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sexta-feira, agosto 06, 2004

RIMA DE TREZE LETRAS 

Por Pedrão Pistão

Eu sei que a Copa América já acabou faz tempo; eu sei que estou devendo um post faz tempo; eu sei....

Mas eu não vou falar especificamente da Copa América e sim de uma cena que me marcou muito, tanto que ainda está viva na minha memória: fim de jogo, o Brasil ganha da Argentina, ganha nos pênaltis, depois de um empate sensacional, excelente enredo de novela; e o que fazem os intrépidos repórteres da Globo; lógico, vão entrevistar o Zagallo.

Daí surge a cena que tanto me impressionou: Zagallo, alucinado, gritando, desvairado, falando das tais 13 letras que formavam não sei que palavras. Zagallo, ele mesmo. Não era imagem de arquivo; era real, ao vivo. Parecia que o passado tinha sido congelado.

Eu gostaria de entender o que continua alimentando tanta sandice pela time brasileiro. O que leva um homem a continuar desempenhando o mesmo papel há quase meio século. Zagallo já virou folclore, é uma personagem; quem não se lembra do enfático vocês vão ter que me engolir. Chega até a ser hilariante tal patriotismo exacerbado; meio ingênuo, a la Policarpo Quaresma.

A dobradinha Zagallo - Parreira também me lembra um pouco Dom Quixote e Sancho Panca, nessa ordem. Zagallo o idealista, meio desmiolado, que não enxerga nada, só o escrete canarinho, tido sempre como o maior do mundo e acima de qualquer suspeita. Parreira, às vezes, parece que cai nos delírios do nosso anti-herói.

Gostaria de saber se, por um decreto sei lá de quem , acabassem, da noite pro dia, com a selecao. Será que o Zagallo embarcaria pro outro mundo. Porque a vida dele não tem outro sentido, senão servir à pátria, através do time brasileiro.

Desde já sugiro que quando o Velho Lobo desencarnar, aposentem a camisa 13 da selecão. Sei lá se alguém a utiliza, mas o que vale é a homenagem. Lá do além ele vai apoiar a idéia e, quem sabe, fazer outra rima com as tais 13 letras que ele tanto gosta.

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