, sabe muito bem do que os gringos são capazes de fazer.

Não mais jogando futebol, Maradona dedicou-se a ele mesmo. Viajou, comeu, engordou, participou de eventos, cheirou, cheirou e cheirou. O caso dele é crônico, seu vício é patológico. Uma verdadeira doença. Quatro anos mais tarde, na Copa de 98, na França, a Argentina (só para variar) tinha uma grande equipe. Caiu nas quartas-de-final diante da Holanda, outra grande equipe. Quando todos achavam que a partida seguiria para a prorrogação, Denis Bergkamp marcou um gol improvável nos minutos derradeiros e desempatou, 2 X 1 para a Holanda. A Argentina vinha bem, acabara de eliminar seus arqui-rivais ingleses, mas estava fora da Copa. Houve quem disse que o Maradona deveria ter sido convocado. É verdade, antes da Copa teve uma pressão dos argentinos para convocar o Diego. E depois, com a desclassificação, disseram que o faltou o redentor estar em campo.

Outros quatro anos se passaram. Outra Copa, a de 2002 na Coréia/Japão. Diego tem problemas para conseguir entrar no Japão. Os japoneses não permitem entrada de usuários de drogas. Quando ele chegou, sua Argentina se despedia da Copa logo na primeira fase. Um fiasco total. Ainda mais depois da expectativa que foi criada. O fato que gostaria de relembrar é justamente a final entre Brasil X Alemanha. Depois do jogo, na premiação, estavam todos os grandes e poderosos em campo. Joseph Blatter, Pelé, Cruyff, Platini, Beckenbauer, entre outros. Maradona podia muito bem estar entre eles. Mas não, foi flagrado nas arquibancadas com um largo sorriso no rosto. Deveria estar contente com a vitória do Brasil, ele sempre gostou do nosso futebol e seu maior ídolo é o Rivellino. Sempre gostei dessa postura “outsider” do Diego. Sempre admirei sua coragem para falar o que lhe vier à cabeça. Sempre aplaudi suas constantes desavenças com a FIFA e com o “establishment, de uma maneira geral.

Outra imagem que eu gostaria de ressaltar foi seu encontro com Fidel Castro, em Cuba. Diego foi para lá se tratar da sua aguda dependência química. Foi uma cena que diz muita coisa sobre nós, a América Latina. Diego e Fidel se abraçavam e choravam compulsivamente. Um craque e um líder decadentes. Um foi glorioso no futebol, outro foi glorioso na política, derrubando uma ditadura, promovendo uma revolução e, posteriormente, instaurando outra ditadura. Muito das nossas paixões e dos nossos traumas transpirava daquela cena, um microcosmo da América Latina. Somo passionais sim. Somos subdesenvolvidos sim. Somos decadentes sim. E choramos. Choramos muito.
Aguardem o capítulo final....

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quinta-feira, maio 06, 2004

Um jogo para entrar pra história 

por Anselmo Trompete

Eu devia ter gravado o Fortaleza x Corinthians de quarta-feira passada. Vai ser difícil encontrarmos um jogo com TANTA gente incompetente dentro de um campo de futebol.

Começamos pelo árbitro, que só não foi pior pq errou para os dois lados. No lance do gol do Fortaleza ela inventou uma falta do zagueiro Anderson. E ainda por cima o puniu com um cartão amarelo!
O bandeira tb deixou sua marca. Em um lance do ataque corintiano, o centroavante Marcelo Ramos recebeu uma bola em condição ilegal. O impedimento foi tão claro que, daqui de SP, vi que o jogador estava à frente do último zagueiro do Fortaleza.

Agora falamos do Corinthians.

Oswaldo de Oliveira
Gostaria de saber o que se passa na cabeça desse técnico. Renato na lateral esquerda ?? Cada dia que passa esse energúmeno consegue nos surpreender mais.

