terça-feira, setembro 26, 2006
Nem tão rápidas & nem tão rasteiras
Diego Corneta
Na banguela
Quando eu era pequeno – ou seja, há muito tempo atrás – havia a expressão “na banguela”. Hoje ela está meio em desuso, mas significava descer uma ladeira com o carro em ponto morto, sem precisar acelerar e gastar combustível. Servia também quando descíamos uma ladeira de bicicleta, sem pedalar, na banguela, sem fazer esforço.
Lembrei dessa expressão ao ver o atual estado do Corinthians. O time não tem mais nenhuma pretensão no campeonato. A não ser que alguém acredite que a malfadada Copa Sul-Americana valha alguma coisa. Os últimos empates contra Vasco e Inter decretaram o fim da disputa pela Libertadores. O time, como fez no segundo tempo contra o Inter, vai jogar para “o gasto” (outra expressão em desuso). Vai fazer o “arroz com feijão” apenas para evitar o rebaixamento. Não vão se esforçar para garantir um, sei lá, sétimo lugar. Os jogadores sabem muito bem que abaixo dos quatro que vão ao torneio continental, e acima dos quatro que descem, é tudo a mesma coisa.
Cagada leonina
Leão errou feio no jogo contra o Inter. O Corinthians fez um ótimo primeiro tempo, com um gol, duas bolas na trave e mais alguns bons ataques. Tomou o empate num frango ridículo do Marcelo, mas tinha tudo para ganhar o jogo. No intervalo, Leão tratou de acabar com o ímpeto e domínio alvinegro. Sacou Roger, que estava fazendo uma boa partida, e lançou o volante Carlão. Essa modificação acabou com o jogo do Timão.
A idéia era o tal Carlão cobrir o lado esquerdo e liberar o Gustavo Nery. Nada deu certo. Carlão entrou perdido, perdeu muitas bolas e errou muitos passes; deixou o Inter jogar livre pela esquerda. Gustavo Nery não acertou nada do que tentou, ainda perdeu um gol feito e entregou dois contra-ataques ao Inter. O resultado da mexida do Leão foi catastrófico na defesa e no ataque. O time perdeu o toque de bola no meio-de-campo, a bola parou de chegar no ataque.
Não contente, Leão ainda retirou o péssimo Rafael Moura e botou o zagueiro Marcus Vinícius. Não entendi mesmo o que ele quis com isso. Liberar o Carlos Alberto ao ataque? Por que? Se a bola nem chegava no ataque... Em vez de consertar seus erros, finalizou com outra cagada. Tirou o esforçado Carlos Alberto, que pode ser burro e prender demais a bola, mas não foge do pau; e colocou o inoperante Renato, que sempre entra e nunca (nunca mesmo) faz nada. Foi o pior jogo do Leão no comando do Corinthians. Fez de tudo para perder um jogo que estava favorável ao Corinthians. Deu raiva, muita raiva.
Suspiro alviverde
Já coloquei o um texto aqui com o mesmo título. Vale a repetição. Quando tudo indicava que o Palmeiras iria levar uma surra do líder São Paulo, o time foi lá e virou o jogo. Conseguiu um ótimo 3X1 sobre o rival. Foi uma vitória com autoridade, merecida, daquelas que não deixam dúvidas. O time alviverde jogou muito melhor e ganhou o jogo. Ponto final. Sem brechas para eventuais discussões.
Time de Vila
Outro título repetido, também justificável. O Santos é dois. Um dentro de casa; outro fora. Fora, o Santos joga como time pequeno: comete muitos erros, é covarde e inseguro; fecha-se atrás para sair no contra-ataque. Na Vila, eles são outros, jogam como time grande: confiantes, marcam bem e jogam com velocidade, como a maioria dos times do Luxemburgo, dominam as ações ofensivas e criam muitas chances. E jogando na Vila, o Santos fez 3X0 no coitado do Flamengo, com direito a belos gols em ótimas tramas ofensivas.
Azulzinho e Lusinha
Outrora temido, o Azulão já não mete medo em ninguém. O time do São Caetano é péssimo e tudo indica que eles vão cair. Também em queda livre encontra-se a Portuguesa. São os últimos da série B e vão ter que lutar muito para não caírem para a areia movediça da série C. Ali, meu amigo, a terceira divisão é literalmente a porta do inferno. Da terceira para fechar as portas é um passo apenas.
