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segunda-feira, agosto 30, 2004

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego CORNETA

Campanha histórica, com pouca evolução
O Brasil fez sua melhor campanha na história olímpica, com quatro ouros. Porém todas as medalhas que ganhamos foram em esportes que já tínhamos certa tradição e força. Ouro na vela e vôleis. Até mesmo as pratas e bronzes foram em esportes que tradicionalmente trazem medalhas. Vôlei de praia, judô, hipismo e atletismo. A evolução foi pouca e o Brasil ainda tem muito para crescer.

Verdadeira evolução
Depois de dois quartos lugares nas duas últimas olimpíadas, o Brasil cavou uma prata valiosa no futebol feminino. Esse esporte sim apresentou uma evolução. Já o atletismo, a natação e o basquete ficaram aquém das expectativas.

Escapou por entre os dedos
Algumas medalhas escaparam por entre nossos dedos, como areia. A prata no futebol feminino foi injusta e amarga. A última regata do Bimba foi uma decepção. A Daiane também poderia ter ido mais longe, ela foi a primeira a reconhecer isso. O vôlei feminino não soube ser feliz. As jogadoras novas se acovardaram, e as experientes não conseguiram garantir a vitória. O basquete tinha cacife para figurar no pódio, liderou a última partida inteira e não soube segurar a vitória no último quarto. E ainda teve o incrível episódio do maluco de saias que tirou o ouro do brasileiro na maratona. Não só de vitórias se constroem os campeões.

Ouros para a região do Prata
A Argentina leva na bagagem dois ouros para a bacia do Prata. Futebol e basquete. No futebol a campanha foi impecável. Sete vitórias em sete jogos, com 17 gols marcados e nenhum sofrido. A última seleção latino-americana que havia ganhado o ouro tinha sido o Uruguai, na época do guaraná de rolha. O basquete foi épico e merecido. O jogo Argentina X EUA foi uma das melhores partidas que eu já vi. O ala Ginóbili acabou com o jogo e desequilibrou a partida com 29 pontos marcados. Depois de derrotas no mundial e na olimpíada, os EUA já vêem sua hegemonia no esporte ameaçada.

Parabéns Palmeiras
O maior e mais digno rival do alvinegro completou 90 anos na última sexta-feira. São 90 anos de títulos, glórias e conquistas. Cadê o presente do Corinthians ? Perguntem ao garoto Jô...

Jogão de bola
Cruzeiro X Santos fizeram uma partida memorável, um 4 X 4 belíssimo. Assisti ao compacto, e o jogo foi cheio de belas jogadas e alternativas. Porém, há de ser dito que o goleiro Tápia é uma tapeação. É um goleiro esforçado de 38 anos que tenta viver da sua experiência e boa colocação, já que sua agilidade e reflexo se foram com os anos...

F1 boceja
Schumacher ganhou mais um título, é o melhor piloto, tem o melhor carro, blá, blá, blá.... Alguém ainda vê graça (ou competividade) na F1 ?

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terça-feira, agosto 24, 2004

QUEM É BOBO DE ACREDITAR? 

Por Pedrão Pistão

E não é que estão falando novamente em construir um estádio para o Corinthians. Eu só não dou risada porque, felizmente, faço parte da imensa nação alvi-negra. Mas que a piada é boa, não me resta a mínima dúvida. Quem em sã consciência cai nesse conto da carochinha?. Tá bom, papai noel existe, o lobo mau, a branca de neve e o "estádio do Corinthians".

Que eu me lembre, essa história é bem antiga. Já ouvi falar algumas vezes que o saudoso Vicente Mateus até bolou uns carnezinhos. O pobre do corintiano, que é um crente acima de tudo, comprava os tais carnês na vã esperança de ver seu sonho de um estádio mosqueteiro concretizado. Creio que a história é verdadeira, porém não sei informar quantos carnês foram vendidos e nem o que fizeram com o dinheiro arrecadado.

Mais recentemente, no programa Cartão Verde, desculpem-me, mas não me recordo o ano, talvez uns 6 ou 7 anos atrás, apareceram com uma maquete do que seria o tão sonhado estádio corintiano. Era uma maravilha, a construção imitava o escudo do timão. O estádio represendando o círculo maior, as rampas de acesso os remos, o alojamento parte da âncora, em resumo, era o escudo perfeito. Recordo que fiquei empolgado, achei o projeto maravilhoso, até acreditei que era verdadeiro. É a falta de experiência da juventude...