Fabinho
Acompanho jogos de futebol desde 1987 e acho que este é o pior volante que eu vi jogar. Vocês perceberam que ele não consegue dar continuidade em NENHUM LANCE? Se ele não está com a bola, faz a falta a mata a jogada. Se ele está com a bola, erra o passe ou chuta sem direção. Que saudade do Embu e do Baré...

Váldson
Acho que eu o escalaria para um Mogi Mirim ou Comercial de Ribeirão Preto, mas não no Corinthians. Viram o drible que ele levou no lance do gol do Fortaleza? Não preciso falar mais nada.

Fábio Costa
Muito esperto esse goleiro. Quem não conhece futebol até acreditaria que ele defendeu duas bolas “difíceis”. Mas não precisar ser um expert no assunto pra saber que ele valorizou muito aqueles lances. Em compensação, falhou (e feio!) no gol do time do Ceará.

Gil
Eu gostava quando o Gil jogava acordado, e vocês? De vez em quando ele parece sair da fase de hibernação e acaba fazendo uma boa jogada. Pena que isso aconteça com pouquíssima ferquência.

E parabéns à todo o time do Fortaleza que conseguiu ser desclassificado pelo Corinthians.

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Ascensão e queda do Diego – parte 2 

Por Diego Corneta

Depois das históricas atuações da Copa de 1986, Maradona foi vendido ao Napoli por U$1.000.000, isso mesmo, 1 milhão de dólares. Quanto ele não valeria nos dias de hoje ? Especulações à parte, voltemos aos fatos. Don Diego, ao lado de Careca e outros bons jogadores levantaram o pequeno Napoli. Ganharam dois Escudetos, uma Copa da Itália, uma Copa da UEFA e uma Supercopa Italiana. Quem não se lembra dos memoráveis jogos entre Milan e Napoli ? Eram maravilhosos ! Aqueles campeonatos italianos transmitidos pela Bandeirantes, às 11 da manhã de domingo, pelo Sílvio Luiz e pelo Sílvio Lancelotti, foram muito bons. A quantidade de bons times e bons jogadores era assombrosa.

Veio a Copa de 90, na Itália. E a Argentina entrou como franca favorita. O jogo da estréia contra Camarões me traz à tona uma lembrança do craque portenho brincando com a bola antes do início da partida. Petecou feito uma foca amestrada. A Argentina perdeu o jogo num frango do Pumpido, e Maradona apanhou como nunca. Não me recordo de um jogador tão surrado e perseguido numa mesma partida. Aliás, naquela Copa, ele jogou com três caneleiras. Duas na frente das pernas e uma, especial, atrás, nas panturrilhas. Dieguito apanhou a Copa inteira. Ele era o cara. Tentaram pará-lo de todas as maneiras. Mesmo caçado e constantemente vigiado, ele, e o goleiro Goicochea, levaram a Argentina até a final. Perderam para a Alemanha num pênalti controverso marcado por um juiz também controverso. Um japonês apitou a final. Nada contra os japoneses, mas qual era a tradição japonesa no futebol em 1990 ? Pior, qual era a tradição dos juizes japoneses em 1990 ?

Em 1991 veio o caso de doping por cocaína. Dois anos de gancho e comoção mundial. Recentemente o presidente do Napoli admitiu que eles sabiam do vício do Maradona e também, muitas vezes, burlaram o antidoping com urina de outros jogadores. No tempo que ficou parado, Diego voltou para a Argentina e engordou muito rápido. Envolveu-se em mais um escândalo. Foi pego, em 1992, usando cocaína em doses cavalares. Dessa vez as condições foram vexatórias. Ele e mais uns amigos participavam, pelados, de uma festinha particular em um hotel. Ah, prostitutas também participaram. Na época teve um fato bem “rir para não chorar”: Diego saiu do hotel algemado e pelado. A capa do extinto “Notícias Populares” foi impagável, “Maradona, bom de bola e ruim de taco”.