Copa do Mundo de Basquete, às moscas
Junto com as Olimpíadas é o torneio mais importante do basquete mundial, também acontece de quatro em quatro anos. Os organizadores brasileiros não se deram conta da importância do torneio. Gente, acordem! Era uma oportunidade de negócios enorme! Faltou organização e planejamento. Faltou competência e comprometimento. Ginásios vazios e com goteira, isso mesmo, goteira. O mundo inteiro vendo as atletas escorregarem.
No jogo entre Brasil X Rep. Tcheca, uma jogadora tcheca caiu feio e bateu a cabeça com força no chão, teve que sair para ser socorrida. Tudo devido às goteiras. Não havia publicidade do torneio aqui em São Paulo. Não vi um outdoor sequer. Não houve (como nos grandes torneios internacionais mundo afora) eventos culturais paralelos ao campeonato. Isso desperta a curiosidade e favorece a Copa. Ninguém sabia que estava acontecendo a Copa do Mundo aqui em São Paulo. Não havia faixas de boas-vindas às delegações internacionais, não havia bandeiras espalhadas pela cidade. Os organizadores deram um ótimo exemplo de como diminuir a importância de uma Copa do Mundo. E o mundo todo viu.
Dentro da quadra...
... o Brasil fez uma bela campanha e ficou entre as quatro primeiras. Assisti, lá no ginásio Ibirapuera, a semifinal contra a Austrália. Dava para ganhar o jogo, mas o fato é que o time australiano é melhor que o time brasileiro, temos que reconhecer isso. A Austrália ganhou da Rússia na final e foi campeã invicta.
9 Cornetadas
Na banguela
Quando eu era pequeno – ou seja, há muito tempo atrás – havia a expressão “na banguela”. Hoje ela está meio em desuso, mas significava descer uma ladeira com o carro em ponto morto, sem precisar acelerar e gastar combustível. Servia também quando descíamos uma ladeira de bicicleta, sem pedalar, na banguela, sem fazer esforço.
Lembrei dessa expressão ao ver o atual estado do Corinthians. O time não tem mais nenhuma pretensão no campeonato. A não ser que alguém acredite que a malfadada Copa Sul-Americana valha alguma coisa. Os últimos empates contra Vasco e Inter decretaram o fim da disputa pela Libertadores. O time, como fez no segundo tempo contra o Inter, vai jogar para “o gasto” (outra expressão em desuso). Vai fazer o “arroz com feijão” apenas para evitar o rebaixamento. Não vão se esforçar para garantir um, sei lá, sétimo lugar. Os jogadores sabem muito bem que abaixo dos quatro que vão ao torneio continental, e acima dos quatro que descem, é tudo a mesma coisa.
Cagada leonina
Leão errou feio no jogo contra o Inter. O Corinthians fez um ótimo primeiro tempo, com um gol, duas bolas na trave e mais alguns bons ataques. Tomou o empate num frango ridículo do Marcelo, mas tinha tudo para ganhar o jogo. No intervalo, Leão tratou de acabar com o ímpeto e domínio alvinegro. Sacou Roger, que estava fazendo uma boa partida, e lançou o volante Carlão. Essa modificação acabou com o jogo do Timão.
A idéia era o tal Carlão cobrir o lado esquerdo e liberar o Gustavo Nery. Nada deu certo. Carlão entrou perdido, perdeu muitas bolas e errou muitos passes; deixou o Inter jogar livre pela esquerda. Gustavo Nery não acertou nada do que tentou, ainda perdeu um gol feito e entregou dois contra-ataques ao Inter. O resultado da mexida do Leão foi catastrófico na defesa e no ataque. O time perdeu o toque de bola no meio-de-campo, a bola parou de chegar no ataque.
Não contente, Leão ainda retirou o péssimo Rafael Moura e botou o zagueiro Marcus Vinícius. Não entendi mesmo o que ele quis com isso. Liberar o Carlos Alberto ao ataque? Por que? Se a bola nem chegava no ataque... Em vez de consertar seus erros, finalizou com outra cagada. Tirou o esforçado Carlos Alberto, que pode ser burro e prender demais a bola, mas não foge do pau; e colocou o inoperante Renato, que sempre entra e nunca (nunca mesmo) faz nada. Foi o pior jogo do Leão no comando do Corinthians. Fez de tudo para perder um jogo que estava favorável ao Corinthians. Deu raiva, muita raiva.
