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segunda-feira, junho 28, 2004

Torcida Infeliz 

Por Diego Corneta

A torcida do São Paulo Futebol Clube é um mistério. Impulsionados pela liderança exercida por sua maior facção, a Independente, os torcedores tricolores são motivados a avacalhar e humilhar seus melhores jogadores. Algo no mínimo incoerente, para não dizer irracional.

Recentemente o Kaká foi hostilizado e vítima da ira das arquibancadas. A temporada passada foi difícil para o jovem jogador. Ele passou por diversas contusões e não conseguia ter uma boa seqüência de jogos, ainda assim a torcida o criticava veementemente. Resultado: adiantou sua saída para a Europa e foi vendido por uma quantia muito abaixo das expectativas.

Outro que está próximo de ter o mesmo destino é o Luis Fabiano, obviamente. A derrota de ontem pode ter sido a última partida pelo São Paulo. Nessa semana o atacante vai para a seleção e depois sabe-se lá para onde. Provavelmente para o Barcelona. Milan também está no páreo.

A desclassificação frente ao Once Caldas custou muito caro ao São Paulo. O time desmoronou. Todas as atenções estavam voltadas para esse torneio. Luis Fabiano foi (e ainda é) o artilheiro da competição. Ele foi muito bem marcado nos jogos contra os colombianos, mas não deve ser responsabilizado pela derrota. O mesmo vale para o falastrão Rogério Ceni. Ele classificou o São Paulo para a semifinal e depois falhou no gol do Once Caldas. Mas o time inteiro já havia falhado no 0 X 0 no Morumbi.

Agora a torcida se veste de amarelo, xinga e humilha seus principais atletas. Concordo que a cobrança é válida, mas dessa forma não é justificável. Concordo que eles ganham quantias astronômicas, mas isso não é culpa deles. É um problema mundial no futebol. O foco da torcida deveria ser a diretoria, depois a comissão técnica e por último, os jogadores.

A torcida Independente culpa seus ídolos para se eximir da sua própria responsabilidade, apoiar a equipe nos momentos difíceis. Torcer quando o time está ganhando é fácil e confortável. Virar o jogo e dar a volta por cima é que são elas. Basta o time errar três passes e eles já começam a vaiar. No fim do primeiro jogo contra o Once Caldas, vaias ecoaram no Morumbi. Isso certamente ajudou muito o time, e deu uma confiança enorme para o time viajar para a Colômbia. Ontem, contra o Palmeiras, a fumaça amarela logo no início da partida já denunciava a catástrofe. Vitória merecida do Palmeiras, com Luis Fabiano falhando ao perder um pênalti e hesitando no rebote; e Rogério falhando feio no segundo gol palmeirense. Justamente os mais hostilizados. Coincidência ? Tirem suas próprias conclusões, eu já tirei a minha.

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sexta-feira, junho 25, 2004

EUROCOPA 

Por Pedrão Pistão

INGLATERRA X PORTUGAL
Acompanhei o jogo entre um gostoso bate-papo com meu amigo Vina. Falávamos de futebol e literatura. Dizia da minha vontade de ler as crônicas esportivas do grande Nelson Rodrigues. Vina se lembrou de uma: copa de 66, Inglaterra campeão e Nelson profetizava, apropriando-se d'O Corvo, de Poe, NEVERMORE, NEVERMORE Inglaterra campeã. Dito e feito. Nunca mais o english team realizou uma campanha sequer parecida. Nelson se explicava: nunca mais outra Copa será na Inglaterra e nunca mais será tão roubada....
Eu até comecei torcendo pros ingleses, mas, no segundo tempo, a covardia do time me irritou. Fiquei feliz por Portugal e pelo Felipão. O cara tem estrela mesmo.
O time do inesquecível Roberto Leal vem se tornando, a cada jogo, favorito ao título.

FRANÇA X GRÉCIA
A França está em plena decadência. Os jogadores estão velhos e Zidane, há muito tempo, já não é o mesmo. Chegou a hora da renovação, que deveria ter ocorrido após o fiasco na Copa 2002. Agora não tem jeito. A eliminação pela Grécia dever ser a gota d'água. Bom presságio: o Lyon e, principalmente, o Mônaco, tiveram boas participações na Copa dos Campeões; destaque para o Mônaco que revelou bons jogadores.
Em tempo: a Grécia já ganhou de Portugal, empatou com a Espanha e eliminou a França; será que a zebra da Euro será ornada por listras brancas e azuis? Acho pouco provável, mas o futebol é uma caixinha de surpresas e .....

SUÉCIA X HOLANDA
Não tenho um prognóstico para esse embate. A Holanda tem bons jogadores, entretanto o esquema é fraco e dependente de jogadas individuais (comparações com o Brasil não são meras coincidências).
Pelo que eu vi da Suécia, é um time equilibrado, porém ainda dependendo do Larsson (aquele cabeludo da Copa 94, agora careca) no ataque. É piada; ele já era ruim em 94, será que melhorou como o vinho? Duvido.

DINAMARCA X REPÚBLICA TCHECA
Gostei muito da equipe dinamarquesa, devido à movimentação dos jogadores: marcam bem, cobrem os espaços e saem com força nos contra-ataques (o sonho nunca realizado do Parreira). Receita perfeita para se criar um time, no mínimo, competitivo. Porém, a história da Dinamarca em competições internacionais é engraçada: em 86, na Copa do México, era favorita e acabou apanhando de quatro da Espanha; na Euro 92, entrou como convidada e ganhou a final contra a recém campeão mundial Alemanha.
Os Tchecos ainda não vi jogar. Fizeram campanha perfeita na primeira fase, ganhando os três jogos, inclusive contra alemães e holandeses. Dizem que têm bons jogadores e um futebol parecido com o do Brasil. Vamos ver se terão a competência e eficiência brasileiras também.

MÃE DINAH DO CORNETA
Palpite para a final: Portugal x República Tcheca

GRANDE BOA NOVA
Como o colega Corneta Diego muito bem adiantou, mais um corintiano ou corintiana está por vir. A fiel não pára de crescer e o pai não pára de babar.

