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segunda-feira, julho 31, 2006

Rápidas & Rasteiras 

Diego Corneta

E agora, quem poderá nos salvar?
Podem chamar o Chapolin, o Batman, o Supermouse; chamem quem vocês quiserem, mas o Coringão está fodido, perdão pelo vernáculo. Nosso goleiro é um peru, nossa zaga é uma mãe, nossos laterais são péssimos, nossos meias dormem, nosso ataque não faz gols, nosso banco não tem ninguém e nosso técnico é apático. Do Corinthians original temos apenas e nome e o uniforme. Seguimos convictos e inabaláveis rumo à Segunda Divisão.

Chocolate
Domingo frio e chuvoso. O Santos não teve dúvidas, serviu um chocolate bem quentinho ao São Paulo., 4X0. Podem falar que é o time reserva, que isso e que aquilo. Com o Richarlyson em campo, podem falar até que o São Paulo jogou com um homem a menos. Mas o fato é que ninguém vai apagar o placar e diminuir os méritos do Santos.

Salvos
O Palmeiras não será campeão. Mas também não vai cair. Jogaram com o Paraná em casa e ganharam bem, 4X2. O gaúcho “Teete” acertou a marcação do time, que vai melhorar ainda mais com a estréia do bom zagueiro Dininho. Com um campeonato fraco e ainda no primeiro turno, dá para o Palmeiras brigar por uma vaga na Libertadores, ao menos.

Inferno no Grenal
O jogo foi péssimo. O tempo estava absurdamente frio. E um punhado de idiotas tratou de esquentar a partida. Atearam fogo no estádio! Foi um espetáculo dantesco, com direito às labaredas do inferno e tudo. São imagens que vão correr o mundo e valorizar ainda mais nossa moral lá fora. E viva o Brasil, sil, sil!

Esse Rubinho é um brincalhão!
Engana-se quem acreditou que o Burrinho fosse parar de correr. Disse que foi mal intrepetado e que não vai deixar as pistas tão cedo. “No meio de toda essa trabalheira e da vontade de ganhar, dou de frente com notícias falando da minha aposentadoria! GIVE ME A BREAK, eu nunca guiei tão bem e nunca estive tão feliz; portanto, falar em aposentadoria é coisa beeeeem para o futuro”. Essa pérola está no site oficial do Burrinho, atentem para o trecho destacado. Em tempo: na última corrida, Burrinho vinha em seu já habitual sexto lugar e seu motor estourou, mais um em sua patética carreira.

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quinta-feira, julho 27, 2006

De santos, veados e superstições 

por Anselmo Trompete

Você é são-paulino? Então já pode ir atrás do seu ingresso para a final da Libertadores. Não tenho dúvidas que o São Paulo vai disputar mais um título continental. Até tentei secar o time brasileiro, mas não teve jeito! A sor..., digo, a competência do Tricolor falou mais alto.

Por um momento achei que a sor..., digo, a competência tinha abandonado o time de Muricy Ramalho quando o bandeirinha acertadamente anulou o gol de Ricardo Oliveira. Logo após o lance, o centroavante saiu pra comemorar, apontando ao céu. Pena que sua reverência de nada adiantou. Nananinão, Ricardo. Deus, os jogadores do Chivas e o bandeirinha (graças à Deus!) viram seu braço empurrando a pelota pra dentro do gol.

Engraçado que o zagueiro Lugano estava AO LADO de Ricardo Oliveira e não notou que o espertalhão usou de um lance de vôlei para tentar marcar. Lugano sempre reclama com as mãos em posição penitência e olhos arregalados. Quem vê pensa é santo, o uruguaio. Sorte (dessa vez não teve como evitar a palavra, desculpe Tuba) dele não ter sido expulso depois de tentar quebrar o joelho de um mexicano, já no segundo tempo da partida. O cartão amarelo saiu barato para o carniceiro que tenta se passar pela Madre Teresa de Calcutá.

De fato, o SPFC jogou muito melhor que o Chivas durante todo o primeiro tempo. Mas nos 45 finais a partida ficou mais equilibrada, com a turma do Chavez e CIA chegando mais no gol do time que tem um veado da Disney como mascote.

Faltando 15 minutos para o fim da partida um jogador Chivas , de fora da área, acerta um chute indefensável. Mas o Rogério Ceni teve muita competência em seu golpe de vista conseguindo assim, com o olhar, desviar a bola para seu travessão. Mesma sor..., digo, competência não teve o zagueiro Chivas que após sofrer falta de Aloísio, foi obrigado fazer um pênalti. Realmente uma pena o juiz não ter tido competência de marcar a falta do centroavante são-paulino segundo antes da penalidade máxima. O goalquíper (copyright by Mauricio Tuba ®) Tricolor converteu a cobrança e agora iguala o recorde de gols do arqueiro Chilavert.

Mesmo jogando com um homem a menos, ou seja, com Richarlison (é assim que escreve?) em campo, o SPFC conseguiu segurar a vitória pelo placar mínimo. No entanto, apesar de estar com um pé na final, é bom o São Paulo não entrar em campo no próximo jogo do jeito que sua torcida (ui!) gosta, ou seja, de “salto alto”. Os mexicanos tem um time bom e talvez com a ajuda de um milagre divino consigam chegar à final. Saravá São Jorge!