Suspiro alviverde
Já coloquei o um texto aqui com o mesmo título. Vale a repetição. Quando tudo indicava que o Palmeiras iria levar uma surra do líder São Paulo, o time foi lá e virou o jogo. Conseguiu um ótimo 3X1 sobre o rival. Foi uma vitória com autoridade, merecida, daquelas que não deixam dúvidas. O time alviverde jogou muito melhor e ganhou o jogo. Ponto final. Sem brechas para eventuais discussões.
Time de Vila
Outro título repetido, também justificável. O Santos é dois. Um dentro de casa; outro fora. Fora, o Santos joga como time pequeno: comete muitos erros, é covarde e inseguro; fecha-se atrás para sair no contra-ataque. Na Vila, eles são outros, jogam como time grande: confiantes, marcam bem e jogam com velocidade, como a maioria dos times do Luxemburgo, dominam as ações ofensivas e criam muitas chances. E jogando na Vila, o Santos fez 3X0 no coitado do Flamengo, com direito a belos gols em ótimas tramas ofensivas.
Azulzinho e Lusinha
Outrora temido, o Azulão já não mete medo em ninguém. O time do São Caetano é péssimo e tudo indica que eles vão cair. Também em queda livre encontra-se a Portuguesa. São os últimos da série B e vão ter que lutar muito para não caírem para a areia movediça da série C. Ali, meu amigo, a terceira divisão é literalmente a porta do inferno. Da terceira para fechar as portas é um passo apenas.
Copa do Mundo de Basquete, às moscas
Junto com as Olimpíadas é o torneio mais importante do basquete mundial, também acontece de quatro em quatro anos. Os organizadores brasileiros não se deram conta da importância do torneio. Gente, acordem! Era uma oportunidade de negócios enorme! Faltou organização e planejamento. Faltou competência e comprometimento. Ginásios vazios e com goteira, isso mesmo, goteira. O mundo inteiro vendo as atletas escorregarem.
No jogo entre Brasil X Rep. Tcheca, uma jogadora tcheca caiu feio e bateu a cabeça com força no chão, teve que sair para ser socorrida. Tudo devido às goteiras. Não havia publicidade do torneio aqui em São Paulo. Não vi um outdoor sequer. Não houve (como nos grandes torneios internacionais mundo afora) eventos culturais paralelos ao campeonato. Isso desperta a curiosidade e favorece a Copa. Ninguém sabia que estava acontecendo a Copa do Mundo aqui em São Paulo. Não havia faixas de boas-vindas às delegações internacionais, não havia bandeiras espalhadas pela cidade. Os organizadores deram um ótimo exemplo de como diminuir a importância de uma Copa do Mundo. E o mundo todo viu.
Dentro da quadra...
... o Brasil fez uma bela campanha e ficou entre as quatro primeiras. Assisti, lá no ginásio Ibirapuera, a semifinal contra a Austrália. Dava para ganhar o jogo, mas o fato é que o time australiano é melhor que o time brasileiro, temos que reconhecer isso. A Austrália ganhou da Rússia na final e foi campeã invicta.
segunda-feira, setembro 18, 2006
Rápidas & Rasteiras
Diego Corneta
Eles estão vivos
Muito se falou sobre uma suposta crise no São Paulo. Afinal, recentemente o clube chegou ao terceiro vice-campeonato no ano. Bastou o São Paulo bater o Inter (2X0) pelo “jogo de seis pontos” para a tempestade virar marola. Eles seguem como líderes e são favoritíssimo ao título nacional.
Rogério Cena
Rogério Cena recentemente fez duas cagadas feias, que só contribuem para reforçar a imagem de prepotente que muitas pessoas (eu, por exemplo) têm dele. Uma: no jogo contra o Fortaleza, ele, como capitão do time, receberia um prêmio de campeão do primeiro turno. Prêmio idealizado pelo jornal “Lance!”, e que leva o nome de Osmar Santos. O próprio ex-locutor, mesmo debilitado após o acidente automobilístico que sofreu, iria entregar o troféu ao jogador. Rogério, que tinha perdido um pênalti no jogo, saiu xingando e simplesmente ignorou Osmar Santos, deixando-o com a mão estendida no ar. Muricy Ramalho, mais educado e mais inteligente, foi receber o prêmio e se desculpar com Osmar. Duas: na final da Recopa, Rogério Cena jogou fora a medalha de segundo lugar. Ele pode dar a desculpa que quiser, não vou me convencer. As fotos mostram-no com uma feição de raiva. Ele não estava jogando para a torcida, como muitos fazem com as camisas após os jogos; ele estava se livrando da medalha, atirando-a fora. Já esta na hora de Rogério Cena aprender a perder.