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Roteiro de uma classificação 

Roteirista e Diretor: Diego Corneta

Cena 1: Início de um jogo de quartas-de-final. Felipão X Sven-Goran Eriksson. Apito inicial. Chutão do goleiro inglês, falha da zaga, pane mental em um dos defensores (no caso, o Costinha). Gol oportunista do Owen.

Nota 1: Calma, o início do roteiro é semelhante, mas o jogo (digo, o filme) não é Brasil X Inglaterra pelas quartas-de-final da Copa 02. Na oportunidade, a pane mental foi no Lúcio, mas o gol foi do mesmo Owen...

Cena 2: Pressão do time português, chances criadas e desperdiçadas. A Inglaterra apresenta sua esquadra e fecha-se em muros. Cole, Campbell, Gary Neville e Terry começam a se destacar na defesa. Um grande jogo cardíaco começa a ser desenhado. No ataque inglês, o infante Rooney dá trabalho à armada lusitana.

Cena 3: A armada britânica perde seu infante. Rooney cai machucado e cede espaço para o intrépido e veloz Vassell. O excelente Cristiano Ronaldo destaca-se nas investidas portuguesas. Fim do primeiro tempo.

Cena 4: Intervalo. Não há mudanças nas esquadras.

Cena 5: Segundo tempo. Portugal tem um começo atabalhoado, erra passes bobos. Inglaterra preocupa-se apenas em defender. O comandante Eriksson pensa que 1 X 0 está de bom tamanho. Saca o apagado Scholes e põe um jogador mais defensivo, outro Neville, o Phil. Portugal pressiona muito, mas o gol não sai.

Cena 6: Almirante Felipão troca Costinha por Simão, um recruta mais ofensivo. O time melhora, mas o gol teima a sair. Mais trocas. Saem Figo, claramente chateado, e Miguel. Entram Postiga e Rui Costa. Apreensão, o Felipão abdica de sua estrela maior, o Figo.

Cena 7: Simão tenta cruzar e é barrado. Na segunda tentativa ele consegue. Gol do jovem Postiga. Golo de Portugal. O estádio explode em alegria lusitana e lamentações britânicas. Brilha a estrela de Felipão. O comandante é iluminado. Dois jogadores que entraram são os protagonistas no lance do gol.

Nota 2: Eu compreendo perfeitamente a escolha do Felipão ao sacar o Figo. Vejam bem, o Figo não estava bem, deu um chute perigoso no segundo tempo e foi só. Felipão precisava melhorar o ataque, mas sem se descuidar da defesa. Foi uma escolha óbvia, sacou o Figo e deixou o Deco. Por quê ele deixou o Deco ? Simples, o brasileiro naturalizado marca melhor que o Figo. Deco ficou cobrindo a lateral direita, Postiga foi ao ataque, e para compensar na criação (função do Figo e do Deco), Felipão colocou Simão e Rui Costa (no lugar do lateral direito Miguel). Parece complicado, mas foi uma mudança de peças genial. Scolari é definitivamente um grande técnico. Cabeça dura, mas muito bom.

Cena 8: Primeiro tempo da prorrogação. Moral alta do time português. Eles pressionam muito e o gol não sai. A Inglaterra demonstra frieza e tenta segurar-se lá atrás.

Cena 9: Virada de campo. Segundo tempo da prorrogação. Rui Costa marca um golaço. O estádio da Luz brilha intensamente. Emoção e geral nas arquibancadas, no campo e no banco de reservas lusitano.

Cena 10: Típico lance inglês. Mecânico, automático. Escanteio cobrado por Beckham. Algum grandalhão escora no segundo pau. Bola para o meio da área pequena. Gol do Lampard. Empate inglês. Um balde de água fria despeja sobre o lado luso do estádio. A nação portuguesa gela, treme. Hooligans vibram em algum pub inglês. Aumenta o consumo de cerveja nas ilhas britânicas.

Cena Final: Pênaltis. Beckham torce o pé de apoio e erra o chute de uma maneira ridícula. Alguém precisa, urgentemente, ensinar o galã a cobrar pênaltis - pensa uma fã inglesa. Portugal segue firme até o erro do Rui Costa. Empate na série de cinco, seguem as alternadas. Na segunda rodada, sem luvas, a aposta de Felipão que atende pela alcunha de Ricardo, defende o pênalti do intrépido Vassell. O próprio Ricardo cobra o pênalti derradeiro. Golo. Portugal classifica-se.

Nota 3: O juiz Urs Meier foi impecável. Atuação condizente com o belo espetáculo do jogo.

Cenas do próximo episódio: Portugal iguala-se às suas melhores posições em Eurocopas. Quarto lugar em 1984 e 2000. O país está em festa. Os teimosos jornalistas esportivos (quase um pleonasmo, quase) curvam-se para Felipão. Portugal aguarda o vencedor do embate entre Holanda X Suécia.

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Celebridades Futebolísticas 

por Rodrigo Trombone

Os nossos craques, Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos, Dida,Ronaldinho e até Kaká, que começou "ontem" na Seleção Brasileira, pediram dispensa da Copa América, pois disseram que estão cansados, visto que tiveram uma temporada muito cansativa na Europa.

Até aí tudo bem, o problema é que os seus companheiros de clubes, ou seja, pessoas que jogaram os mesmos campeonatos que eles, como por exemplo, Zidane, Beckham, Raúl e Figo que jogam no Real Madri, Pirlo, Seedorf e Nesta do Milan e Xavi, Gabri e Puyol do Barcelona, estão neste momento se preparando para jogarem a Eurocopa, que é o campeonato de seleções mais importante do mundo após a Copa do Mundo.

Será que os nossos atletas são muitofrágeis ou os jogadores europeus é que são super heróis? Acredito que nenhuma coisa nem outra, na realidade o que acontece é que os nossos craques não estão nem aí para representarem o nosso país quando o campeonato é tratado como sendo de segundo nível. Precisamos destes jogadores na Seleção? Sem dúvida alguma queprecisamos, mas será que eles também não precisam respeitar um pouco mais o nosso país?

