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segunda-feira, junho 07, 2004

Amarelinha linha zinha 

Por Diego Corneta

A seleção brasileira voltou a jogar muito mal e o empate contra o Chile foi um jogo tenebroso. Ainda no primeiro tempo, Dida salvou a pátria em duas defesas espetaculares. Enquanto isso, lá na frente, Kaká errava todas as enfiadas de bola; Ronaldo, muito individualista, tentava driblar a defesa inteira; e Luis Fabiano lutava, lutava, lutava, e pouco produzia.

Edu acertou 93% dos passes (segundo o Datafolha), mas se limitou a passes laterais e recuados. Juninho Pernambucano se esforçou e foi o melhor em campo. O passe para o gol saiu dos seus pés. Eu acho que o Kaká tentou matar “girando” aquela bola, acho que ele furou e a bola sobrou para Luis Fabiano. O Galvão disse que o Kaká “passou” a bola. Não concordo. Pela câmera atrás do gol, dá para notar que a intenção do Kaká era girar com a bola, até porque ele faz essa jogada com freqüência.

Na hora do gol brasileiro, o Luis Fabiano estava adiantado. Mas foi gol. Há uma resolução da FIFA que, na dúvida, prevalece o ataque. Portanto, foi gol sim. Relembrem o lance, foi uma enfiada de bola, do Juninho Pernambucano para o Kaká, e nesse momento o Luis Fabiano corria em direção ao gol, em condição legal. Kaká resvalou na bola e Luis Fabiano encontrava-se meio metro impedido. Pela velocidade do lance, e pela dificuldade (lembrem-se que a bola apenas resvalou no Kaká), foi gol. Por que será que os comentaristas esportivos nunca lembram dessa recomendação da FIFA ? No primeiro jogo da final do Paulista de 2003, entre São Paulo e Corinthians, o Fábio Luciano fez um gol de cabeça. Durante o jogo ninguém reclamou. Repito, absolutamente ninguém. Nem mesmo o mala Rogério Ceni. Depois, com o tira-teima, todos já bradavam que o Corinthians ganhara ajudado pelo juiz. Não recordo a distância exata, mas era algo inferior a 30 cm de impedimento, num lance de bola alçada na área, com a defesa saindo e o ataque entrando. Tudo isso numa fração de tempo inferior a 1 segundo. Para quem está habituado a assistir jogos nos estádios, sabe como é rápido e difícil marcar impedimento num lance desses. Não há replay e nem câmera lenta, muito menos imagem congelada. Na dúvida, prevalece o ataque. Gol.

Agora, o pênalti para o Chile foi escandaloso. Cafu mal tocou no artista chileno. Casão foi diretamente no nervo do problema. É uma temeridade que logo após um Brasil X Argentina eles escalem um árbitro argentino para o jogo do Brasil, e um brasileiro para o jogo da Argentina. Não digo que os juizes possam ter segundas intenções, mas a pressão é muito maior e os gênios de cartola fazem de tudo complicar o jogo. Ao invés de evitar o desgaste, eles acentuam-no. O pênalti foi na "mão grande", mas pelo que Brasil e Chile jogaram, o empate acabou sendo justo.

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