Também já falaram diversas vezes que o estádio seria erguido em Itaquera, local em que o clube mantém um CT. A prefeitura teria doado a área justamente para essa finalidade. Novamente, por falta de dados exatos, não posso dizer a quanto tempo a doação ocorreu. Só sei que o mato impera por lá. Estádio que é bom, nada. A prefeitura até já ameaçou tomar o lugar, caso não fossem realizadas as melhorias prometidas pelo Corinthians.

O último capítulo da novela todos devem se lembrar direitinho. O finado parceiro do timão, o Hicks Muse, como parte do contrato assinado com o clube, teria a obrigação de erguer a arena alvi-negra. Até, saiu na imprensa, compraram um terrena próximo à rodovia Raposo Tavares. Com a saída às pressas do fundo norte-americano do futebol, o sonho foi adiado mais uma vez.

Agora estão falando de uma nova parceria. Olha só as figuras envolvidas: tem um iraniano e tem um clube da Geórgia na jogada. Coisa de cinema, só falta chamar o Mister Beam para tirar sarro. Falam que vão investir bastante dinheiro, contratar bons jogadores e construir o tão almejado estádio. Só vendo pra crer, porém como sou um cético por natureza, só mudo de opinão se for o papai noel, em pessoa, o incumbido de trazer o dinheiro no saco. Caso contrário, permaneço não acreditando na veracidade do negócio.

A única idéia sensata que surgiu durante todos esses anos de sonhos não realizados foi a de reformarem a Fazendinha para abrigar confrontos com times menores e, conseqüentemente, com menos público. Acho muito boa a idéia e não tão difícil de colocá-la em prática. O gramado já existe e tem uma arquibancada pra umas 18 mil pessoas. Erguendo mais 12 mil lugares está bom demais. Qual time hoje em dia leva mais de 30 mil pessoas em um jogo sem ser clássico? Ninguém! Levantaram a hipótese de um banco português, se não me engano, Banco Espiríto Santo (nome ótimo para figurar na seção piada pronta do Blog), financiar a empreitada. Na minha modesta opinião, essa seria a melhor saída a cuto prazo. Não obrigaria um investimento muito alto e nem demoraria demais para ficar pronto. Porém, como os cartolas gostam de fazer o mais complicado....


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A DIAMANTE NEGRO 

Por Rodrigo Corneta

Para o brasileiro, só o que vale é o primeiro lugar, do segundo colocado para baixo é a mesma coisa, ou seja, todos são perdedores.
A verdade é que as coisas não são bem assim, pois em um país como o nosso, onde somente o futebol masculino, que inclusive nem se classificou para as olimpíadas, tem recursos para ter uma infra-estrutura descente, todos os outros esportes precisam sempre estar mendigando recursos para poderem treinar.
No caso da Daiane é a mesma coisa, pois a modalidade na qual ela compete não é um esporte de massa no Brasil, apesar de todo o investimento que foi feito depois dos resultados que, principalmente ela conquistou, o preparo demanda tempo, então o que temos que fazer é aproveitar a onda Daiane e preparar outras meninas para que estas possam fazer melhor ainda em Pequim-2008.
Como disse Dona Magda, mãe da Daiane, não podemos jamais esquecer o que ela fez pela Ginástica Artística brasileira. Agora é muito fácil ficarmos aqui de longe criticando, reclamando, dizendo que ela “amarelou”, mas somente ela sabe o quanto o joelho direito dói, mas se o joelho doía no momento então porque ela resolveu ousar nos exercícios ao invés de fazer uma apresentação burocrática?
Porque como disse seu pai, só os campeões e os corajosos ousam. Quando ela ousou e fez os dois duplos twist, o carpado e o esticado, e deu certo, foi elevada à categoria de gênia, deusa, por isso, agora que errou, não pode ser execrada e nem esquecida, como a mídia brasileira adora fazer.
Por tudo isto, devemos receber Daiane com aplausos e principalmente, muito carinho que é o que ela merece.
PARABÉNS DAIANE DOS SANTOS!!!

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Rápidas & Rasteiras 

180 milhões nas costas
Daiane não ganhou nenhuma medalha. É uma pena, pois ela carregava 180 milhões de brasileiros nas costas. O ucraniano Oleg se adiantou e disse que a operação atrapalhou a atleta. Daiane, mostrando uma nobreza e sinceridade digna de campeã, disse que estava muito bem fisicamente, que ficou nervosa e errou. Simplesmente isso. Há dias que acertamos e há dias que erramos. Parabéns para a Daiane. Menina negra, de origem pobre, que já escreveu seu nome na história do esporte. Seu salto duplo twist carpado chama-se “Dos Santos”, pois ela foi a primeira a executar esse movimento. Isso vale muito mais que qualquer medalha.