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quinta-feira, junho 24, 2004

Mais um(a) Corneteiro(a) !!! 

Caros colegas,
Estimados leitores, se é que eu os tenho...
O nosso amigo e colega Pedrão Pistão vai ser papai !
É com grande satisfação que eu anuncio para o fim de dezembro, ou começo de janeiro, o nascimento de mais um membro da volumosa Nação Corinthiana.
Em nome de toda equipe do Corneta Esportiva, eu congratulo o Pedrão Pistão e a Juliana pelo bebê que vem por aí. Parabéns!

Diego Corneta.

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Já que o assunto é basquete... 

por Anselmo Trompete

Creio que poucos de vocês sabem mas minha cidade natal tem um time de basquete. O Conti/Assis surgiu entre uma parceria entre a Autarquia Municipal de Esportes de Assis e a cervejaria Conti.

Apesar de uma modesta participação no campeonato paulista do ano passado, o time dirigido pelo técnico Uruba agradou o patrocinador, que resolveu aumentar o investimento para este ano. Jogadores experientes como o armador Arnaldinho (que teve uma rápida passagem pela Rússia) e Edu chegaram para reforçar a equipe.

Agora, o que quase NENHUM de vocês está sabendo é que o Conti/Assis foi campeão do Torneio do Milênio 2004. Essa competição contou com a participação de equipes de várias cidades do estado de São Paulo como São Carlos, Piracicaba, Campinas, São Caetano, São Bernardo, Santos, entre outras.

O time de Assis simplesmente atropelou as representações dessas cidades, além de passar por cima do Hebraica, daqui de São Paulo.
Mas na final encaramos outra modesta cidade do interior. Vencemos por 3 x 1 a série de jogos contra o Winner/Limeira.

Tive a oportunidade de ir ao ginásio ver dois desses jogos. Confesso que me surpreendi com atuação do time e, principalmente, com o apoio da torcida. Mais de 5 mil pessoas lotaram o ginásio do Jairão para gritar, torcer e incentivar o Conti/Assis.

O grande destaque do time assisense é o armador Arnaldinho. O cara é um capeta com a bola nas mãos. Passa, arremessa, infiltra e dá assistência como poucos jogadores. O Arnaldinho é o cara.

Esse título veio em um excelente momento para a cidade de Assis, que sempre teve muita tradição no basquetebol. Espero que a parceria entre patrocinador e prefeitura continue dando muitos frutos e alegrias ao povo assisense.

PARABÉNS CONTI/ASSIS

E o Detroit Pistons que se cuide.

O Conti/Assis é:

Jonny #4
Kevin #5
Arnaldinho #6
Lucas #7
Wilson #10
Cléber #11
Fernando #12
Camuci #13
Paulinho #15
Valdir #21
Daniel #31
César #50
Marcinho #55

Uruba - Técnico

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quarta-feira, junho 23, 2004

Mudanças a rodo na NBA... 

Por Fábio Sax

Já que todo mundo aqui é mais do que expert em futebol, tô considerando seriamente a possibilidade de começar a me dedicar quase que exclusivamente a falar de outros esportes, especialmente a NBA... E o meu texto de hoje é justamente sobre a liga norte-americana de basquete, e sobre as mudanças que prometem bagunçar o coreto por lá...

Depois da derrota acachapante na decisão da liga, o Los Angeles Lakers começou um dos mais profundos processos de renovação da sua história... De cara, o técnico Phil Jackson foi dispensado, de contrato vencido... Essa foi a primeira medida do time pra manter o Kobe Bryant, que deletou seu último ano de contrato pra ser "free agent" pela primeira vez, em oito anos de carreira...

Isso deixou o pivô Shaquille O'Neal totalmente emputecido, tanto que pediu pra ser negociado... Isso porque os Lakers deixaram de ser o "time do Shaq" pra virar o "time do Kobe"... Na minha opinião, é um movimento natural e acertado, porque o Shaq já tem 32 anos, e visivelmente não é mais o destruidor de tabelas e defesas de alguns anos atrás... E ainda queria renovar o contrato por mais três anos, por 100 milhões de dólares (!!!) o que, pelas regras da liga, diminuem a margem que os Lakers poderiam pagar para outros jogadores...

Manter o Kobe no time é imprescindível, e eu explico o porquê... Ele é, simplesmente, o melhor jogador da NBA nos dias de hoje... Imaginem se o Chicago Bulls tivessem deixado o Michael Jordan sair quando ele tinha 25 anos, idade do Bryant atualmente... Só como referência, o Air Jordan só foi ser campeão da liga pela primeira vez aos 27 anos... Nas palavras de um colunista do Los Angeles Daily News: "Shaq é o passado. Glorioso, mas passado. Kobe é o futuro"...

Mesmo assim, Bryant resolveu cancelar o último ano e ouvir as ofertas dos interessados, que não são poucos... No entanto, se depender do esforço do time, a possibilidade dele ficar em LA é grande... Os Lakers são os que têm mais bala na agulha, podem oferecer um contrato de 140 milhões de doletas por sete anos, ou seja, mais dinheiro e mais tempo de contrato que os demais concorrentes...

Mas o prestígio do Shaq continua em alta, e vários times já demonstraram interesse na "criança"... O cara tem 27 milhões e uns quebrados pra receber só nesta temporada, e pode cancelar o contrato no final próxima temporada para se tornar um free agent... Por isso, o time quer vendê-lo este ano, já que o time que quiser o cara vai ter que botar vários jogadores e possivelmente uma boa quantia de dinheiro pra levar o Diesel...

