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quinta-feira, julho 13, 2006

O lado positivo do saldo negativo. 

por Anselmo Trompete

De fato, foi uma Copa bem abaixo das expectativas. Acho que de todos fatores citados pelo amigo Diego Corneta, a média de saldo de gols é o menos importante. A quantidade de gols marcados, na minha opinião, não tem muito a ver com a qualidade de futebol. Se tivesse, os jogos amistosos (aqueles que terminam 8x7) seriam consagrados como os maiores embates da história.

A grande quantidade de empates sem gols também pode mostrar algo positivo. As equipes se tornaram mais competitivas e algumas estão ao menos aprendendo a se defender. Princípio básico de qualquer jogo: primeiro aprenda a se defender, depois ataque. Sem falar que as seleções se mostraram mais ambiciosas. Era comum ver em mundiais anteriores alguns times “oba-oba”. Principalmente os africanos, que todos achamos “bonitos de ver jogando” pois apresentam um “futebol alegre”. O problema é que “futebol alegre” não ganha jogo. Parece que os times do continente dos leões e das savanas, enfim, perceberam isso.

A ausência de uma seleção revelação pesou bastante. É sempre muito bom ver um time de pouca (ou talvez nenhuma) tradição jogando um futebol de qualidade. Em 1990 tivemos Camarões, de Roger Milla. 1994 foi o ano de Stoichkov da Bulgária. A Croácia do artilheiro Davor Suker ficou em 3º lugar na Copa de 1998. Em 2002 foi a vez da Turquia do excelente goleiro Rustu surpreender e ficar apenas atrás de Brasil e Alemanha.

Notem que dos quatro últimos times revelação, apenas a Turquia de 2002 teve um jogador de defesa entre seus maiores destaques. A Copa da Alemanha, como já escreveu Diego Corneta, foi a Copa da retranca. Estaria surgindo uma nova tendência?


Wiltord é bom. Henry é excelente. Zidane é CRAQUE.

Não entendi qual foi a dele. Um jogador do naipe do Zizou agredir um adversário na final é algo bem complexo de se entender. Mas não acho que isso vai “manchar” sua carreira. Zidane jogou muita, muuuuuita bola e essa agressão não vai apagar o brilho do futebol que ele nos mostrou.


Ai meu Deus, começou de novo...

O Brasileirão voltou! Ah! Delícia! Agora sim veremos futebol de qualidade, rivalidade à flor da pele e muita bola na rede (principalmente se o goleiro for o Silvio Luiz, do meu Coringão). Ontem o Timão perdeu por 2x0 do Cruzeiro e o arqueiro corintiano, só pra variar, tomou um peruzão. Agueeeeeenta coração!

3 Comentários:

Sobre bananas e abobrinhas:

Bananas e abobrinhas são frutos, mas não são iguais; não dá para comparar bananas e abobrinhas, pois são dois vegetais completamente diferentes.

O mesmo ocorre entre média de gols em amistosos e em Copas. A média de gols da Copa só pode ser comparada com as médias de Copas anteriores e não com a média de gols em amistosos.

Na Copa são as seleções mais fortes do planeta (afinal, com exceção do país sede, todas elas passaram por eliminatórias regionais). Na Copa também estão os melhores jogadores do planeta.

Portanto, é de se esperar que na Copa tenhamos bons jogos, belos e muitos gols. Na maioria das vezes é exatamente isso que acontece: bons jogadores, bons jogos, belos e muitos gols.

Nessa última Copa não tivemos isso. Tecnicamente foi fraca. A maioria (para não falar todas) das equipes jogou de forma retranqueira, privilegiando a defesa.

Deu no que deu, jogos chatíssimos, o maior número de cartões vermelhos e amarelos de todas as Copas e a segunda pior média de gols. Foi uma péssima Copa.

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 18 julho, 2006  

Mas, Diego... a diminuição da média de gols é uma coisa que está acontecendo há tempos. Não é de hoje que nos deparamos com essa tendência. A Copa foi ruim porque os times jogaram feio. A quantidade de gol não tem nada a ver com a beleza do espetáculo, independente de ser abobrinha ou aspargo, banana, o raio que o parta!

Ah!A Copa de 1954, na Suiça, teve a maior média de gols de todos os tempos: 5,38. Não me lembro de escutar uma pessoa sequer dizendo que foi umas das melhores copas da história...

By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 19 julho, 2006  

Concordo, dizem que um dos melhores jogos da história das Copas foi Brasil 1X0 Inglaterra, pela Copa de 70, com apenas 1 gol.

Mas, por outro lado, os gols estão diretamente ligados ao espetáculo! Se os jogos fossem chatos, mas ao menos tivessem gols, seria melhor e muito mais legal, como a foi a Copa de 2002, por exemplo.

By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 19 julho, 2006  

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3 Cornetadas

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