Irresponsabilidade, incompetência e ingerência
Três adjetivos para não citar um quarto, ignorância. Na liga mundial de vôlei de praia, o primeiro critério de desempate é o número de sets ganhos. Nas Olimpíadas, o primeiro critério é o confronto direto. Estava escrito e expresso no regulamento. Nenhum dirigente brasileiro o leu. Nenhum. Ana Paula e Sandra ganharam o primeiro set da dupla alemã e relaxaram, pois achavam que já tinham garantido a liderança do grupo, depois, acabaram perdendo o jogo. O resultado dessa lambança? O Brasil perdeu uma chance de medalha. Para que servem os dirigentes se não for para cuidar da parte técnica e administrativa fora das quadras? Eles não fazem nem o trabalho deles.

Futebol de saias
A campanha do futebol feminino já é histórica. Depois de dois quartos lugares em Sidney e Atlanta, o Brasil já garantiu a prata e pode sim pegar o ouro, apesar da equipe americana ser mais organizada. Mérito para o competente René Simões, que fechou o grupo há mais de seis meses e dedicou-se exclusivamente a formar uma equipe equilibrada, que sabe atacar, defender e alternar o ritmo durante os jogos. Ele exigiu uma ginecologista no grupo. Pode parecer óbvio que um médico ginecologista faça parte da comissão técnica responsável por 22 jogadoras. Acontece que ninguém tinha pensado nisso antes.

Schumacher da vela
Hepta campeão mundial. Dois ouros e uma prata nas últimas três Olimpíadas. Ganhou todas as competições que disputou esse ano. Alguém aí duvida de Robert Scheidt? O cara é um fenômeno.

Cadê as medalhas do atletismo ?
Não é impressão minha, nem pirraça barata. O atletismo brasileiro involuiu. Isso mesmo, andou para trás. Tínhamos grandes corredores nos 100, 200, 400 e 800 metros. Ganhamos diversas medalhas nas últimas edições dos jogos. Já tivemos também bons atletas nas provas de resistência, 1.500, 5.000 e 10.000 metros. Esse ano a maior esperança estava em Jadel Gregório. Só ficamos na esperança mesmo. Os atletas brasileiros estão velhos (ou experientes, como preferirem) e parece não haver substitutos novos de grande nível. André Domingos, Vicente Lenílson e Vanderlei Cordeiro de Lima ainda são nomes que aparecem nas pistas, mas sem o vigor de outros tempos.

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quinta-feira, agosto 19, 2004

O bundalelê do COB. E do governo também 

O nível do esporte olímpico brasileiro é baixíssimo. Ponto. O retrospecto em mundiais e Olimpíadas prova isso. É uma pena, pois o Brasil teria todas as condições de se tornar uma potência esportiva. Talvez, somente os EUA façam frente ao Brasil em diversidade de biótipos. Graças à nossa miscigenação, nós temos potencial humano e físico para todos os esportes. A China e a Rússia, por exemplo, não têm essa diversidade. Outro fator que contribui é o clima que favorece as práticas esportivas durante praticamente o ano todo. Ou seja, por falta de estrutura e de seriedade do governo, somos medíocres nos esportes olímpicos.

Cuba tem menos habitantes que a cidade do Rio de Janeiro. É uma potência esportiva. Sabemos que a ilha do ditador Fidel já viveu dias melhores, ainda assim sempre supera o Brasil em Pan-Americanos e Olimpíadas. Poderia citar Alemanha, França, Itália... é covardia, pois são países ricos e organizados. A extinta Alemanha Oriental também não era rica, mas sempre priorizou os esportes, e sempre se dava bem nos quadros de medalhas.

É uma questão de educação, organização e prioridades. Os esportes deveriam ser iniciados logo nos primeiros anos escolares das crianças, e não separadamente, como ocorre no país. Uma criança que quiser praticar tênis, natação ou atletismo, tem que procurar clubes ou escolas particulares. Os responsáveis pelas escolas e educação pública no país mal cuidam dos currículos, da merenda, dos materiais, do uniforme... O que diríamos então dos esportes, da educação física ? É uma lástima só, uma verdadeira tragédia.

O COB bradou aos quatro ventos que estava no rumo de um “aumento qualitativo” no esporte nacional. Sim, foram estas as palavras do Arthur Nuzman, presidente da entidade. Mas o que vemos é o contrário, aumento apenas quantitativo. Maiores delegações e menos medalhas. Na última Olimpíada, em Sidney, o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro, nenhuma. Não podemos nos enganar com os Pan-Americanos, pois os únicos adversários são Cuba, Canadá e EUA, ainda assim muitos esportes (nos EUA, a maioria) não mandam equipes principais.