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terça-feira, julho 25, 2006

Dunga 

Diego Corneta

Depois de muito suspense, especulação e informações desencontradas, o escolhido para comandar o time de futebol mais famoso do mundo é o Dunga. Ficou a sensação: “não tem tu, vai tu mesmo”. Tentaram Felipão, ele disse não. Especularam Luxemburgo, mas ele tem inimigos e resistência lá na CBF. Falaram em Paulo Autuori, mas ele não tem carisma e nem apelo popular. Foi uma escolha estranha, mas muito conveniente para a CBF.

Com Dunga, um “técnico” sem experiência alguma, eles dão uma resposta para aqueles que pediam renovação. Porém, sabemos que a renovação necessária deve ser feita também nos cargos executivos, com a saída de Ricardo Teixeira e seus asseclas, mais precisamente.

E não é que o Exterminador chegou lá?

Dunga é uma aposta e eu duvido muito que ele vá ficar até a Copa. Mas, por outro lado, com sua personalidade forte e espírito de liderança, ele pode comandar a tão falada renovação. Adeus Cafu, Roberto Carlos, Emerson, Ronaldo e outros. Tomara que dê certo.

Chivas, on the rocks ou cowboy?
Na primeira fase, o São Paulo perdeu as duas partidas contra o Chivas, ambas por 2X1. O time de Guadalajara é bom e experiente, possui seis (ou sete, não me lembro) jogadores na seleção mexicana. O jogo de amanhã é decisivo. O São Paulo sai no lucro com um empate, ou ao menos, marcando um gol. Na terra da Tequila, resta saber se o Chivas vai ser servido à cowboy, forte e amargo; ou, on the rocks, fraco e suave.

Chivas on the rocks, esperança do SPFC

Idiotas
Não há outra palavra para classificar os “torcedores” que ameaçam Tevez e outros jogadores do Corinthians. São idiotas profissionais que não trabalham e vivem às custas da Gaviões da Fiel. O tal “Pulguinha”, presidente da Fiel, declarou que Tevez deveria se preocupar, pois os torcedores sabem onde ele e sua família moram. Um imbecil desses tem que ser preso! Xingar no estádio, protestar no clube (sem violência, é claro), tudo bem, é válido. Mas ameçar fisicamente os jogadores e as famílias é crime.

Loser
Rubinho deu a entender numa recente entrevista que deixa a F1 ao terminar seu contrato com a BAR, no fim de 2007. Sua carreira na F1 pode ser vista de duas formas. Economicamente foi um sucesso, pois um piloto medíocre conseguiu bons contratos e lucrou uma boa grana. Porém, esportivamente foi um fiasco, um piloto que não vai deixar saudades. Ganhou uns sete ou oito GPs e só. Correu na Ferrari com um carro de ponta e não fez nada além de ser coadjuvante do alemão. Vai tarde, já era hora de dar espaço para outros. Em tempo: Rubinho é o terceiro piloto na história em números de GPs, atrás apenas de Schumacher e de outro eterno loser, Patrese.

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segunda-feira, julho 24, 2006

Rápidas & Rasteiras 

Diego Corneta

Eles conseguiram!
Depois de sete rodadas sem vencer, o Corinthians finalmente chegou onde merece, na lanterna. Sim, a última posição da tabela. Menos de um ano após ser campeão brasileiro, com praticamente os mesmos jogadores, a equipe hoje encontra-se rachada e destituída de espírito. Isso sem mencionar que o Corinthians também não tem um goleiro descente (São Paulo e Palmeiras têm dois) e nem um zagueiro que preste. Ricardinho dá claros sinais de insatisfação e quer sair. Carlos Alberto e Gustavo Nery idem. O ex-salvador Tevez agora é perseguido pela torcida e se aparecer alguma boa proposta, ele cai fora. Nilmar machucou-se. Rosinei já não é mais o mesmo. Roger é uma piada de mal gosto. Rafael Moura é esforçado e só. O Corinthians não tem um time, é triste ter que admitir isso.


Cala a boca já morreu; Tevez fez feio

Lider
Quando a fase é boa, tudo conspira a favor. O São Paulo, mesmo jogando mal, vinha vencendo. Ontem, contra a Ponte, o time reserva jogou bem e ganhou fácil. Porém, Rogério Cena deveria ter sido expulso no lance do pênalti. A chance de gol era claríssima e ele era o último homem. Não tomou nem amarelo. Noves fora, o SPFC agora lidera com quatro pontos de vantagem sobre os vices Cruzeiro e Internacional.

Progressão alviverde
Contrariando as minhas expectativas, o Palmeiras parece acertado e disposto a deixar a zona da degola. Ganhou bem uma partida difícil; o Goiás lá em Goiânia é casca-grossa.

Na Vila, como sempre
Jogando em casa o Santos voltou a vencer. Bateu o Juventude por 3X2. A Vila Belmiro é sempre um trunfo para os santistas. Reinaldo recuperou-se de contusão e marcou dois gols, um deles, numa pancada de fora da área, muito bonito.