Pelo retrospecto, o Dallas Mavericks é o que tem mais chance de contratar o Shaq, porque seu dono, o empresário Mark Cuban, é notório gastador... E seria uma boa pro Lakers, podem vir vários jogadores de qualidade, como Dirk Nowitsky ou Antoine Walker... Outros times interessados são o Memphis Grizzlies e o Indiana Pacers... Assim, podem ir pra Los Angeles o Pau Gasol ou o Jermaine O'Neal, caso saia negócio...

Outro negócio importante deve acontecer nos próximos dias, entre Orlando Magic e Houston Rockets... O time da Flórida deve mandar pro Texas o ala-armador Tracy McGrady, cestinha da liga na última temporada e mais uns caras, e receber, em troca, o armador Steve Francis, selecionado para o último All Star Game, o ala-armador Cuttino Mobley e o ala Kelvin Cato... Bom negócio, especialmente pro Houston, na minha opinião...

Outra coisa que agitou o mercado foi a seleção dos jogadores pro novo time da liga, o Charlotte Bobcats... Ontem, o 30º time da NBA selecionou 19 jogadores "desprotegidos" pelas outras equipes (cada uma tinha direito de selecionar oito jogadores pra ficar de fora do draft de expansão)... E, depois do draft regular, amanhã, vai começar a negociar pra compor o elenco pra temporada que se inicia no próximo outono (do hemisfério norte, claro)...

Aliás, o draft de amanhã promete ser bem interessante... Os principais candidatos aos primeiros postos na seleção são o garoto Josh Howard, que concorre sem ter passado pela universidade, diretamente do colegial, e Emeka Okafor, ala-pivô cujos pais são nigerianos, e que levou a Universidade de Duke ao título da NCAA nesta temporada...
É quase certo que os dois deverão ser selecionados pelo Orlando Magic e pelos Bobcats, que compraram a segunda vaga no draft dos Los Angeles Clippers... Tem dois brasileiros no draft: o pivô Rafael Araújo, o "Baby", e o ala-pivô Ânderson Varejão, do Barcelona da Espanha... E os dois têm boas chances de ser selecionados, talvez até na primeira rodada...

Por tudo isso, esse promete ser um dos verões mais interessantes dos últimos tempos na NBA... E tem outras: o Karl Malone cancelou seu último ano de contrato, mas se voltar a jogar, disse que só volta pros Lakers, e se conseguir curar o joelho... Gary Payton podia cancelar seu contrato com os Lakers, mas preferiu permanecer pra próxima temporada... E outros cinco jogadores do time ainda podem sair se não renovarem...

Nos campeões Detroit Pistons, o ala-pivô Rasheed Wallace, que estava em seu último ano de contrato, também vai virar free agent, e vai ser um dos mais cobiçados do mercado, depois do título... Outro cara que vai ter um bom mercado é o argentino Manu Ginobili, que cumpriu seu último ano de contrato com os ex-campeões San Antonio Spurs...

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Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Portugal
É, o time comandado pelo Felipão jogou muito no último domingo e venceu a Espanha pelo placar mínimo. O resultado não diz como foi o jogo. Poderia facilmente ter sido 3 X 1 ou 4 X 1 para o time lusitano. Figo aberto pela esquerda, Cristiano Ronaldo pela direita, e Deco pelo meio; jogaram muito no primeiro tempo. O que destoou foi o Pauleta, que atravessa uma péssima fase. No segundo tempo o time cansou e caiu um pouco, mas soube fazer seu gol e segurar o placar. E ainda o tal do Costinha perdeu um gol de cabeça digno de piada. Sem trocadilhos.

Cadê a Fúria ?
O time da Espanha é péssimo. A bola não chega em Raúl, e ele tampouco se apresenta para recebê-la. O tal do Raul Bravo (reserva do Roberto Carlos no Real Madrid) é simplesmente horrível. Não é possível que a Espanha não tenha um lateral esquerdo superior a ele. A zaga é confusa e, pasmem, carente do veterano Hierro, que mesmo não correndo muito, gritava e orientava a rapaziada. Somente o excelente Casillas se salva nesse time medíocre. Tem mais, o que o Morientes estava fazendo no banco ? Ele deveria jogar ao lado do Raúl.

Azurra cai invicta
Fiquei com pena da Itália. Confesso. O “calccio” italiano caracteriza-se pela forte marcação, muita correria, e superlotação do meio-de-campo. Justamente no torneio em que eles entraram com a formação mais ofensiva, com dois atacantes (Cassano e Corradi) e dois meias ofensivos (Del Piero e Totti, ou Perrota), foram eliminados invictos. O saldo de gols os tirou. Na minha opinião, o coice do Totti logo no primeiro jogo foi crucial. Ele pegou dois jogos de gancho e desfalcou a equipe. No segundo jogo (contra a Suécia), eles dominaram a partida e tomaram um empate nos minutos derradeiros. No saldo geral, destaco o goleiro Buffon e o volante Pirlo. O primeiro é um grande arqueiro e o segundo é um volante muito acima da média, toca muito bem, lança, bate faltas e tem uma técnica diferenciada.

Tite, Rincón, Gil...
Tite empatou as três partidas que comandou a equipe. Nas três o Corinthians saiu em desvantagem. O time não empolga e não joga bem. O Tite está com as mãos atadas, pois o elenco é limitadíssimo, e muito azarado. Rincón vai sair ou não ? Como é que a diretoria do Corinthians tem tanta facilidade em gerar crises e pendengas ? O Gil jogou muito bem contra o Flamengo, se ele manter uma regularidade, vai ser uma ajuda e tanto. Outra coisa, o que é que o Marcelo Ramos está fazendo na equipe ?

Santo André X Flamengo
Vou torcer para o Santo André. Meio a zero em São Paulo já é um ótimo resultado. Lá no Maracanã eles podem armar um ferrolho e matar o jogo num contra-ataque furtivo.

Gol de placa
Um pouco de coluna social não vai matar ninguém... O assunto merece o comentário. Daniela Cicarelli foi o gol mais bonito que o Ronaldo já fez. Com uma mulher daquelas, até o Faustão emagrece.

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quinta-feira, junho 17, 2004

É, não deu mesmo pros Lakers... Detroit Pistons campeão!!! 