Ele está vivo
O intrépido Oswaldo de Oliveira, dirigindo o Cruzeiro, finalmente conseguiu uma vitória no Brasileiro. Foi com gol de pênalti e no sufoco, tomando pressão e levando três bolas na trave. Ah, o derrotado foi o Palmeiras do “Teete”.
Time de Vila
O Santos simplesmente não consegue vencer fora da Vila Belmiro. Perderam até da combalida Ponte Preta, 1X0. Nem a estréia de Zé Roberto foi capaz de evitar o fiasco. Continuo com a mesma opinião desde o começo do campeonato: O time do Santos é um lixo, se não fosse pelo Luxemburgo, o time iria ficar naquela zona entre o rebaixamento e a Copa Sul-Americana.
Será que dá?
O Corinthians não vai mais cair. Mas a vaga para a Libertadores não é uma tarefa fácil. O time perdeu muitos pontos idiotas e, se quiser a vaga, vai ter que fazer um ótima campanha nessa reta final do torneio. O time está aguerrido e combativo, mas ainda depende muito dos inconstantes meias Roger e Carlos Alberto. No sábado, eles não jogaram nada e o time também não. Na última quarta-feira, contra o Vasco, eles foram bem e facilitaram o jogo para o Timão.
Guitarras
No último sábado, o show da banda escocesa Franz Ferdinand foi excelente. Guitarras, mais guitarras, muita energia, hits fáceis, baixo bem marcado e competente, bateria à la pista de dança e um vocalista pra lá de carismático. O resultado é um rock dançante, anguloso e festivo. Showzaço. Juízos de valor à parte, Franz Ferdinand é a banda mais divertida da atualidade. Não sei se é a melhor, mas que é a mais divertida, não tenho dúvidas. O final foi apoteótico, com o pessoal das outras bandas no palco, todo mundo muito à vontade, tocando bumbo, caixa e pratos; e com o Alex Kapranos (vocal) descalço, insano e sem camisa.
Alex Kapranos joga-se no chão com sua guitarra, it's only rock'n'roll
Ótima surpresa
Art Brut, guardem esse nome. O vocalista é um figura que vocifera contra a pose do rock, tira sarro da formação da banda e faz letras que evocam até um passeio pela Tate Gallery, famosa e cultuada galeria de arte moderna, em Londres. Citaram duas bandas nacionais: Sepultura e Cansei de Ser Sexy, que, pouco conhecida no Brasil, está estourando na Europa. O show foi ótimo, e o vocalista (Eddie Argos) tem muitos trejeitos de Johnny Rotten, do Sex Pistols.
2 Cornetadas
Eles estão vivos
Muito se falou sobre uma suposta crise no São Paulo. Afinal, recentemente o clube chegou ao terceiro vice-campeonato no ano. Bastou o São Paulo bater o Inter (2X0) pelo “jogo de seis pontos” para a tempestade virar marola. Eles seguem como líderes e são favoritíssimo ao título nacional.
Rogério Cena
Rogério Cena recentemente fez duas cagadas feias, que só contribuem para reforçar a imagem de prepotente que muitas pessoas (eu, por exemplo) têm dele. Uma: no jogo contra o Fortaleza, ele, como capitão do time, receberia um prêmio de campeão do primeiro turno. Prêmio idealizado pelo jornal “Lance!”, e que leva o nome de Osmar Santos. O próprio ex-locutor, mesmo debilitado após o acidente automobilístico que sofreu, iria entregar o troféu ao jogador. Rogério, que tinha perdido um pênalti no jogo, saiu xingando e simplesmente ignorou Osmar Santos, deixando-o com a mão estendida no ar. Muricy Ramalho, mais educado e mais inteligente, foi receber o prêmio e se desculpar com Osmar. Duas: na final da Recopa, Rogério Cena jogou fora a medalha de segundo lugar. Ele pode dar a desculpa que quiser, não vou me convencer. As fotos mostram-no com uma feição de raiva. Ele não estava jogando para a torcida, como muitos fazem com as camisas após os jogos; ele estava se livrando da medalha, atirando-a fora. Já esta na hora de Rogério Cena aprender a perder.
Ele está vivo
O intrépido Oswaldo de Oliveira, dirigindo o Cruzeiro, finalmente conseguiu uma vitória no Brasileiro. Foi com gol de pênalti e no sufoco, tomando pressão e levando três bolas na trave. Ah, o derrotado foi o Palmeiras do “Teete”.