Perdas
O teatro, o cinema e a teledramaturgia nacional perderam recentemente dois de seus maiores nomes. Raul Cortez e Gianfrancesco Guarnieri morreram. O primeiro, um ator monumental, um dos maiores que já pisaram em nossos palcos. Tive o prazer de vê-lo em Rei Liar, numa bela montagem no Sesc Vila Mariana. O segundo, um ator/autor que nunca abandonou seus princípios. Farão falta, ainda mais numa época onde o que mais vale é um rostinho bonito e uma cabeça vazia.

Para não dizer que não falei das flores
Esse ano é ano de eleições. Enquanto isso, cerca de 100 parlamentares estão sendo investigados por participação na “máfia dos sanguessugas”. Esse é escândalo é ainda maior e pior que o “mensalão”, pois envolve única e exclusivamente dinheiro público. Nesses quatro anos (que ainda não terminaram) tivemos os piores parlamentares de toda nossa hostória republicana.

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quinta-feira, julho 20, 2006

FUTEBOL DE QUARTA 

Mauricio Tuba

TRI-COLOR
Poderia muito bem falar que o Campeão Mundial Interclubes jogou mal como nunca e ganhou como sempre. Poderia ainda zoar galinhas, porquinhas e piranhas que ficaram acordadas até o fim para secar o primeiro time a unificar o título mundial interclubes. Poderia também falar que o juiz apitou mal e os bandeiras compensaram ajudando o SPFC e não voltando a cobrança defendida pelo adiantado Rogério Ceni, o melhor goleiro do Brasil, do Mundo e Região. Entretanto, isso não seria justo com o protagonista da vitória de ontem. Sim, a TORCIDA TRI-COLOR.

Quem me conhece sabe que não sou o são-paulino típico e fico indignado quando cruzo alguém que se diz torcedor do TRI-COLOR e nunca foi ao Morumbi. Mas, ontem, tive orgulho de participar dessa torcida.

Cabe salientar aqui que não estou falando daqueles torcedores que só viram bola na mão de mágico e estavam, em casa, assistindo o jogo enquanto lia uma matéria na revista Audi, sobre qual a marca de gel que tem menos álcool para não estragar o cabelo cortado no salão indicado pela mãe ou namorada. Esses coitados falam que são tricolores pra não apanhar na rua, considerando que nossa torcida é a mais sinistra (sim, tem mais são-paulino na cadeia do que corintianus).

Estou falando aqui daquele que passou o dia todo pensando no jogo. Lendo, ouvindo e vendo todas as asneiras que a imprensa esportiva produz, sem exceções. Saiu do trampo correndo. Se fodeu para chegar no MorumTRI. Comeu um pernil, tomando cotovelada e empurrando com um Dreher, em exatos 2 minutos. Foi esmagado na fila de entrada e, finalmente, conseguiu um lugar pra ver o jogo, entre o gordo suado e a namorada gostosa dum sem-pescoço e sem-noção. Esse é o cara.

O cara que gritou, xingou, sofreu, mas não parou de torcer nem um minuto. Alias, eram apenas 66 mil pagantes. Sem contar os milhares de penetras oficiais, os filho-do, neto-do, amigo-do, Bozós, arapongas, malandros com aparato de malandro federal, que nunca se dá mal (perdão Francisco), e congêneres.

Esse cara esteve com o time quando mais precisou. O ponto alto foi após o final do jogo, antes dos pênaltis, quando o estádio inteiro gritou e levantou a moral do time. Quem estava lá, sabe do que estou falando. Nem o batuque dos hermanos atrás do gol, que viera em peso (tinha umas quase 2 mil), foi alto o suficiente para aparecer em meio a tamanha manifestação da torcida. Foi sensacional e funcionou. O último hermanito a bater o pênalti tava com a cueca pesando 3 kilos. Ou seja, esse cara classificou o São Paulo.

Agora, vou tocar no ponto que ninguém toca. Todo mundo fala da torcida dos outros times, mas a maioria da imprensa brasileira despreza a torcida do TRI-COLOR. Isso porque a imprensa pensa naquele cara do gel que eu citei acima e não no maninho recém-saído da FEBEM, que pulou a catraca, escapou da borrachada, passou fome e frio a noite toda e não tem dinheiro pra pegar o busão pra casa. Eles estão errados. Basta ir aos jogos , ver a cara da torcida TRI-COLOR e escutar a torcida. É nóis.

COLORADO
Dois golaços. O Sobis joga muito e o time do Internacional é realmente muito bom. Reasco foi bem e será bem vindo no TRIcolor.

FLA X BAIXCO
O Renato Gaúcho tomou o infame nó tático ontem. O Flamengo com 3 zagueiros jogou melhor e mereceu vencer. O Obina errou o chute e, por isso, fez um golaço. O interminável Luizão vai ser campeão de novo. Esse ai tá acostumado a vencer.

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terça-feira, julho 18, 2006

Rápidas & Rasteiras 

Diego Corneta

É hexa!
Os corintianos já podem comemorar! Somos hexa! Seis derrotas seguidas e seis jogos sem marcar um mísero gol! Não me lembro de um retrospecto tão ruim assim; nem nas épocas de Joel Santana e Tite. O time está cheio de enroladores e visivelmente rachado. Ninguém gosta das regalias do Tevez; Ricardinho e Gustavo Nery se odeiam; Ricardinho e Marcelinho se odeiam; Roger odeia todo mundo e a si mesmo; todos odeiam o fresco Roger. Isso sem mencionar nossos péssimos zagueiros e nossos terríveis goleiros... Ah, e o “comandante” é o Geninho! A segunda divisão é uma possibilidade real.