Por Fábio Sax

No meu último post, falei sobre a decisão da NBA, entre Detroit Pistons e Los Angeles Lakers... Se alguém se der ao trabalho de dar uma lida no texto, vai reparar que eu disse que a saúde do Karl Malone, ala-pivô dos Lakers, ia ser decisiva na série... Infelizmente pro time dele (e meu também), foi decisiva mesmo, pros Pistons, que venceram a série final por 4 a 1 e conquistaram seu primeiro título em 14 anos...

A falta de produtividade do Malone foi decisiva desde o primeiro jogo, quando ele entrou em quadra e tudo o que conseguiu foi agravar a lesão no ligamento lateral do joelho direito... Desde então, a eficácia dele foi diminuindo, ao passo que a dor aumentava tanto que ele simplesmente não entrou em quadra no quinto jogo e perdeu sua terceira final da NBA sentadinho no banco...

E por que diabos um jogador de 40 anos, que visivelmente não era mais a estrela que brilhou no Utah Jazz, fez tanta falta pro time que muitos consideravam o melhor da Liga??? Por diversos motivos, tanto de ataque quanto de defesa... E em primeiro lugar, porque o seu reserva imediato, o ucraniano Stanislav Medvedenko, é um jogador bem meia-boca... Em alguns jogos, ele faz vários pontos, mas freqüentemente deixa a desejar, e é bem fraquinho de rebotes... As outras duas opções eram os calouros Brian Cook (que não jogou nada o ano todo) e Luke Walton (que foi bem no segundo jogo e só)...

No ataque, sabendo que os reservas não eram nem de perto tão eficientes quanto o Malone, o ala-pivô Rasheed Wallace, que é um puta defensor, pôde ficar livre o suficiente pra ajudar a defender o Shaquille O'Neal e o Kobe Bryant, que já sofria com a marcação do Tayshaun Prince, único defensor que conseguiu pará-lo nos playoffs... Na defesa dos Lakers, o problema era de novo o Rasheed, que ficava sossegado pra pegar rebotes e, como o O'Neal é meio lento, várias vezes ficava sozinho pra chutes de meia-distância...

Outro problema sério dos Lakers: Gary Payton... Ele mesmo, considerado um dos maiores armadores dos últimos anos na NBA... Acho que não convidaram ele pra final, porque se ele esteve em quadra, ninguém viu... É impressionante ver um jogador que normalmente tem atitude, como ele, ficar passivo em quadra... O armador Chauncey Billups, do Detroit, se aproveitou tão bem disso que acabou escolhido como MVP das finais...

O time de Los Angeles ainda teve vários outros problemas com contusões... Dois dos principais reservas do time, o armador Derek Fisher e o ala Rick Fox, o primeiro um excelente arremessador e o segundo um baita defensor, estavam machucados e não jogaram nada... Assim como o ala titular, Devean George, que tava com problemas no joelho... O veteraníssimo Horace Grant, que seria uma excelente opção para o caso Malone, nem foi relacionado para os playoffs, por uma contusão em um músculo na região da bacia...

Falando desse jeito, parece que os Lakers simplesmente perderam o título, sem merecimento nenhum dos Pistons... Mas não é bem verdade... O time de Detroit não tem nenhum jogador com tendências a figurar no Hall da Fama quando se aposentar, ao passo que o da California tem os quatro (O'Neal, Bryant, Malone e Payton)... Mas, ao contrário dos Lakers, os Pistons formam um TIME... Com letras maiúsculas mesmo... Defendem pacas, pressionam e saem rápido em contra-ataques que quase sempre terminam com a bola dentro do aro...

Do outro lado, além de um grupo detonado pelas contusões e pela idade, os Pistons enfrentaram praticamente apenas dois jogadores: os de sempre, Kobe e Shaq... Pra se ter uma idéia do quanto os dois jogaram sozinhos, só no quinto jogo um Laker conseguiu sair com uma pontuação acima dos dois dígitos: Medvedenko, com dez pontos... De resto, só os dois.. E, conta o time que sofreu a menor média de pontos de toda a história dos playoffs (80.4), não chegou nem perto de ser suficiente...

Palmas, do lado do Detroit, também para o técnico Larry Brown... Aos 63 anos, em sua sétima equipe profissional, ele foi o treinador mais velho a se sagrar campeão pela primeira vez... E um dos poucos, senão o único a vencer a liga em uma temporada de estréia em um clube... E apostando num time sem estrelas, mas genuinamente operário... Nada mal pra quem largou o Philadelphia 76ers no final da última temporada, já sem saco pra aguentar os ataques de estrelinha do ala-armador Allen Iverson...

Sei que falei muito mais dos vencidos que dos vencedores, mas é porque o Lakers é o time que eu torço, acompanhei a campanha inteirinha, então tava sabendo muito mais sobre eles... Fora que eles se tornaram um dos maiores fracassos da história da liga, porque no início da temporada, eram apontados não como favoritos, mas como virtuais campeões... Faltou perna, faltou banco e deu no que deu... Mas tenho de reconhecer, o título está em boas mãos... Numa liga cheia de estrelas como a NBA, é legal ver as formigas vencendo o elefante de vez em quando...

E um detalhe importante... Os Pistons estiveram a 2,1 segundos de lavar os Lakers por 4 a 0, como os "Bad Boys" fizeram em 89... Foi com esse tempo no cronômetro que o Kobe Bryant acertou uma cesta de três pontos no segundo jogo, em Los Angeles, que levou a partida pra prorrogação e deu ao time californiano sua única vitória na série... Depois disso, só deu Pistons, que também foram o primeiro time a vencer os três jogos intermediários de uma série decisiva em casa, desde que o formato 2-3-2 foi adotado, em 85...

PS - Depois eu volto pra falar do período de incertezas que essa derrota abriu na vida dos Lakers...
PPS - Só pra não esquecer... CHUPA BAMBIZADA!!!
PPPS - Por onde andaria Anselmo, nosso Trompete???