A Lei Piva, que arrecada 2% do faturamento das loterias federais para o esporte, ajudou muitas modalidades e alguns resultados, de fato, apareceram. Um dos grandes problemas dessa lei é a direção. Historicamente sabemos como é complicada essa relação entre políticos, dirigentes e dinheiro. Exemplos: no basquete, o Grego (presidente da CBB) está há anos no poder; no judô, tivemos a ditadura da família Mamede, que ainda hoje exerce influência nas decisões; no tênis, Guga e sua patota boicotam abertamente a CBT do Nelson Nastas; a CBF, como todos nós sabemos, é uma outra ditadura que tem João Havelenge e Ricardo Teixeira como cabeças.

Lembro-me de fatos questionáveis sobre a aplicação do dinheiro da Lei Piva, fiz uma rápida pesquisa nos arquivos da Folha e vejam só o que constatei: dos R$ 158 milhões que o COB arrecadou para os jogos, 23% (R$ 36,3 milhões) foram gastos em passagens aéreas de dirigentes. Querem mais ? Vejam essa: das 28 entidades que ganham o dinheiro público, oriundo das loterias federais, ao menos 14 não publicaram o balanço de 2003, como exige a legislação. Até mesmo o Comitê Paraolímpico Brasileiro, que fica com 15% da verba da Lei Piva e abocanhou R$ 10 milhões das loterias em 2003, diz que não publicou o seu. De acordo com a lei, confederações que não publicaram seus balanços, não deveriam receber outras parcelas do dinheiro, mas isso não acontece. Aqui vale a máxima: quem não deve, não teme. É uma vergonha, os incompetentes não conseguem nem justificar a grana que eles gastam.

A delegação brasileira em Atenas tem um total de 247 atletas, recorde de participação na história. São 42 atletas a mais do que em Sidney, e 22 a mais do em Atlanta, recorde brasileiro anterior. Serão 125 homens e 122 mulheres. Contando os oficiais (técnicos, auxiliares, preparadores, médicos e pessoal administrativo) a delegação terá um total de 408 integrantes. O mais preocupante é o desempenho. Desde 1920 até hoje, em 18 edições, o Brasil ganhou 66 medalhas olímpicas, 12 ouros, 19 pratas e 35 bronzes. Há delegações que apenas nessa Olimpíada vão ganhar mais. Há ainda delegações muito menores que a brasileira, de países até mais pobres, que conseguem resultados melhores que os nossos. Há algo de podre no COB e no governo, não acham ? Enquanto esses dirigentes e políticos incompetentes, gananciosos e irresponsáveis tiveram a caneta nas mãos, pouca coisa vai mudar. É uma pena.

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quarta-feira, agosto 18, 2004

Curiosidades sobre futebol 

Por Matheus Orlando

Conheçam um pouco mais sobre o futebol a cada quarta-feira, quando postarei curiosidades sobre futebol. Não percam nunca! Confiram o selecionado de curiosidades desta semana:

Um grande artilheiro pode ser também um goleiro de primeira. Afinal, sempre existiu um fascínio entre o algoz e a vítima. Pelé, um dos maiores goleadores que o mundo já conheceu, jamais escondeu isso de ninguém. Aliás, sempre gostou de jogar no gol, mostrando um talento natural para a posição. Mas se Pelé não fosse a própria camisa 10, na certa teria sido goleiro. Nos recreativos do Santos, ele costumava brincar na posição e no Ébano, time de praia que reunia jogadores negros, era titular absoluto da camisa nº 1. Uma vez, o grande público teve oportunidade de apreciar suas outras habilidades. Foi no início dos anos 60, no Pacaembu, em São Paulo. O Santos jogava contra o Grêmio e o goleiro Laércio foi expulso. Pelé não pensou duas vezes, vestiu a camisa preta de mangas compridas e foi para debaixo dos "três paus". Fechou o gol. Não deixou passar mais nada. O jogo terminou com a vitória do Santos por 4 a 3. A única apresentação oficial do autor dos mais belos gols na moldura de suas obras.

O Corinthians alagoano, apesar de ser novo, tem a tradição de revelar bons jogadores. Alguns deles são Narciso, hoje no Santos; Marcelinho Paraíba, que está no Herta Berlim; Deco, brasileiro naturalizado português que foi para o Barcelona e outros.