Suspiro alviverde
Francis, Nem, Enílton, Alex Afonso, Alceu, Vinícius... Esses são alguns dos craques do Palmeiras. Os destaques do time são os cansados e rodados Edmundo, Juninho e Paulo Baier. O Palmeiras ganhou duas seguidas, mas a torcida ainda vai sofrer muito durante o campeonato.

Leão X Luxemburgo
Dois malas. Dois picaretas que adoram exaltar suas respectivas “éticas” e “morais”, embora não saibam muito bem o que isso venha a ser. Dois “professores” linha dura que recorrem aos conceitos “profissionalismo” e “trabalho” para se autojustificarem. Os dois se odeiam, não era de esperar outra coisa desse embate de egos. Mas os dois são bons técnicos. Deu Leão, 2X0 sobre o rival, com dois gols de pênaltis duvidosos.

Libertadores
O São Paulo tem uma parada duríssima, depois de perder a partida de ida por 1X0, vai enfrentar o encardido Estudiantes em casa. A zaga do tricolor será formada por Alex, Edcarlos e Fabão, ou seja, teremos fortes emoções. O técnico do time argentino é ninguém menos que o carniceiro Diego Simeone, um dos jogadores mais violentos da sua geração. Os caras vão entrar com 11 atrás e vão bater. Muito.

Depois elas ficam bravas...
Está na Folha de hoje. No último fim de semana, o Cine LG Tricolor, que funciona nas dependências do Morumbi, exibiu o filme “Bambi 2”. Sessão dupla, sábado e domingo.
A informação consta no site oficial do São Paulo.

Socorro!
Pior que perder a Copa é agüentar as “explicações” de jogadores coadjuvantes, “jornalistas entendidos”, “comentaristas” e corneteiros...

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quinta-feira, julho 13, 2006

O lado positivo do saldo negativo. 

por Anselmo Trompete

De fato, foi uma Copa bem abaixo das expectativas. Acho que de todos fatores citados pelo amigo Diego Corneta, a média de saldo de gols é o menos importante. A quantidade de gols marcados, na minha opinião, não tem muito a ver com a qualidade de futebol. Se tivesse, os jogos amistosos (aqueles que terminam 8x7) seriam consagrados como os maiores embates da história.

A grande quantidade de empates sem gols também pode mostrar algo positivo. As equipes se tornaram mais competitivas e algumas estão ao menos aprendendo a se defender. Princípio básico de qualquer jogo: primeiro aprenda a se defender, depois ataque. Sem falar que as seleções se mostraram mais ambiciosas. Era comum ver em mundiais anteriores alguns times “oba-oba”. Principalmente os africanos, que todos achamos “bonitos de ver jogando” pois apresentam um “futebol alegre”. O problema é que “futebol alegre” não ganha jogo. Parece que os times do continente dos leões e das savanas, enfim, perceberam isso.

A ausência de uma seleção revelação pesou bastante. É sempre muito bom ver um time de pouca (ou talvez nenhuma) tradição jogando um futebol de qualidade. Em 1990 tivemos Camarões, de Roger Milla. 1994 foi o ano de Stoichkov da Bulgária. A Croácia do artilheiro Davor Suker ficou em 3º lugar na Copa de 1998. Em 2002 foi a vez da Turquia do excelente goleiro Rustu surpreender e ficar apenas atrás de Brasil e Alemanha.

Notem que dos quatro últimos times revelação, apenas a Turquia de 2002 teve um jogador de defesa entre seus maiores destaques. A Copa da Alemanha, como já escreveu Diego Corneta, foi a Copa da retranca. Estaria surgindo uma nova tendência?


Wiltord é bom. Henry é excelente. Zidane é CRAQUE.

Não entendi qual foi a dele. Um jogador do naipe do Zizou agredir um adversário na final é algo bem complexo de se entender. Mas não acho que isso vai “manchar” sua carreira. Zidane jogou muita, muuuuuita bola e essa agressão não vai apagar o brilho do futebol que ele nos mostrou.


Ai meu Deus, começou de novo...

O Brasileirão voltou! Ah! Delícia! Agora sim veremos futebol de qualidade, rivalidade à flor da pele e muita bola na rede (principalmente se o goleiro for o Silvio Luiz, do meu Coringão). Ontem o Timão perdeu por 2x0 do Cruzeiro e o arqueiro corintiano, só pra variar, tomou um peruzão. Agueeeeeenta coração!

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segunda-feira, julho 10, 2006

Saldo negativo 

Diego Corneta

Aqui no Corneta não tem enrolação, panos quentes ou meias palavras. Então aí vai, na lata: Foi a pior Copa do Mundo dos últimos tempos, digna de figurar entre as piores da história da Copas. Sem dúvida, foi a pior que eu me lembro, desde 1986.

Foi a Copa de Peter Crouch, Pauleta e Luca Toni. Três centroavantes medíocres que jogam de titular em suas seleções. Crouch é reserva no Liverpool e titular na Inglaterra. Pauleta é artilheiro do campeonato francês, e Toni é artilheiro do campeonato italiano. E daí? Seria o mesmo se a seleção brasileira jogasse com Dill, Dimba ou Renaldo, já que eles foram artilheiros do campeonato brasileiro.