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Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Eurocopa – França X Inglaterra
França 2 X 1 Inglaterra. Três gols de “bola parada”. Não gosto desse termo. Quem afinal já viu um gol com a “bola parada” ? Todo e qualquer gol resulta de um movimento da bola. Ou estou errado ? Foi um belo jogo. Muita marcação no meio de campo e apesar disso, muitas alternativas. Um 3 X 2 para a França retrataria melhor o jogo.

Fake Owen
Insisto numa tecla já batida no segundo “post” do Corneta Esportiva. Quem foi que disse que esse Owen era craque ? Disseram isso e o coitado acreditou. Gente, o Vagner Love é muito mais jogador que ele ! Owen desperdiçou quase todas as bolas que chegaram aos seus pés.

Zizou, o Maior
Zidane é francês. Retifico, Zidane é franco-argelino. Mas funciona como um relógio suíço. Preciso, infalível, automático. Belos passes, matadas de bola impecáveis e poder de decisão improvável. Definiu o jogo e salvou a pátria francesa. Mais uma vez.

Felipão deixado na mão
Portugal perdeu para o adversário teoricamente mais fraco da chave. Grécia 2 X 1 Portugal. No outro jogo a Espanha derrotou a Rússia. Hoje jogariam Portugal X Rússia, jogo da morte. Quem perder está fora da Eurocopa. Não vi o jogo. Mas a chapa esquentou para o Felipão. Depois eu comento o resultado. Em tempo: Portugal ganhou da Rússia e defende a vaga contra os rivais espanhóis. Jogo dificílimo.

Alemanha, sempre eles
A Alemanha nunca chega como favorita em nenhuma competição. Nem quando eles triunfaram em 1990. Na Copa de 1994, como defensores do título, também não figuravam entre os favoritos. Falavam da Argentina, da Itália, do Brasil e da Colômbia. Isso mesmo, a Colômbia. Na Copa da Coréia/Japão de 2002 então... Chegaram desacreditados e foram até a final. Nessa Eurocopa eu aposto que eles vão pelo menos até a semifinal. É esperar para comprovar.

Once Caldas ?
Luiz Caldas ? Poços de Caldas ? É... o São Paulo voltou a falhar no momento decisivo. Não jogou nada no segundo tempo da partida. Viu o sonho de voltar ao topo da América desaparecer no ar, como fumaça. O gol aos 45 minutos foi um castigo dolorido. E não achei que o gol foi inválido, impedido. O gol foi legal. Volto a lembrar: na dúvida, prevalece o ataque.

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DECADÊNCIA NACIONAL 

Por Pedrão Pistão

É isso aí pessoal, estou de volta após um longo inverno. Devido a problemas técnicos e outros mais, precisei me ausentar por um período maior do que gostaria, mas cá estou novamente. Vamos aos fatos.

Não vou negar que fiquei contente com a eliminação do São Paulo da Libertadores, porém estou muito triste com a realidade de nossos times. É uma vergonha tanto o Santos como o São Paulo perderem para esse tal de Once Caldas. O time colombiano é fraquíssimo, não tem nenhum craque e, além do mais, tem um goleiro inspirado no Higuita que, justiça seja feita, pegou tudo.

Fora o São Caetano, que foi derrotado pelo Boca nos pênaltis em plena Bombonera, as outras equipes nacionais na competição foram um fiasco. O cruzeiro perdeu em casa para um time sem grande tradição. Santos e São Paulo já haviam avançado das oitavas-de-final vencendo nos pênaltis, sendo que os dois jogavam em casa. A única vitória tranqüila foi a dos são-paulinos em cima de um time venezuelano!!!!!!!!!

É triste, mas nossos clubes estão uma vergonha. Provavelmente a Libertadores ficará mais uma vez com os argentinos.

EUROCOPA

Estou acompanhando o torneio, por enquanto sem ter assistido a uma grande partida. Os jogos estão bem disputados e nenhuma seleção desponta como favorita ao título. Gostei do time da Dinamarca devido ao grande padrão tático que possuem. Portugal é uma seleção confusa, com grandes dificuldades para marcar um gol. A Grécia vem surpreendendo; ganhou da seleçao do Felipão e empatou com a Espanha. Alemanha e Holanda já tiveram times muito melhores. Ainda não vi França nem Inglaterra jogarem. Prometo ir atualizando as informações ao longo da competição.


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segunda-feira, junho 07, 2004

Amarelinha linha zinha 

Por Diego Corneta

A seleção brasileira voltou a jogar muito mal e o empate contra o Chile foi um jogo tenebroso. Ainda no primeiro tempo, Dida salvou a pátria em duas defesas espetaculares. Enquanto isso, lá na frente, Kaká errava todas as enfiadas de bola; Ronaldo, muito individualista, tentava driblar a defesa inteira; e Luis Fabiano lutava, lutava, lutava, e pouco produzia.

Edu acertou 93% dos passes (segundo o Datafolha), mas se limitou a passes laterais e recuados. Juninho Pernambucano se esforçou e foi o melhor em campo. O passe para o gol saiu dos seus pés. Eu acho que o Kaká tentou matar “girando” aquela bola, acho que ele furou e a bola sobrou para Luis Fabiano. O Galvão disse que o Kaká “passou” a bola. Não concordo. Pela câmera atrás do gol, dá para notar que a intenção do Kaká era girar com a bola, até porque ele faz essa jogada com freqüência.