Diego chorou, se arrependeu, correu, emagreceu e voltou a jogar. A Argentina fez uma campanha pífia nas eliminatórias da Copa de 94. Disputou a repescagem contra a Austrália. Precisavam ganhar e duvidavam de suas forças. Adivinhe quem eles convocaram para salvar o país ? Acertaram, ele mesmo. Maradona, o redentor de plantão. Dieguito não decepcionou, fez a jogada e o cruzamento que originou o gol argentino. Estava recuperado moral e futebolisticamente. Foi disputar a Copa dos EUA. Já na Copa, o gol contra a Grécia e a comemoração subseqüente é uma das imagens que mais aparecem na TV quando o assunto é Maradona.

O filme oficial da Copa de 94, “Todos os corações da mundo”, dedica alguns minutos ao craque argentino. Gente, o que aquele cara fazia com sua perna esquerda é indescritível ! Com cenas gravadas à beira do campo, tipo o falecido “Canal 100”, eles filmaram Diego em ação. Um demônio com a bola nos pés. Rápido, preciso e imprevisível. Há uma seqüência na qual ele escapa de três ou quatro marcadores gregos. Memorável. No final da primeira fase, Don Diego foi, mais uma vez, pego no antidoping. Efedrina. Estava fora da Copa e com a carreira praticamente encerrada. A Argentina caiu de forma melancólica num belo jogo contra a Romênia de Hagi.
Continua no próximo capítulo...

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A imprensa e o Corinthians 

Por Fábio Sax

Eu achei que não iria perder mais meu tempo, mas não tem jeito... Tem jogo do Timão na TV eu assisto, por pior que seja a fase... E a atual tá complicada de um jeito que eu nunca vi antes... Mesmo assim, perdi meu precioso tempo vendo o jogo de ontem... Um empatezinho bem meia-boca com o Fortaleza por 1 a 1, mas que valeu vaga para as quartas-de-final da Copa do Brasil... Agora vai ser contra o Vitória, e a campanha do time deve parar por aí...

Mas como o post do Pedrão sobre o Corinthians, aquele dos pontos de interrogação, já disse tudo sobre o time, não vou comentar sobre atuação nem nada disso... Meu assunto hoje é essa relação da imprensa com o Corinthians... Como corintiano e jornalista, é uma relação que me interessa e muito...

Mais especificamente, quero falar dessa mania que os caras têm de publicar que o Corinthians "ganhou com a ajuda do juiz"... Isso me revolta de um jeito que eu não sou capaz de descrever... Juiz erra pra todo mundo, mas parece que sempre erra mais pro Timão, mas só porque todo mundo vive batendo nessa tecla...

Ontem mesmo, o juiz anulou o gol do Fortaleza no final... Tudo bem, não foi falta mesmo e o cara errou, mas e os outros 350 erros a favor dos cearenses durante todo o jogo??? O cara deu uma falta inexistente e cartão amarelo pro Ânderson e o lance resultou no gol dos caras!!! Isso ninguém fala... Teve um volante do Fortaleza que desceu a botina no Marcelo Ramos (que voltava de fratura no tornozelo), numa falta muito mais descarada, e quem levou cartão foi o Rincón...

E isso acontece o tempo todo... Pra vocês terem uma idéia da parcialidade que existe na imprensa, já vi matéria dizendo uma vez que o Luís Fabiano se jogou na área e ganhou o pênalti "NA MALANDRAGEM"!!! Quando aconteceu a mesma coisa com o Gil, saiu que ele "ENGANOU O ÁRBITRO"!!! Notem a diferença no discurso...

Depois de quase cinco anos trabalhando como repórter esportivo, ainda não consegui chegar a uma conclusão definitiva, mas tenho um ou outro palpite... Um deles é o seguinte: inúmeros repórteres esportivos são corintianos... E pra não serem parciais, acabam sendo mais críticos do que deveriam com o time, descem o pau no árbitro...