Foi a Copa de grandes expectativas em que vimos Ronaldinho, Lampard, Totti, Deco, Shevchenko e Henry jogaram muito menos bola que o esperado. Foi a Copa em que vimos Zidane jogar bem apenas duas partidas (contra Espanha e Brasil) e ser eleito (injustamente, na minha opinião) o melhor do campeonato.

Foi a Copa com uma final chata e amarrada em que ambos os times preferiram não perder a ganhar o jogo. Pelo jogo final, nenhum dos dois merecia ser campeão. Nos pênaltis não há muita lógica, sorte da Itália. Foi a Copa em que vimos Felipão conduzir, aos berros, uma equipe limitadíssima às semifinais.

Foi a Copa da defesa, com a segunda pior média de gols entre todas, atrás apenas da Copa de 1990. Mas na Copa de 90, tivemos a Alemanha de Mathäus e Klinsman jogando bem, tivemos ainda a Argentina de Maradona e Caniggia, a Inglaterra de Lineker e Gascoine, a Itália de Baggio e Totó Schilacci... isso sem mencionar Camarões de Roger Milla.

Foi a segunda Copa decidida nos pênaltis. Mas em 1994, pelo menos pudermos acompanhar Bebeto, Romário, Baggio, Hagi e Stoichkov jogando muito. Foi a Copa do artilheiro com apenas cinco gols. Foi a copa com goleiros se destacando. Nada contra goleiros, mas eles são a antítese do gol, que por sua vez é o objetivo e alma do jogo. Foi a copa dos zagueiros, Cannavaro, Materazzi, Thuram, Ayala, Lúcio, Juan, Ricardo Carvalho e Terry foram bem.

Foi a Copa da retranca, com vários times atuando com apenas um atacante isolado, como Itália, França, Ucrânia e muitos outros. Foi a Copa em que a Argentina abdicou do seu toque de bola para tentar segurar o 1X0 com a Alemanha; se deu mal. Foi a Copa em que o Parreira insistiu em jogar com dois centroavantes que não se movimentavam. Foi a Copa em que Ronaldo jogou com mais de 10 quilos acima de seu peso e mesmo assim fez três gols. Foi a Copa em que o Brasil insistia e batia a cabeça pelo meio já que os dois laterais não fizeram nada nos cinco jogos. Foi a Copa em que Kaká e Ronaldinho Gaúcho ficaram apenas no “quase”.

Foi a Copa dos volantes marcadores que também sabem jogar, como Pirlo, Zé Roberto, Vieira e Maniche. Não tivemos nenhum time dando show, não tivemos nenhum meia ou atacante que realmente jogou muito bem em vários jogos. Foi uma péssima Copa. O saldo é negativo.

Azzurra é tetra!
O título nos pênaltis é cara da Itália. Só abriram mão da retranca histórica na prorrogação contra a Alemanha. No mais, foram ótimos na marcação e precisos nas poucas finalizações. Foram auxiliados por um erro ridículo da arbitragem nas oitavas contra Austrália. Viram um Totti apagado e um ataque pouco inspirado. Foram campeões graças, principalmente, aos jogadores de defesa. Buffon, Cannavaro, Materazzi, Zambrotta, Grosso, Perrota e, sobretudo, Pirlo tornaram a Itália tetracampeã.

“A propaganda é a alma do negócio”
Jogadores como Ronaldinho, Ronaldo, Robinho, Adriano, Kaká, Lampard, Riquelme, Cristiano Ronaldo, Totti, Ballack, Shevchenko, Rooney, Robben e outros fizeram muito mais bonito em propagandas da Nike e Adidas. Com raros bons momentos (de Robben, principalmente), todos eles ficaram muito abaixo das expectativas.

Melhor jogador
Falei anteriormente que esperaria a final para anunciar meu melhor jogador. Pirlo é o cara, infelizmente. Digo infelizmente pois numa Copa com tantos nomes, louvar Pirlo é um desperdício. Ele é um excelente volante que sabe bater na bola, cadenciar o jogo e fazer bons passes. Não é e nunca será um craque, mas na minha opinião, foi o mais regular em toda a Copa. Jogou bem em todos os jogos e teve momentos de brilho em alguns deles.

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O inexplicável Zidane 

por Fábio Sax

É, amigo, acabou a Copa... E a Azzurra, numa campanha recheada de superstições e coincidências que será objeto de muitas discussões ainda, faturou o tetra, nos pênaltis, em cima da França... Mais do que ver a seleção italiana, num ano de pura crise, ganhar um Mundial superando inúmeros dos seus traumas, bizarro, de verdade, foi ver o potencial craque da Copa jogar sua grande despedida do futebol no ralo... A cabeçada em Materazzi foi inexplicável, indesculpável, insulto nenhum pode justificar a atitude de Zidane...

O camisa 10 da França fez uma primeira fase das mais apagadas, assim como toda a equipe... Passaram às oitavas porque pegaram um grupo dos mais fáceis... De repente, Zizou resolveu jogar (e como joga o fdp, quando enfia na cabeça de jogar) e eles eliminaram Espanha, Brasil e Portugal (que merecem os prêmios "Jogou como nunca, perdeu como sempre", "decepção da Copa" e "time mais superestimado do Mundial", respectivamente)... Abriu o placar na final, aos cinco minutos de jogo e, mesmo após o gol de empate da Itália, comandava a equipe e o ritmo da partida...