O goleiro mais gordo da história foi Foulke, jogador do Bradford City, clube Inglês. Media 1,90m, pesava 141kg e, no final da carreira, chegou a jogar com 165kg


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terça-feira, agosto 17, 2004

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Subindo
Tite acertou a defesa, Jô desencantou e o Corinthians está há seis jogos sem perder. Nas últimas 11 partidas, o time tem sete vitórias, três empates e apenas uma derrota. Este que vos escreve estava presente no último jogo contra a Ponte Preta. O sistema defensivo corintiano não deu a menor chance ao time da Ponte. O ataque ainda hesita e o meio-de-campo é fraco, mas o time está jogando com muita disposição e vontade.

Caindo
O Vasco despontava como o melhor dos cariocas. Está há quatro jogos sem vencer e já se aproxima dos conterrâneos Flamengo e Botafogo, na ponta de baixo da tabela. Uma andorinha não faz verão. Um Petkovic também não.

Robinho está melhor
Leão disse recentemente que Robinho é o melhor jogador brasileiro que apareceu nos últimos 20 anos. Descordo. Romário, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho ainda estão na frente. Pelos títulos e pela regularidade. O jovem talento santista é um grande jogador. Nessa temporada ele está ainda melhor e mais decisivo. Parece ter encontrado sua posição no campo. Joga pelo lado esquerdo do campo (apesar de ser destro), entre a intermediária do Santos e a grande área adversária. É uma excelente opção para jogar no lugar do Zé Roberto na seleção brasileira.

Bairrismo inútil
A imprensa paulista (principalmente o pessoal da Gazeta Esportiva) está dando pulos de alegria com o sucesso dos paulistas e o fracasso dos cariocas. Qual o motivo ? Seria péssimo para o campeonato se os grandes cariocas caíssem. Torcer contra eles é típico de torcedores que só enxergam seus times e mais nada. Quem realmente gosta do futebol e do campeonato brasileiro sabe como seria ruim um campeonato sem um Corinthians X Flamengo. O Brasileirão seria muito melhor com os grandes times fortalecidos e brigando pelas primeiras posições.

Mea culpa
Quando escrevo aqui no Corneta, tento me desvencilhar da paixão corintiana que ofusca e atrapalha meus comentários. Como torcedor alvinegro, eu adorei ver o Palmeiras na segunda divisão. Mas como “comentarista” (se é que mereço esse rótulo), sei que foi péssimo. Depois, com raça e competência, Palmeiras e Botafogo voltaram. Que isso sirva de exemplo para os outros grandes que forem rebaixados no futuro. Quando escrevo aqui, procuro ser o mais imparcial possível. Torcer contra é algo de torcedor, as funções não devem ser confundidas. Penso que devem cair os piores times, seja o tradicional Flamengo, ou o modesto Paysandu, mas que seria muito melhor uma primeira divisão com o times grandes fortes, disso não me restam dúvidas.

Bela carreira
Gustavo Borges parou. Ele é, ao lado de Robert Scheidt, o maior medalhista olímpico da história país. É um fato espetacular num país que só tem olhos, dinheiro e respeito pelo futebol.

Eu também quero ir à Atenas !
O Brasil levou a maior delegação olímpica da história. Mais de 200 atletas. Desse total, poucos têm chances reais de medalhas. Tudo bem, eu concordo que há esportes que precisam ser representados para evoluírem no cenário internacional. Mas fazer mera figuração é palhaçada. Uma das equipes de remo, naquela modalidade de cinco remadores e um timoneiro, ficou em último lugar. Repito, último ! Dentre os 34 barcos, o Brasil emplacou um trigésimo quarto lugar. Se nós aqui do Corneta formamos uma equipe e fomos para lá, vamos ficar na mesma posição. O esporte olímpico carece de apoio e gerência responsável, precisamos investir em atletas e esportes que dêem algum resultado. Para ir lá e ficar em último, como mero coadjuvante, melhor nem ir.

Vitórias e derrotas históricas
No futebol, a vitória do Iraque contra Portugal foi histórica. A derrota no basquete dos EUA contra Porto Rico também.

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domingo, agosto 15, 2004

Premier League 

por Anselmo Trompete

A Premier League, primeira divisão do campeonato Inglês, começou. E agora chegou a hora de testar seu conhecimentos sobre o futebol da terra da Rainha.

Clique aqui para participar do nosso quiz

Aquele que marcar mais pontos irá ganhar um adesivo da UEFA Cup.

Boa sorte!



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quarta-feira, agosto 11, 2004

ATENAS, 108 ANOS DEPOIS 

Por Pedrão Pistão

Aproveitando a proximidade do início da Olimpíada de Atenas 2004, gostaria de tecer alguns comentários sobre a “evolução” dos Jogos. Nada do que vou escrever é grande novidade, porém, vale a lembrança.

