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quinta-feira, março 31, 2005

A minha tevê não funciona 

Por Diego Corneta

Não é possível. Parreira, Casagrande, Galvão Bueno e boa parte da imprensa esportiva devem ter assistido um jogo diferente. O jogo que eu vi na minha tevê não foi nada das mil maravilhas propagadas. Primeiro, um fato evidente, o time empatou. E ainda por cima com um gol inválido! Tudo bem, eu sei que é muito difícil bater o Uruguai lá em Montevidéu, mas não foi um grande jogo da seleção. Será que a minha tevê não funciona? Vendo jogos do São Paulo ou do Santos (não os de ultimamente), dá para notar times mais organizados e objetivos. Não consigo notar isso em jogos da seleção. A qualidade dos nossos jogadores é indiscutível, mas o time é apático, ou uma vaca-louca, como foi contra o Uruguai.

Parece que muita gente confundiu velocidade com qualidade. Foi um jogo rápido e disputado, mas tecnicamente foi fraco. Falta entrosamento e isso não é culpa do Parreira. Seria leviano achar que com menos de uma semana de treino já dá para entrosar uma equipe. Mas é preciso salientar que ausência de entrosamento pode ser superada com disciplina e disposição. Quando algum jogador pega na bola – pode ser qualquer um, não importa – raramente outros se aproximam para darem opção. Prestem atenção, fica todo mundo olhando. Aí sobram os chutões do Lúcio e Emerson. Também seria leviano achar que a entrada de um jogador pode resolver todos os males; Romário e Denílson já passaram por isso, agora a bola da vez é Robinho.

O craque santista fatalmente terá um lugar na equipe, é quase inevitável. Mas é preciso lembrar que no Santos ele brilha intensamente amparado num conjunto e num time organizado. O mesmo vale para Ronaldinho Gaúcho e o Barcelona. Na seleção tudo me parece obra do acaso e da sorte de termos muitos excelentes jogadores num time só. A maioria das jogadas sai do mérito individual e não vemos contra-ataques organizados, triangulações, ultrapassagens dos laterais, tabelas, nada. Não consigo ver um padrão organizado.

A falta de opção gera erros bobos enervantes. Kaká e Zé Roberto erraram passes incríveis. Roberto Carlos segue com seus infrutíferos chutes fortes e imprecisos, e não acerta um cruzamento, por baixo, ou por cima, tanto faz. Ronaldinho prende demais a bola e tenta resolver tudo driblando, mesmo que muitas vezes o brilho e a genialidade podem vir do toque rápido, ou da ausência dele. Ronaldo segue fora de forma, lento e, mesmo assim, intocável. Cafu já passou do ponto na seleção, pouco apóia e se perde na marcação. Depois de todos os jogos da seleção eu apareço aqui falando praticamente dos mesmos erros e equívocos. Realmente eu estou achando que minha tevê está com sérios problemas.

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segunda-feira, março 21, 2005

Clássico 

Por Diego Corneta

Corinthians e Palmeiras fizeram um jogo digno e à altura das expectativas do clássico. Um embate com mais de 80 anos, mais de 300 partidas, com dezenas de heróis e vilões, e com histórias mil; merece respeito. Muito respeito.

Respeito por todos os motivos acima citados, respeito pelas tradições dos clubes e, principalmente, pelos torcedores. Foi um grande jogo, muito disputado, tenso e, algumas vezes, até violento. Os jogadores do Palmeiras e o treinador Candinho saíram falando – e justificando – que foram dois gols de bola parada. E daí? Bola parada também faz parte da técnica do jogo e das maneiras de atingir o gol adversário.

O Corinthians jogou muito bem nos 15 minutos iniciais e abriu o placar com Roger, numa cobrança de falta espetacular. Depois, o Palmeiras equilibrou o jogo e o alvinegro esfriou o ímpeto. Aí deu para ver um time que começa a ganhar a feição do técnico Passarella, muito compacto, pegador, e buscando fechar o jogo a partir da intermediária adversária, com os homens de ataque todos dando o primeiro combate. Roger, Carlos Alberto, Tevez e até o Bobô marcaram os jogadores palmeirenses.

No segundo tempo o jogo seguiu sendo ditado pelo Palmeiras, mas Tevez, Roger e companhia seguiam dando muito trabalho nos contra-ataques. Desta vez Fábio Costa não falhou e fez algumas boas intervenções. O banco de reservas parece que acendeu o Gil, e quando ele entrou no jogo, foi decisivo. Fez três ou quatro excelentes jogadas e sofreu o pênalti que definiu a vitória. Mas ainda acho que Tevez e Gil só poderiam jogar juntos com um terceiro atacante, alguém mais finalizador. E este terceiro homem de frente, definitivamente, não é o inoperante – para não dizer inútil – Bobô e, muito menos, o também inoperante – segue a mesma lógica anterior – Jô.

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terça-feira, março 15, 2005

Curtas & Grossas 

por Anselmo Trompete

Adios amigos!

Barça e Real deram adeus à Copa dos Campeões. Como foi dito pelo amigo Corneta, o Barça conta com um dos jogadores mais espetaculares do mundo (se não for o mais). Só que como eu havia dito, o que vale é bola na rede. Não adianta ser galático ou malabarista: o que conta é fazer gol.

... e concluindo meu pensamento....