Oito anos atrás, com duas cabeçadas, Zidane comandou a França rumo ao seu primeiro título mundial, na decisão contra o Brasil... Ontem, ele quase levou seu time a mais um título com uma cabeçada magistralmente defendida por Buffon no finzinho do primeiro tempo da prorrogação... Na segunda etapa, logo aos dois minutos, discutiu com Materazzi na área italiana e, provavelmente depois de ouvir uma bela série de insultos, meteu a cabeça no peito do zagueiro...

Pena que o telão no Estádio Olímpico, em Berlim, não tenha mostrado o lance para a torcida, porque as intermináveis vaias a Buffon e Materazzi, em particular, e à Itália como um todo, não teriam sido tão intensas se os franceses tivessem visto a agressão absurda de Zidane...Não acho que é exagero dizer que essa expulsão gratuita custou a Copa à seleção francesa, que jogava melhor que a italiana durante toda a partida...

Zidane teria sido fundamental na decisão por pênaltis... E as substituições feitas pelo técnico Raymond Domenech, mesmo que por motivos incontornáveis, como no caso de Vieira, privaram a França de outros jogadores que certamente cobrariam as penalidades... Vieira, Henry e Ribéry formavam, ao lado de Zidane, Makelele e Thuram, a espinha dorsal da equipe...

Piada pronta da final da Copa

Quem diria que o maior nome da Itália em toda a fase de mata-mata da Copa seria a mesma frase que me acompanhou durante toda a minha "carreira futebolística"??? "Fábio Grosso" é a frase que eu mais ouvi em campo na vida... Pois, é, o Fábio Grosso da Itália cavou o penal decisivo contra a Austrália, fez um golaço na prorrogação contra Alemanha e, ontem, bateu o penal que deu à Azzurra o tetra... (tá bom, tá bom, a piada foi péssima, mas eu não podia deixar passar...)

Coisas que eu não entendo

Eu juro que não entendi essa torcida toda por Portugal... Tudo bem que o Felipão é carismático, simpático e, claro, um baita técnico, provavelmente o melhor do mundo, etc, etc, etc... Mas Portugal é um time limitado tecnicamente, não tem um atacante que saiba fazer gols, não sabe sair de retranca adversária... O time português jogou muito bem até marcar o primeiro gol contra Angola, na estréia... Depois do gol do Pauleta, acabou o futebol...

Portugal chegou até as semifinais na base da vontade da vontade e da botinada, como na batalha contra a Holanda e no joguinho horroroso contra a Inglaterra, em que não conseguiu impor futebol nem contra um time que teve, durante quase todo o segundo tempo e a prorrogação inteira, o tosco do Crouch como único atacante... Figo tentou, mostrou alguma vontade, mas não foi nada além do que é, um cara esforçado e com alguma habilidade... O Deco, que é muito mais jogador que ele, não fez nada... Síndrome do Barcelona, talvez... O Cristiano Ronaldo, além de saltos ornamentais e chiliques, não mostrou muita coisa...

A partir da eliminação brasileira, só se ouvia nego dizendo que era Portugal desde criancinha, por causa do Felipão... Tudo bem ter boas lembranças do cara, querer ter no comando do time (quem não queria???), mas na minha cabeça, torcer pra outra equipe só por causa dele é a mesmíssima coisa que muitos corintianos fizeram, torcendo pela Argentina na Copa por causa do Carlitos... A mesmíssima coisa... Tem nego xingando os corintianos até agora por causa disso... Mas pro Felipão pode??? Não entendi...

Aliás, deve ser duro admitir que a Argentina jogou muito mais que o Brasil na Copa, que merecia muito mais ter passado às semifinais do que nós, né??? Eles caíram lutando, coisa que o nosso time não teve nem a decência de fingir fazer contra a França... E por falar nesse jogo, alguém viu as imagens de Buenos Aires nesse dia??? A Argentinha tinha sido eliminada pela Alemanha no dia anterior e, na capital do país, vários torcedores locais vestiram verde e amarelo pra fazer sabem o quê??? TORCER PELO BRASIL...

Isso mesmo, torcer pela seleção brasileira contra a França... Não sei se a Globo mostrou isso, mas eu vi em outras emissoras... A namorada do meu irmão, que é filha de argentino, já tinha me falado a mesma coisa... Quando a Argentina não está jogando, eles torcem pelo Brasil... Porque gostam do futebol brasileiro, porque reconhecem que temos grandes jogadores... Aqui, a diversão é malhar argentino, rir do choro deles... Se os brasileiros tivessem a metade da vergonha na cara que os argentinos têm, a seleção brasileira seria quase impossível de ser batida, sem falar em todas as outras esferas da vida...

Para apagar da memória

O jogo das quartas-de-final entre Brasil e França foi daqueles pra gente querer esquecer de qualquer jeito, não??? Acho que, mais até do que a apresentação lamentável da seleção brasileira, o triste naquele jogo foi ver o comportamento da torcida brasileira no estádio... Começou quando os babacas que usavam verde e amarelo na arquibancada começaram a vaiar a Marselhesa, o hino francês... Achei muito bem feito que a recompensa pra quem fez isso tenha sido aquela derrota vergonhosa... Vaiar o time adversário, o craque do outro time, tudo bem... Desrespeitar outra nação desse jeito é coisa de subdesenvolvido mesmo...