Atenas volta a sediar uma Olimpíada após 108 anos, quando, em 1896, foi palco dos primeiros jogos de verão da Era Moderna, idealizados pelo Barão de Cobertain. O Barão fazia ressurgir, assim, uma antiga tradição dos gregos, que gostavam de realizar jogos esportivos entre soldados. Tentando estender ao mundo essa tradição e, ao mesmo tempo, ampliando seus significados, o Barão de Cobertain consagrou uma frase célebre: “o importante não é vencer e sim competir”.

A época era marcada pelo Neocolonialismo europeu e a rivalidade entre as nações do Velho Continente era enorme. Os Jogos tinham como função a confraternização entre os povos do mundo, e o esporte sempre foi muito eficaz nisso. Os atletas eram amadores; não havia televisão; não havia patrocinadores oficiais; em resumo, não havia quase nado do que existe hoje.

Em 2004, a frase do Barão só serve para promover os jogos, dar um “sentido” mais magnânimo ao evento. O que todos querem mesmo é ganhar, não importa como. Trapaças, artimanhas, manipulação das regras, tudo é válido com o intuito de levar a tão sonhada medalha de ouro para casa. É triste, mas os jogos viraram uma disputa entre marcas esportivas, patrocinadores e pessoas interessadas apenas em ganhar dinheiro. O atleta é um mero meio para se conseguir o que realmente importa; entra um, sai outro, e tudo continua e, aparentemente, sempre continuará do mesmo jeito.

E o tão propagado Espírito Olímpico, onde anda? Lembro de uma cena ocorrida nos Jogos de Sydney. Um nadador africano, que mal sabia nadar, tentando completar a prova que disputava. Será que esse episódio reflete o real Espírito Olímpico, ou virou motivo de chacota mundial? O atleta africano tentava, apenas, participar. Não tinha a mínima chance de vencer. Muitos o aplaudiram, mas por pena ou por reconhecerem o esforço individual de alguém querendo representar seu país? Espírito Olímpico é isso?

Os pensadores de plantão podem me dizer que os Jogos refletem o que se passa no mundo, no dia-a-dia de cada um. Podem culpar o capitalismo, demônio que só existe para gerar lucro para poucos. Mas eu não caio nessa. Eu acho que o buraco é bem mais embaixo. Eu creio que é natural da raça humana a competição. Desde os tempos mais remotos, o homem briga e faz de tudo para se sobressair em relação ao seu semelhante. Na nossa sociedade atual, sem valores sólidos, o sonho, o superficial, o desejo vazio molda falsos heróis, falsas situações, falsos vencedores, que só existem dentro de seus êxitos isolados. O mundo necessita de heróis, pois a realidade nua e crua é difícil de ser encarada.

Vivemos na Era dos “falsos melhores”. O melhor nadador, o melhor atleta, o melhor advogado, o melhor cantor, o melhor.... O que vale, é ser o melhor. Eu só me questiono quem define as regras que apontam quem é melhor em cada setor da vida. Será que existe um livrinho explicando todas as classificações e subclassificações? Porque, do meu ponto de vista, ninguém é melhor que ninguém, é apenas diferente.

Entretanto, no esporte e na vida, só temos olhos para os “medalhas de ouro”. O que ocorre é um massacre de mentes e personalidades. Chega a ser cruel o modo de vida dos campeões. Desde muito jovens, 10,12, 13 anos, são expostos a uma rotina de treinamentos das mais severas, muita vezes, obrigados pelos pais. Eu me questiono se são realmente felizes ou se, na verdade, nada disso importa. Quem liga para o campeão mundial de Queda-de-Braço? Quem liga para o atleta mais rápido do mundo? Fora alguns familiares e fanáticos e, claro, alguns patrocinadores. Os “melhores do mundo” só são aplaudidos pelos seus feitos imediatos e nada mais. No dia seguinte, voltam à rotina de suas vidas e o mundo, com o passar do tempo, esquece-os ou arruma alguém para substituí-los.

Afinal, os Jogos Olímpicos, hoje em dia, servem pra quê? Milhares de atletas sonham e treinam durante quatro anos para disputá-los. O que, realmente, motiva essas pessoas; somente amor à pátria ou fama e fortuna? Vamos parar de ser hipócritas e enxergar a verdade. Tem muito esportista por aí se mudando de nacionalidade em troca de um punhado de dólares. Ninguém mais é atleta amador, são todos profissionais e vivem das conquistam que alcançam. Profissão: atleta! Quem vai culpá-los de utilizarem métodos ilícitos para vencer, pois dependem das vitórias para sobreviver. Como todos sabem, o roubo e a trapaça contaminam todas as esferas da vida moderna e o esporte, infelizmente, é apenas mais um exemplo disso.