Na hora do gol brasileiro, o Luis Fabiano estava adiantado. Mas foi gol. Há uma resolução da FIFA que, na dúvida, prevalece o ataque. Portanto, foi gol sim. Relembrem o lance, foi uma enfiada de bola, do Juninho Pernambucano para o Kaká, e nesse momento o Luis Fabiano corria em direção ao gol, em condição legal. Kaká resvalou na bola e Luis Fabiano encontrava-se meio metro impedido. Pela velocidade do lance, e pela dificuldade (lembrem-se que a bola apenas resvalou no Kaká), foi gol. Por que será que os comentaristas esportivos nunca lembram dessa recomendação da FIFA ? No primeiro jogo da final do Paulista de 2003, entre São Paulo e Corinthians, o Fábio Luciano fez um gol de cabeça. Durante o jogo ninguém reclamou. Repito, absolutamente ninguém. Nem mesmo o mala Rogério Ceni. Depois, com o tira-teima, todos já bradavam que o Corinthians ganhara ajudado pelo juiz. Não recordo a distância exata, mas era algo inferior a 30 cm de impedimento, num lance de bola alçada na área, com a defesa saindo e o ataque entrando. Tudo isso numa fração de tempo inferior a 1 segundo. Para quem está habituado a assistir jogos nos estádios, sabe como é rápido e difícil marcar impedimento num lance desses. Não há replay e nem câmera lenta, muito menos imagem congelada. Na dúvida, prevalece o ataque. Gol.

Agora, o pênalti para o Chile foi escandaloso. Cafu mal tocou no artista chileno. Casão foi diretamente no nervo do problema. É uma temeridade que logo após um Brasil X Argentina eles escalem um árbitro argentino para o jogo do Brasil, e um brasileiro para o jogo da Argentina. Não digo que os juizes possam ter segundas intenções, mas a pressão é muito maior e os gênios de cartola fazem de tudo complicar o jogo. Ao invés de evitar o desgaste, eles acentuam-no. O pênalti foi na "mão grande", mas pelo que Brasil e Chile jogaram, o empate acabou sendo justo.

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sexta-feira, junho 04, 2004

Ataque contra defesa: a decisão da NBA 

Por Fábio Sax

Pois é, galera, conforme o prometido, vou falar um pouco aqui sobre as finais da NBA, que começam neste domingo, entre Los Angeles Lakers e Detroit Pistons... Antes de mais nada, quero dizer que quem puder assistir esses jogos, assista, porque promete ser muito interessante... Tem vários aspectos legais sobre esse jogo...

Em primeiro lugar, os dois times jogam de forma absolutamente diferente... Os Lakers jogam o típico esquema da Conferência Oeste, que valoriza mais o talento que a marcação, que busca mais a cesta, o placar... Enquanto que os Pistons são a melhor defesa da Liga, marcam como poucos, honrando o que sempre acontece na Conferência Leste da NBA...

Os Lakers têm os quatro astros: Kobe Bryant, Shaquille O'Neal, Karl Malone e Gary Payton... Os dois primeiros formam a dupla mais mortal da Liga, com três títulos no currículo... Os outros dois não são mais os mesmos, estão um pouco velhos (o Malone tem 40 anos!!!), mas ainda têm seu gás e contribuem bastante com o time...

Além deles, o time de LA tem uns jogadores no banco que de repente entram e botam fogo na quadra... Como o Derek Fisher, que no quinto jogo da semifinal de conferência contra o San Antonio Spurs fez uma cesta absurda, faltando 0,4 segundo pra terminar o tempo, que deu a vitória aos Lakers... E como o Kareem Rush, que deixou todo mundo espantado quando marcou seis cestas de três pontos, uma atrás da outra (só errou na sétima) no sexto e último jogo da final da Conferência Oeste, contra o Minnesota Timberwolves, do ala-pivô Kevin Garnett, MVP da temporada...

Do lado do Detroit Pistons, as duas principais armas ofensivas têm o mesmo sobrenome: o ala-pivô Rasheed Wallace e o pivô Ben Wallace... Eles não são parentes, mas destróem os ataques dentro do garrafão... Pra se ter uma idéia, na final da Conferência Leste, contra o Indiana Pacers, que tinha feito a melhor campanha da temporada regular, os Piston conseguiram 9,3 tocos POR JOGO!!! Uma média das mais absurdas...

Claro que isso tem um preço, e quem paga é o ataque... Em toda a série contra os Pacers, o time de Detroit converteu apenas 37.7% dos arremessos, uma média baíxíssima, considerando que se trata de um finalista da melhor liga de basquete do mundo... O time até que tem dois bons chutadores, o armador Chauncey Billups e o ala-armador Richard Hamilton (que joga com uma pintura no rosto igual à do Rustu Reçber, goleiro da Turquia), mas ainda assim fica longe das altas médias de pontos que o pessoal do Oeste tem...

Os dois times já se encontraram duas vezes nas finais da NBA, em 87/88 e 88/89... Na primeira vez, deu Lakers, bicampeão, com o Showtime liderado pelo Magic Johnson, com a companhia do James Worthy e do Kareem Abdul-Jabbar... Em 89, o time do Detroit era bem parecido com o atual, tinha como principais jogadores Isiah Thomas, Bill Lambeer, Joe Dumars e Dennis Rodman (o homem que pegava mais rebotes do que marcava pontos) e também priorizava, antes de tudo, a defesa... Venceram as finais em quatro jogos e ganharam, de quebra, o apelido de "Bad Boys"...

Vai ser interessante ver o ataque mortal do Lakers (Kobe Bryant é o melhor jogador da Liga, até o O'Neal, que não é lá grande amigo dele, já reconheceu isso) contra o paredão do Detroit... Mas acho que uma das chaves pra essa final se chama Karl Malone... O "Carteiro" já teve muito trabalho nos playoffs, parou o Tim Duncan na semifinal do Oeste e o Kevin Garnett na final... Como eu disse, o cara tá com 40 anos e os dois foram os MVPs das últimas três temporadas...

Agora, contra o Rasheed, a parada não é TÃO dura, mas o cara é a alma da defesa dos Lakers, e tá jogando com o joelho meio detonado... Por outro lado, o Malone se superou durante a temporada toda, e luta pelo seu primeiro título da NBA, depois de 18 temporadas no Utah Jazz... Alguma dúvida de que ele vai comer os tacos da quadra pra ganhar??? Só sei que vão ser jogos imperdíveis... E, claro, torço pro meu Lakers levar mais essa... Seria o quarto título em cinco anos... Nada mal... Só eles pra me fazerem esquecer um pouco da desgraça que rola no Parque... Vocês sabem qual...