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quinta-feira, julho 06, 2006

Nós, os entendidos 

Diego Corneta

Muito já se falou sobre a eliminação do Brasil. Tudo o que eu escrever aqui poderá ser apenas “chuva no molhado” e nada além. O time entrou em campo com a formação que muita gente considerava ideal; Juninho no meio, Ronaldinho no ataque e Gilberto Silva no lugar do Emerson. O que vimos foi uma inoperância e uma incapacidade de criar jogadas nunca dantes vista. Sim, o Brasil nunca havia caído fora de uma Copa jogando tão mal. Finalizamos apenas seis vezes. Quatro delas nos 12 minutos finais, já no desespero. Apenas uma acertou o gol. E foi tudo o que fizemos.

E quem disse essa foi Armando Nogueira, que cobre Copas desde 1900 e bolinha. Breve retrospecto: Em 1998, fomos surrados por um time que jogou muito mais bola e ainda tínhamos o peso da misteriosa síndrome em Ronaldo; em 1990, caímos diante da Argentina de Maradona, mas jogamos melhor e perdemos muitos gols; em 1986, tombamos nos pênaltis diante da França de Platini, mas empatamos o jogo e lutamos até o fim; em 1982, tínhamos o futebol-arte de Telê e saímos de cabeça erguida, jogando muito bem; em 1978, ficamos fora de decisão por conta de uma roubalheira arquitetada pela ditadura argentina, que comprou o Peru, não perdemos nenhum jogo e saímos em terceiro, como “campeões morais”; e, em 1974, perdemos para a fantástica Holanda de Cruify, uma equipe superior à nossa.

Ronaldinho Gaúcho é e ainda será um jogador espetacular, mas foi disparado o pior jogador brasileiro na Copa. Dadas as expectativas, diria até que foi o pior jogador de toda a Copa. Não fez absolutamente nada, a não ser um passe para um gol no jogo que não valia mais nada, contra o Japão. Ronaldo jogou com 10 quilos a mais, fez três gols mas ficou devendo, e muito. Adriano também não jogou o esperado. Kaká só jogou o primeiro jogo e depois sumiu. Juninho, que tanto pedia uma vaga na equipe, também não fez nada contra a França, jogou bem apenas no jogo treino contra o Japão. Agora, todos concordam: Cafu e Roberto Carlos se arrastaram a Copa toda. Cafu acertou um único cruzamento para Adriano marcar um gol impedido. Roberto Carlos, nem isso. Ele errou todos os cruzamentos que tentou durante a Copa, sem contar os inúmeros passes e “lançamentos” errados.

Aliás, ele vai ficar para sempre marcado. A essa altura, todos já sabem e já viram Roberto “a maior farsa do futebol mundial” Carlos descansando enquanto Henry faz o gol da França. Por mais que a França tenha jogado um partidaço, nunca um jogador de 35 anos poderia ter sido o melhor em campo. E foi. Zidane fez uma partida impecável, jogou livre e quase nem errou passe. Tomou conta do meio-de-campo e organizou a França do jeito que bem quis. Nessa trágica campanha, apenas os mais criticados se salvaram: Lúcio, Juan, Dida e Zé Roberto. Antes da Copa, nós, os entendidos, apontávamos a zaga como o ponto fraco da seleção. Fica uma lição.

Deutschland
E a Alemanha atingiu seu ápice no primeiro tempo contra a Suécia. Nas quartas, contra a Argentina, já não jogaram tão bem. E as fraquezas da equipe vieram à tona frente à Itália. Foram eliminados, porém, com honra e hombridade. Foram até onde deu.

Azzurra!
E a Itália, deixou a histórica retranca de lado e fez os melhores 30 minutos da Copa. Jogaram muito na prorrogação, mandaram duas na trave, pressionaram durante os dois tempos de 15 minutos e fizeram dois belos gols já no finalzinho. Méritos para Marcelo Lippi, que deixou Totti em campo. Tirou o péssimo Luca Toni e mais dois volantes. Entraram Iaquinta, Gilardino e Del Piero, dois atacantes e um meia. Deu no que deu. E o excelente Pirlo fez uma partida impecável.

Lusos
Gritos desesperados, gestos teatrais, pressão na arbitragem... De nada adiantaram as armas de Felipão. O time português é limitado e chegou mais longe do que o esperado. A França tem uma equipe melhor e mereceu ganhar. Tem outra, Cristiano “Mala” Ronaldo foi tocado no polêmico lance em que Portugal reclama que foi roubado. Acontece que o mala sem alça pulou tanto que nenhum juiz daria pênalti com uma cena daquelas.

A minha seleção da Copa
Não que esses jogadores sejam muito melhores que outros, mas o critério foi o quanto eles jogaram até agora na Copa.