Outro: os repórteres são corintianos, mas a maioria dos editores, chefes de pauta e diretores torcem pros outros times... Mais um: TODO torcedor dos outros times vive dizendo que a imprensa é corintiana... Isso é uma análise das mais fracas, pelo seguinte... Eles afirmam que o Corinthians tem a preferência da imprensa porque saem mais notícias do clube, mas isso é uma análise meramente quantitativa, já que o time com a maior torcida obviamente vai vender mais jornal, dar mais audiência...

Se for analisado o teor das matérias, qualitativamente, vão ver que na maioria dos casos, elas descem o pau no time... A forçação de barra em cima do Corinthians é algo surpreendente... Por qual outro motivo aquele escroto do Milton Neves escolheria o time pra ficar descendo a lenha toda santa vez??? Falando nisso, qualquer dia eu escrevo um post sobre o mito do "apito amigo" que esse imbecil inventou...

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quarta-feira, maio 05, 2004

QUEM É LUXEMBURGO? 

Por Pedrão Pistão

Tem ganhado forma nos últimos dias a tese de que o técnico Vanderley Luxemburgo seria a salvação do timão. Diversas pessoas andam clamando pela volta de Luxa, entre as mais bizarras destacam-se o padre Marcelo Rossi, Chico Lang, Dentinho (ex-presidente da Gaviões) e por aí vai. É interessante notar que apesar de tudo que já aprontou nos diversos clubes por que passou, dos processos que sofreu, da arrogância e cara de pau que possui, Vanderley continua a ser uma unanimidade.

Dizem que ninguém sabe montar uma equipe como ele. Que é capaz de revelar jogadores e recuperar craques. Devo reconhecer que possui muitas dessas virtudes, porém ninguém é perfeito e, como todo mundo, Luxemburgo tem os seus defeitos. Um deles é que não consegue sossegar durante muito tempo num time. Não sei, mas o que parece é que quando suas equipes tornam-se mais famosas do que ele, Luxemburgo fica com inveja e começa a arrumar confusão. Não se conforma com isso, seu narcizismo não deixa.

Mas mesmo assim seu nome é cogitado em qualquer clube que necessite de um treinador. Gostaria de entender essa fixação. Ele é competente, tudo bem. Ganha títulos, é verdade. Vou tentar arriscar um palpite: Vanderley pode ser identificado como um anti-herói. Às vezes é mau caráter e desonesto, mas é mestre na profissão que escolheu. Quem já não ouviu a infame sentença "rouba mas faz" em homenagem ao ilustre ex-prefeito paulistano Paulo Maluf.

São coisas impregnadas no imaginário nacional. A nossa sociedade se acostumou a premiar os vencedores e a enxovalhar os derrotados. Não importa os meios que a pessoa utililiza e sim o sucesso final que obtém. Luxemburgo é assim. Todos vão perdoar seus pecados durante o tempo que continuar passando uma imagem de vencedor. Na hora em que seus métodos estiverm ultrapassados e não conseguir mais bons resultados com eles, carregará apenas a imagem de uma pessoa inescrupulosa.

Será que se ele tivesse ganhado a medalha de ouro com a seleção brasileira na Olimpíada de Sydney sofreria o processo que sofreu? Será que todos o teriam acusado ou defendido? Como todos sabem, naquela ocasião, ele passou de herói a vilão num instante. Sofreu um linchamento público sem direito a defesa. Entretanto, bastou reerguer o time corintiano na temporada de 2001 para cair nas graças do povo novamente. E a vida dele segue nesse ritmo inexorável.

O que nos resta é aguardar os próximos capítulos da novela Luxemburgo. Novela mexicana recheada com muito amor e ódio. Será que ele vai ser vilão ou mocinho? Tudo vai depender do seu sucesso profissional. Então boa sorte pra ele, ou vamos desejar o contrário?