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quinta-feira, junho 03, 2004

Ronaldo, mortal 

Por Diego Corneta

Uma confissão: eu vi, mas não assisti ao jogo. Amigos em casa, cerveja no copo, risadas no rosto, e muita conversa. Salvo o gol que o Luis Fabiano perdeu, ou o goleiro defendeu, não me lembro de outro lance de gol. Mas percebi que o Sorín continua incansável. Ele não é o melhor lateral esquerdo do mundo, mas é o melhor ala esquerdo. Corre o campo inteiro, se apresenta no ataque, finaliza, briga com os zagueiros e até cabeceia – apesar da sua estatura de anão do Velásquez. Foi recompensado com um gol oportunista e esperto.

Já o nosso Ronaldo Gorducho é mortal. Ele é o cara. Incisivo, definitivo. A seleção tem a sorte de contar com dois dos quatro grandes atacantes do mundo. Ronaldo, Luis Fabiano, Henry e Van Nilsterooy são os quatro maiores, na minha visão míope. No jogo contra a Argentina desfalcada, o Fenômeno justificou sua alcunha. Em três lances agudos, sofreu três pênaltis claros. Bateu quatro, converteu os quatro e fez três gols. Impecável.

Sua arrancada e seus dribles são irresistíveis. Para derrubá-lo no corpo a corpo, só se for um cara grande, tipo um Alex (Santos). Então, os defensores não têm alternativa. Ou assistem ele entrar com bola e tudo, ou partem para as faltas nas pernas do artilheiro. Os dribles do primeiro e do segundo lances dos pênaltis foram maravilhosos.

Muitas vezes, durante o jogo, o Ronaldo parece desligado, desinteressado. Grandes atacantes são também grandes atores. Aparentam sonsos e displicentes. Quando aparece a brecha, vem o golpe mortal. Gol. Romário, Careca e Van Basten também se faziam de bobos em determinados momentos do jogo. Contra a Argentina, não me recordo ter visto um futebol vistoso, cheio de alternativas. Pelo contrário, o jogo foi truncado. Porém, Ronaldo desequilibrou e definiu. Fenômeno.

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quarta-feira, junho 02, 2004

Adieu, Monsieur Gugá 

Por Fábio Sax

Pois é, galera, depois de um longo e tenebroso inverno, cá estou eu de volta aos domínios cornetísticos do nosso site... Que andou sendo muito bem cuidado na minha ausência, aliás... Bom, hoje eu não vou falar nada do Corinthians depois deste primeiro parágrafo... Ainda tô decidindo se o time merece o esforço ou não...

O tema do dia é o Gustavo Guga, o Kuerten, como diriam no Casseta & Planeta... Hoje terminou a campanha do cara que chegou desacreditado a Roland Garros e que, do nada, resolveu ressurgir das cinzas pra dar um tiquinho de esperança pra gente, de que poderia ganhar o tetracampeonato no Grand Slam francês, em Paris...

O Kuerten era dúvida antes mesmo da estréia, porque ainda sofre com umas dores nos quadris, resultado de uma contusão mal-curada que ele sofreu há uns dois anos... Mesmo assim, foi ganhando, ganhando, até chegar às quartas-de-final... Fazia tempo que ele não tinha resultados desse naipe...

Sinceramente, não vi nenhum jogo dele, mas dá pra se ter uma idéia do que foi o Guga em Roland Garros este ano... Na primeira rodada, passou por uma maratona de cinco sets pra ganhar do espanhol Nicolás Almagro... Na segunda, ganhou bem mais fácil do belga Giles Elseneer, 3 a 0, com direito a pneu (6 a 0) no segundo set...

No terceiro jogo, o Guga deu mostras de que poderia jogar bem... Ganhou do suíço Roger Federer, melhor tenista da atualidade, por triplo 6/4 e, algo que não é muito comum pra ele, quase sem ceder quebras de saque... E o pessoal, mesmo que timidamente, imaginou que ele poderia surpreender no torneio...

Sinceramente, o fato dele ter ganho do Federer pra mim já foi a surpresa mais grata do torneio... Ou seja, já valeu o ingresso... Nas oitavas-de-final, outro espanhol, Feliciano Lopez, e nova vitória do Guga, por 3 a 1...

Hoje, ele tentaria uma vaga na semifinal, enfrentando o argentino David Nalbandian... Tentei acompanhar o jogo pelo placar do Uol, mas uma pane na internet aqui do escritório me impediu de ver... Mas tenho certeza que ele tentou, teve dificuldades pra caramba porque ainda sente dores horrorosas, mas não conseguiu segurar a pressão e o argentino se deu melhor... Paciência, acho que posso dizer que valeu o esforço do Guga...

Tem gente que diz que ele tá em final de carreira, mas na minha humilde opinião, ele não tem que provar nada pra ninguém... São poucos os tenistas que têm 20 títulos em torneios da ATP, três em Roland Garros, um ano na liderança do ranking mundial e, ainda assim, saíram de um país que não passa de periferia desse esporte... O Kuerten não deve nada a ninguém, ainda mais com os mais de US$ 20 milhões que ele acumulou ao longo da carreira, só em premiações... Poderia se aposentar feliz e ir curtir sua vida...

Aliás, os argentinos estão deitando e rolando em Roland Garros (sem trocadilhos)... O Nalbandian vai entrentar o
Gastón Gaudio em uma semifinal e, na outra, jogam Guillermo Coria e o único não-hermano, o inglês Tim Henman, que ainda assim teve de passar pelo (surpresa!!!) argentino Juan Ignacio Chela nas quartas... Acho que vão mudar o nome do torneio pra Rolando Garrós...

PS - No meu próximo post, só pra provar que eu sou o corneteiro poliesportivo, vou dar meus pitacos sobre a final da NBA, que começa domingo: Los Angeles Lakers x Detroit Pistons...

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