1- Buffon (Itália - está fazendo uma Copa espetacular. Tem boa parcela de responsabilidade na campanha da Itália)
2- Miguel (Portugal - típico lateral que corre o jogo todo e aparece em todo o campo. Marca bem e também apóia com competência)
3- Canavarro (Itália - alguém discorda? O cara é um monstro! Baixinho para os padrões de zagueiros, mas compensa com velocidade, tempo de bola e muita técnica)
4- Lúcio (Brasil - o jogador mais criticado da equipe fez uma excelente Copa. Fez poucas faltas e muitos desarmes.)
5- Vieira (França - volante técnico e inteligente que ainda sabe fazer gols)
6- Lahn (Alemanha - lateral-esquerdo que é destro! Rápido, habilidoso e jovem, vai dar o que falar ainda)
7- Nedved (Rep. Tcheca - meia inteligente e objetivo; seu time ficou de fora, mas ele foi o melhor jogador da primeira fase)
8- Pirlo (Itália - além de ser o motor da equipe, o cara também é o cérebro. Está fazendo o seu trabalho e o do Totti. Jogou bem todos os jogos)
9- Klose (Alemanha - matador e inteligente. Provou que sabe muito mais coisas além do cabeceio. Foi o melhor jogador da Alemanha)
10- Zidane (França - sumiu na primeira fase. Jogou muito contra Espanha e Brasil. Comanda a França e faz a despedida de seus sonhos)
11- Henry (França - mesmo jogando isolado, ainda consegue ser perigoso e marcar gols)

Craque da Copa
Roberto Carlos! Brincadeira... Vou esperar a final para falar. Mas já adianto que estou propenso a votar em Pirlo ou Zidane.

Revelação
Peter Crouch! He, he he. Essa é difícil. Não tivemos nenhum jogador desconhecido que despontou. Pela idade e por ser relativamente desconhecido, eu voto em Lahn.

P.S.: Entre nós, os entendidos, não houve nenhuma voz apontando uma final entre Itália X França. É por essas e outras que o futebol é o esporte mais amado no mundo.

2 Cornetadas

terça-feira, julho 04, 2006

Além da Imaginação 

Por Anselmo Trompete

Tentei encontrar de todas as maneiras possíveis uma explicação para o fracasso da Seleção Brasileira no jogo contra a França (mais um!). Convulsões, patrocínios, teorias da conspiração, abdução de ET’s, Nike, CBF, VIVO, suborno, etc. Tudo isso passou por minha cabeça. Não, não. Isso de novo não.

Depois de algum tempo pensando, conversei (via MSN) com um amigo. Ele, assim como eu, parecia também tentar entender o que tinha acontecido naquela noite. Sim, nós tínhamos a consciência de que Zidane jogou muito. Sim, sim... também tínhamos certeza de que o Roberto Carlos deveria ter sido trancado dentro do banheiro do hotel.

Acontece que ficamos com uma sensação esquisita. Algo que não dá pra explicar direito. Alguma coisa do tipo daquele seriado “Além da Imaginação”. Parecia que um fato muito estranho, sem pé nem cabeça, aconteceu sem dar nenhuma explicação.

Por mais que o Brasil não vinha jogando um excelente futebol e a França tinha Zidane e Henry, nós éramos favoritos. Disso não há dúvida. Mas no momento que a bola começou a rolar parece que entramos em outra dimensão. Ou um “wormhole”, como diz o físico Stephen Hawking. A Seleção Canarinho estava apática. Nossas maiores estrelas, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, pareciam estar em outra galáxia. Ronaldo Gorducho entrou em campo? Bom, em tese seu corpo estava lá, mas sua mente não! O aclamado Juninho Pernambucano chorou durante e hino e nos fez chorar durante o jogo. Roberto Carlos dispensa comentários. Cafu parecia (será a idade?) estar em slow motion. Pára tudo! Pára tudo que eu não estou entendendo nada.

E o lance do gol? Aquilo foi patético! Havia 5 jogadores franceses, sendo que um era um dos maiores artilheiros da Europa, contra 3 brasileiros. Roberto Carlos pára na entrada da área e se apóia nos joelhos enquanto Henry passa por ele para abrir o placar. Esse pseudolateral é um brincalhão (ou farsa mesmo, como diria Diego Corneta)! Só pode!


Sozinho - Onde estaria Ronaldo?

O jogo recomeça e tudo volta como no início da partida. Parreira, que deveria estar em outro espaço-tempo, continua observando a partida como quem vê a novela das oito: mão no queixo e ar “blasé”. Trocaria um pedaço do meu dedinho pra saber o que estaria pensando o nosso técnico.

Mesmo com a tardia entrada de Robinho e Adriano aquele lapso (que já não era tão lapso assim, pois já durava mais de uma hora) de sonolência custava em passar. Barthez, golquíper (boa essa, Tuba) da França fez a partida mais fácil Copa: defendeu UMA bola, aos 45 do segundo tempo e SÓ. “Se colocasse eu no gol da França dava na mesma! Se bem que eu não defenderia esse chute no finalzinho... Mas tomar UM gol só num jogo de quartas de final e contra o BRASIL, tá ótimo”, comentou Pedrão Pistão.

Fim de jogo no Waldstadion, em Frankfurt. Brasil 0 x 1 França. E todos nós parados, em frente à TV. Todos olhando um para a cara do outro com uma interrogação na testa. Se alguém tiver idéia do que aconteceu, por favor, me fale. Porque eu já procurei a resposta em todos os lugares. Ou até onde minha imaginação conseguiu chegar.

1 Cornetadas

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