Time de Vila
O Santos simplesmente não consegue vencer fora da Vila Belmiro. Perderam até da combalida Ponte Preta, 1X0. Nem a estréia de Zé Roberto foi capaz de evitar o fiasco. Continuo com a mesma opinião desde o começo do campeonato: O time do Santos é um lixo, se não fosse pelo Luxemburgo, o time iria ficar naquela zona entre o rebaixamento e a Copa Sul-Americana.
Será que dá?
O Corinthians não vai mais cair. Mas a vaga para a Libertadores não é uma tarefa fácil. O time perdeu muitos pontos idiotas e, se quiser a vaga, vai ter que fazer um ótima campanha nessa reta final do torneio. O time está aguerrido e combativo, mas ainda depende muito dos inconstantes meias Roger e Carlos Alberto. No sábado, eles não jogaram nada e o time também não. Na última quarta-feira, contra o Vasco, eles foram bem e facilitaram o jogo para o Timão.
Guitarras
No último sábado, o show da banda escocesa Franz Ferdinand foi excelente. Guitarras, mais guitarras, muita energia, hits fáceis, baixo bem marcado e competente, bateria à la pista de dança e um vocalista pra lá de carismático. O resultado é um rock dançante, anguloso e festivo. Showzaço. Juízos de valor à parte, Franz Ferdinand é a banda mais divertida da atualidade. Não sei se é a melhor, mas que é a mais divertida, não tenho dúvidas. O final foi apoteótico, com o pessoal das outras bandas no palco, todo mundo muito à vontade, tocando bumbo, caixa e pratos; e com o Alex Kapranos (vocal) descalço, insano e sem camisa.
Alex Kapranos joga-se no chão com sua guitarra, it's only rock'n'roll
Ótima surpresa
Art Brut, guardem esse nome. O vocalista é um figura que vocifera contra a pose do rock, tira sarro da formação da banda e faz letras que evocam até um passeio pela Tate Gallery, famosa e cultuada galeria de arte moderna, em Londres. Citaram duas bandas nacionais: Sepultura e Cansei de Ser Sexy, que, pouco conhecida no Brasil, está estourando na Europa. O show foi ótimo, e o vocalista (Eddie Argos) tem muitos trejeitos de Johnny Rotten, do Sex Pistols.
quinta-feira, setembro 14, 2006
Rápidas & Rasteiras
Diego Corneta
Timão recupera-se
Seria Leão? Seria a saída de Tevez e Mascherano? Seria a chegada de bons reforços? Seria a definição de um time? Não sei dizer qual é o verdadeiro peso dessas ações, mas a reação é notória. Ontem o Corinthians fez um ótima partida, criou inúmeras chances e fez três gols. O time tomou uns sustos lá atrás, mas a bola só entrou mesmo por méritos totais e exclusivos do jovem Diego, que cobrou a falta com precisão. Rafael Moura voltou a perder gols, mas ao menos o time está criando chances de fazê-los; coisa que era raro até pouco tempo atrás. Amoroso vai demorar mais para se adaptar, mas ele manda muito bem, joga fino, fácil. Betão e Marinho parecem sólidos na zaga; os laterais apoiam bem e ganham confiança; Roger fez ontem sua melhor partida no ano; Carlos Alberto perde muitas bolas, mas está cada dia mais participativo; e a dupla de volantes Marcelo Mattos e Magrão tem tudo para se transformar numa das melhores do país. Tudo indica que nós temos um time, finalmente.
Rafael Moura, livre, cabeceia para o segundo gol do Timão
Saco sem fundo
A MSI já pagou praticamente todas as dívidas que o Corinthians tinha. Eram R$ 60 milhões. Mas o clube sofre com um novo rombo. Pelos cálculos do vice-presidente de finanças, Emerson Piovezan, restam mais R$ 4 milhões a pagar. Outros dirigentes, porém, falam em mais de R$ 14 milhões. A diferença é que eles calculam débitos fiscais e ações trabalhistas que Piovezan não conta, pois espera fazer acordos com descontos. Ele também não soma os R$ 2 milhões de direitos de imagem atrasados.
Mais sobre a dívida
Só com direitos de imagem e uma dívida de cerca de R$ 4 milhões em impostos atrasados, o valor dado pelo vice corintiano sobe para R$ 10 milhões. O clube quer jogar boa parte do rombo para a MSI. Kia aceita só débitos do futebol. O impasse está sendo discutido em Londres. Falando nisso, cadê o Dualib? E o Kia?