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terça-feira, agosto 10, 2004

Jogos da vida. Vidas em jogo 

Por Diego Corneta

É um bom tempo para refletir. Qual é o sentido do esporte ? Nessa semana começam as Olimpíadas. Outrora uma prática voltada para treinamento de soldados gregos, hoje é, ao lado da Copa do Mundo, um dos maiores eventos da Terra. A Copa é o evento de um esporte só, com 32 seleções apenas, porém também tem uma repercussão mundial absurda. Já os Jogos Olímpicos são uma festa de centenas de nações e centenas de esportes. O Comitê Olímpico e a FIFA têm mais membros que a ONU.

O amadorismo, o aspecto lúdico e o intuito de treinamento militar cederam espaço para um profissionalismo capitalista, competição acirrada, e treinamentos científicos. É claro que ainda resta a fortíssima simbologia de uma medalha olímpica, e ainda há atletas obcecados por escreverem seus nomes no panteão.

Hoje os dopings estão cada vez mais modernos e difíceis de serem diagnosticados. Depois da entrevista bomba (sem trocadilhos) de Carl Lewis (9 medalhas de ouro e 1 de prata, considerado o atleta olímpico do século), assumindo que competiu mais de uma vez dopado, o mundo do esporte deu uma reviravolta. Anabolizantes esteróides, estimulantes e o THG são muito mais comuns do que se pensava. Até pouco tempo atrás o THG era imperceptível nos exames. Depois que passaram a adotar novas tecnologias e medidas mais rigorosas, os “atletas” começaram a cair como moscas. Anônimos e estrelas.

Fico me indagando qual é o sentido do atleta se dopar para competir ? O prazer da vitória ? A fama ? O dinheiro da glória e dos patrocinadores ? O poder ? Não sei, talvez uma mistura de vários fatores. O maior problema é o fato do doping simplesmente aniquilar o ideal de esporte. Com o passar do tempo, regras foram criadas para ordenar e garantir um princípio de igualdade entre os praticantes. Com o doping, esse princípio vai por água abaixo. É sempre válido lembrar a máxima, “o importante é competir”. Hoje essa frase está desgastada, hoje o importante é ganhar, é ser o número um.

O esporte é uma forma de manifestação social. É algo lúdico e educativo. A analogia com a guerra é óbvia. Conquistar território, defender, atacar, estratégia, golpear, vencer... todo o vocabulário e as práticas esportivas (em maiores e menores escalas) são bélicos. Porém os objetivos do esporte são outros, é a educação através do respeito e da atividade física sã, é a superação pessoal, é a brincadeira e o prazer. Vencer é ótimo, mas o objetivo principal não deve ser esse.

Hoje o esporte é um negócio milionário. Garante as maiores cotas publicitárias, é responsável pelas maiores audiências, é responsável pelas vendas de milhares de produtos. A vitória é um compromisso assumido com patrocinadores. E por todos esses motivos, espero que em Atenas, berço olímpico, prevaleça o Esporte. E não sobre espaço para doping, recalques, estigmas, preconceitos, terrorismo...

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sábado, agosto 07, 2004

Jô é notícia 

Por Pedrão Pistão

Eu já escrevi um post sobre o Jô, mas como ele insiste em se tornar notícia, lá vai outro.

Estava lendo algumas notas sobre o Corinthians na Gazeta Esportiva net e uma me chamou a atenção. Estavam comparando a atuação do jovem atacante Jô à de Romário e Rivaldo. Não vi o jogo contra o Vasco, mas posso deduzir que exageraram, e muito. Falavam que o primeiro gol que Jô fez lembrava o estilo dos gols de Romário; quanto ao tipo de jogo e movimentação, lembrava Rivaldo.

Pra mim, craque nasce pronto e o Jô, aparentemente, não está pronto pra nada. É jovem, tem potencial, mas não chegará aos pés dos RR. Acho que lembra mais aqueles atacantes grandalhões e desengonçados, estilo Magrão (ex-palmeiras) e Somália; a diferença é que tem um pouco mais de habilidade com os pés e não faz tantos gols com a cabeça (na verdade, que eu saiba, só fez quatro em toda sua curta carreira, o que não serve para estatística nenhuma).

Como corintiano, torço para que tais previsões estejam corretas, mas como eterno cético, acho que o Corinthians necessita, o mais rápido possível, de um atacante finalizador e com qualidades muito superiores às dos avantes que o time dispõe no momento.


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sexta-feira, agosto 06, 2004

RIMA DE TREZE LETRAS 

Por Pedrão Pistão

Eu sei que a Copa América já acabou faz tempo; eu sei que estou devendo um post faz tempo; eu sei....