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Ascensão e queda do Diego – parte 1 

Por Diego Corneta

Diego ama a Argentina. A Argentina ama Diego. Com essa premissa básica e fundamental eu gostaria de iniciar minhas reflexões sobre os fatos ocorridos com o ex-jogador e atual celebridade (só para usar uma palavra da moda), Diego Armando Maradona. Sem dúvida nenhuma, Maradona foi um dos maiores jogadores de todos os tempos. Ele é um desses jogadores eternos. Tem seu lugar cativo no Panteão dos deuses da Bola, ao lado de Pelé, Garrincha e outros. Futebolisticamente falando, utilizando uma imagem cristã para uma metáfora infame, eu diria que Garrincha está sentado ao lado direito de Pelé. Já Maradona, à esquerda. Vejam bem, não estou falando das pessoas e de suas vidas pessoais, com todos os erros e acertos, estou me referindo única e exclusivamente do futebol, das ações dentro das quatro linhas.

Diego foi o maior jogador que eu já vi jogar. Na Copa de 86, o Brasil ainda não era uma democracia plena, Tancredo, que seria nosso primeiro presidente civil desde o golpe em 64, morreu antes de assumir, em 85. Então, um obscuro senador chamado José Sarney assumiu a presidência de uma forma também obscura. Para quem não se lembra, Aureliano Chaves era o vice e o sucessor direto do Tancredo, porém sabemos que a história foi outra. A Argentina acabava de sair de uma guerra contra o ímpeto imperialista da Inglaterra. Tomaram as Malvinas dos nossos vizinhos por dois motivos. Um, tinham esperança de achar petróleo no arquipélago. Dois, é um ponto estratégico do ponto vista comercial e militar. Descobriram depois que lá não há petróleo, mais ainda assim continua sendo um lugar estratégico. No extremo sul do continente sul-americano, entre os dois oceanos mais importantes (o Atlântico e o Pacífico) e perto do pólo sul, que junto com o pólo norte e o Brasil, representam as maiores reservas de água potável do mundo.

Dentro desse contexto histórico, depois da fatídica eliminação do Brasil pela França, e com as atuações antológicas do “El Pibe D’oro” (O menino de ouro), meu pai e eu passamos a torcer pela Argentina. Lá em casa não tem essa raiva e essa rixa contra os argentinos, pelo contrário, sempre gostamos muito deles. A rixa é mais ao norte, com os EUA. Enfim, lembro-me muito bem dos jogos e gols do Maradona. Outro nome que ficou no meu imaginário, e no imaginário de todos os que acompanharam aquela Copa, foi “Burrochaga”. Não há como negar, esse nome definitivamente atraía a atenção de qualquer pessoa, especialmente das crianças.

Os gols que o Maradona fez contra a Inglaterra foram a redenção de todo um país. Os argentinos estavam engasgados e humilhados com a Guerra das Malvinas, os ingleses eram favoritos e tinham Gary Lineker. Maradona fez um gol com a “mão de Deus”, e outro driblando meio time. No lance, ele não driblou apenas os jogadores, driblou todo o poderoso exército inglês, todo o grandioso império britânico, driblou até a rainha. Era um povo contra outro. A nação Argentina driblou junto com Maradona, comemorou junto com Maradona. A nação era o Maradona e o Maradona era a nação. Indissociável. Um gol foi fruto da esperteza do Diego e da miopia do bandeirinha. O outro foi uma obra de arte. Vitória incontestável. A atuação do camisa 10 foi impecável. Mesmo caçado ele correu o jogo inteiro, driblou, deu toques de calcanhar, lançou, sofreu muitas faltas e decidiu o destino de seu país ao marcar dois gols.
Continua no próximo capítulo...

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Haikai 

Por Diego Corneta
Depois da porta experimental aberta por Pedrão Pistão, sinto-me à vontade para escrever qualquer devaneio.

Piá ?
Piá !
Piada...
Piada nada !
Piá dá nada....

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segunda-feira, maio 03, 2004

CORINTHIANS: FALAR O QUÊ? 

Por Pedrão Pistão

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2ª DIVISÃO

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