O Mastodonte Adriano não dá show nem faz firulas com a bola, mas sempre guarda o seu. Ele marcou três vezes e a Inter de Milão deixou o Porto (atual campeão) pra trás.

Pintou o campeão

Desde a derrota do Santos para o Palmeiras venho dizendo isso: o São Paulo Futebol Clube já é o campeão paulista. Tudo bem que o Santos ainda tem chance, mas duvido que o time do Oswaldo de Oliveira repita o que aconteceu no Brasileirão do ano passado. Também não estou escrevendo isso pra “gorar” o Tricolor. Longe disso! Faço até uma aposta aqui para mostrar minha convicção: Se o São Paulo NÃO for Campeão Paulista de 2005 eu mudo meu nome para Anselmo Oboé!

É do INSS? Ou do SUS?

O Santos Futebol Clube vai amargar mais um ano de fila. Agora já são 21 (vinte e um) anos sem vencer o Campeonato Paulista. Daqui a pouco já vai bater o recorde do Timão, que é de 22 anos, 8 meses e sete dias.

Promoção em Maringá

Depois da goleada aplicada pelo Cianorte em cima do Timão, todo o comércio do norte do Paraná aderiu à promoção: Leve dois frangos e ganhe uma bicicleta.

Pra nao dizer que não falei do peru

Vocês viram o que Fabio Costa aprontou contra o Cianorte, né? Já venho falando que esse goleiro NÃO SERVE para o Corinthians desde a primeira vez que ele vestiu a camisa 1. Ai que saudade do “Nei Mão de Pau”...

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segunda-feira, março 14, 2005

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Rodada sem graça
Santos e Corinthians venceram seus jogos sem encantar e sem muita inspiração. Destaque para a atuação de Tevez, com dois gols e uma assistência. Destaque também para a má pontaria do ataque santista, que desperdiça umas dez chances de gol por jogo. E, ainda por cima, a torcida pega no pé do pacato Oswaldo de Oliveira. Que culpa o técnico tem se os caras não acertam o gol?

Gracinha
Por pouco a gracinha aprontada por Diego Tardelli não custa caro ao São Paulo. Este mesmo jogador já tinha sido taxado de mascarado e também era acusado de fazer corpo mole, comprovou que ainda conserva algumas características, no mínimo, infantis e irresponsáveis. Ele nem de longe possui a técnica de um Marcelinho Carioca ou um Djalminha, que nunca perderam pênalti daquela maneira.

Robin Hood
O Palmeiras ganha do poderoso Santos por 3X1 e perde da combalida Portuguesa por 2X1. O goleiro Marcos acertou ao chamar o time de Robin Hood. Ganha pontos dos grandes para entregá-los aos pequenos.

O que foi aquilo?
Ainda estou atônito com o gol marcado pelo genial Ronaldinho Gaúcho na semana passada contra o Chelsea. Parado na frente de uma parede (quase) intransponível de quatro ou cinco defensores, Ronaldinho sambou, rebolou, ameaçou e logo na abertura da primeira brecha desferiu um chute venenoso, de bico mesmo, mas fazendo uma curva improvável. O goleiro nada pode fazer. Aliás, ninguém entendeu nada. De um lance praticamente morto, o gênio inventou um gol. Pelo momento do jogo (3X1 para o Chelsea), pelas condições do jogo (mata-mata da Copa dos Campeões na casa do adversário), pelo time adversário (a defesa do Chelsea é a menos vazada da Europa), e pela improbabilidade do lance; afirmo que foi um dos maiores gols que eu já vi na vida.

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segunda-feira, março 07, 2005

Larguem tudo, hoje é dia de futebol! 

Por Diego Corneta

No final de semana que passou, não vi nenhum jogo de futebol. Não vi sequer os gols em programas esportivos noturnos. Apenas fiquei sabendo dos resultados em conversas com amigos. E querem saber mais uma? Adorei a abstinência. Explico.

“Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”, já dizia Shakespeare. E, pegando carona na idéia do dramaturgo britânico, há mais coisas num final de semana além de algumas partidas de futebol. Muito mais. No final de semana que passou, aqui em São Paulo, o sol brilhou e não faltaram oportunidades para diversão e contentamento. Cinema, teatro, bar com amigos, Milton Nascimento, Vanessa da Mata e orquestra sinfônica no Ibirapuera, de graça. Enfim, o meu fim de semana não se resumiu em 90 (ou 180) minutos em frente a um aparelho de tevê.

Disseram-me que no sábado, Roger foi fantástico e finalmente conseguiu ser o tal “meia de ligação” que o Corinthians tanto carecia. Ouvi também que o Santos acertou oito chutes no gol. O pênalti convertido por Ricardinho foi o único que entrou, os outros sete pararam nas mãos, pernas e tronco do goleiro Marcos. E também correu a notícia que o Pedrinho voltou da enésima contusão e jogou muito bem, marcando dois gols e definindo o clássico contra o Santos. Ah, ventos da Espanha trouxeram-me alguns informes, Ronaldo voltou a marcar e Eto’o segue marcando.

Logo no primeiro parágrafo eu disse que tinha adorado a abstinência futebolística, e reafirmo: o meu final de semana sem futebol foi realmente ótimo. Com o bombardeio (sem mais tsunamis, por favor) de notícias que nos cercam, não precisamos assistir ou presenciar os jogos para sabermos informações básicas. E o mundo segue girando da mesma forma que antes. Aproveitem.

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