Mas eu não vou falar especificamente da Copa América e sim de uma cena que me marcou muito, tanto que ainda está viva na minha memória: fim de jogo, o Brasil ganha da Argentina, ganha nos pênaltis, depois de um empate sensacional, excelente enredo de novela; e o que fazem os intrépidos repórteres da Globo; lógico, vão entrevistar o Zagallo.

Daí surge a cena que tanto me impressionou: Zagallo, alucinado, gritando, desvairado, falando das tais 13 letras que formavam não sei que palavras. Zagallo, ele mesmo. Não era imagem de arquivo; era real, ao vivo. Parecia que o passado tinha sido congelado.

Eu gostaria de entender o que continua alimentando tanta sandice pela time brasileiro. O que leva um homem a continuar desempenhando o mesmo papel há quase meio século. Zagallo já virou folclore, é uma personagem; quem não se lembra do enfático vocês vão ter que me engolir. Chega até a ser hilariante tal patriotismo exacerbado; meio ingênuo, a la Policarpo Quaresma.

A dobradinha Zagallo - Parreira também me lembra um pouco Dom Quixote e Sancho Panca, nessa ordem. Zagallo o idealista, meio desmiolado, que não enxerga nada, só o escrete canarinho, tido sempre como o maior do mundo e acima de qualquer suspeita. Parreira, às vezes, parece que cai nos delírios do nosso anti-herói.

Gostaria de saber se, por um decreto sei lá de quem , acabassem, da noite pro dia, com a selecao. Será que o Zagallo embarcaria pro outro mundo. Porque a vida dele não tem outro sentido, senão servir à pátria, através do time brasileiro.

Desde já sugiro que quando o Velho Lobo desencarnar, aposentem a camisa 13 da selecão. Sei lá se alguém a utiliza, mas o que vale é a homenagem. Lá do além ele vai apoiar a idéia e, quem sabe, fazer outra rima com as tais 13 letras que ele tanto gosta.

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segunda-feira, agosto 02, 2004

Rápidas & Rasteiras 

Por Diego Corneta

Vanderlei Luxemburgo
Ele é um grande treinador. Disso não há dúvidas. Porém, há de ser dito, todos os times com que ele fez sucesso tinham grandes elencos e disposição para gastar. Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Santos. Ele molda esses elencos e monta grandes times. Acho que seu maior mérito é aproveitar o máximo de cada jogador. Fez isso com a o quarteto fantástico do Timão (com Marcelinho, Ricardinho, Vampeta e Rincón); fez isso com Alex e Aristizábal no Cruzeiro e agora no Santos está fazendo com o Robinho e Elano.

Deivid é o cara
Depois da saída do Ricardo Oliveira, o Santos tentou com o Willian, com o Fabiano, com o Robgol, com o Leandro Machado, e até o Lopes e Elano já jogaram de centroavante. O Deivid caiu como uma luva. Ele é um atacante rápido e que passa muito bem. Gosto muito do seu estilo solidário de jogar. Além de fazer muitos gols, ele também serve seus companheiros.

O novo Luxemburgo ?
Há algumas semanas atrás, eu vi o Péricles Chamusca em algum programa de TV. Ele se veste, se comporta e fala igual ao Luxemburgo ! Até a falta de modéstia também é igual. Chamusca gabava-se de sua coragem para montar times ofensivos. Está copiando o que o Luxemburgo tem de pior, sua soberba e sua prepotência.

Comendo poeira
Como canta a sua torcida , o Flamengo segue comendo poeira no campeonato. Está com uma âncora no pescoço. Seria péssimo para o campeonato se o Flamengo caísse. A atual condição financeira do Flamengo é a pior entre todos os times nacionais. Sua posição na tabela é reflexo imediato disso.

Timão respira
O time é péssimo. Mas está conseguindo galgar algumas posições na tabela. O fortalecimento da defesa foi a principal evolução do time. Se jogarem assim, feito times pequenos, certamente dá para escapar do rebaixamento. Agora, brigar pelo título, ou até por uma vaga na Libertadores, já é outra história...

Copa do Brasil
Esse campeonato é muito legal, mas acho que deveria ser disputado no segundo semestre. Assim os times brasileiros na Libertadores também poderiam participar. A Copa do Brasil desse ano estava tão esvaziada que até o Flamengo chegou na final. E perdeu. Para o Santo André...

Despedida
Em clima de despedida o São Paulo cedeu um empate no final da partida contra o Internacional. Sai Cuca, entra Leão. O time do São Paulo está longe de ser bom, mas tem bala suficiente para pensar alto nesse campeonato tão fraco.

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