Agora vai!
Depois de ter o péssimo Jean, o velho matador Dimba e o jovem pé duro Obina; o Flamengo vai atacar com o Jajá ao lado de Luisão. Calma! Não é aquele Jajá folclórico que passou por Botafogo de Ribeirão, Juventus e outros times pequenos. Ah, então tá. Epa, ia quase me esquecendo de citar outro atacante que passou voando por lá, o impagável Walter Minhoca.
Começou...
... o maior e mais glamuroso torneio de clubes do mundo, a Copa dos Campeões. Na primeira rodada, tivemos o Barcelona (com Eto'o e Ronaldinho inspirados) dando show, ganhou de 5X0 do fraco Levski Sofia, da Bulgária. Outro destaque ficou por conta da vitória do Lyon (2X0) sobre o milionário Real Madrid. Até quando o Capello vai achar que Guti e Cassano são tirulares enquanto o Robinho é reserva? Mas a teimosia italiana não tem limites, vale conferir o resultado. O Milan, outro favorito, passou fácil (3X0) pelo AEK Atenas. O torneio está apenas começando e promete.
Brasileiros no Velho Continente
Dos 32 times europeus que disputão a Liga dos Campeões, 23 têm jogadores brasileiros. São 89 ao todo, incluído na lista o brasileiro naturalizado português Deco. A primeira fase da competição tem oito grupos e apenas no F não haverá confronto entre brasileiros. O contingente brazuca do Benfica (o goleiro Moretto, os zagueiros Anderson, Luisão e Alcides (quem?), o lateral Léo e os meias Diego Souza (socorro!) e Beto (?)) é uma enorme exceção no grupo que tem Manchester United, Celtic e Kobenhavn.
Em compensação, nos grupos B (Internazionale, Bayern de Munique, Sporting e Spartak de Moscou) e D (Valencia, Roma, Olympiakos e Shakhtar Donetsk), todos têm jogadores do Brasil. No grupo A, Chelsea e Levski não têm, mas o campeão Barcelona está cheio de brasileiros (Thiago Motta, Belletti, Edmílson, Sylvinho, Deco e Ronaldinho Gaúcho) e o Werder Bremen conta com o meia Diego e o zagueiro Naldo (quem?).
Nos demais grupos, há brasileiros em três das quatro equipes – Liverpool, PSV e Bordeaux no C, Real Madrid, Lyon e Dínamo de Kiev no E, Arsenal, Porto e CSKA no G, Milan, Lille e AEK no H.
Time de mer…
Em entrevista exclusiva ao canal dinamarquês TV3, Thomas Gravesen, aquele que trocou muquetas com Robinho antes de ser mandado embora do Real Madrid, dá uma curiosa e pertinente opinião sobre os antigos companheiros:
- É fantástico jogar com alguns quando eles querem, mas a equipe quebra a cara muitas vezes porque só três correm. Eu acho que uma superestrela, que ganha mais do que todos, deve ser a primeira a chamar o jogo para si, mas não é o que eles faziam. Pelo contrário, às vezes, se comportavam como uns merdas.
Jogue, beba. Beba mais.
Essa nota sobre as placas publicitárias no jogo Brasil X Argentina, na Inglaterra, vem do simpático blog da Soninha. Ela tem razão, relacionar álcool com esporte de massa não é nada bom, principalmente para crianças e adolescentes.
Contei quatro anúncios de bebida alcoólica: um de whisky, um de vodka, dois de cerveja. E dois de jogos de azar pela internet. Podem me chamar de puritana (eu?...), mas acho estranho.
Frases
"Quando um jogador é contratado, aparece no jornal beijando o escudo do clube. Na verdade, acho que muitos estão limpando a boca"
De Salvador Hugo Palaia , diretor do Palmeiras, sobre Magrão ir para o Corinthians, após dizer que jamais atuaria pela equipe.
“O problema nunca foi os jogadores galácticos, mas os diretores lunáticos”
De Romeu Tuma Jr., conselheiro do Corinthians e opositor da parceria com a MSI.
2 Cornetadas
Timão recupera-se
Seria Leão? Seria a saída de Tevez e Mascherano? Seria a chegada de bons reforços? Seria a definição de um time? Não sei dizer qual é o verdadeiro peso dessas ações, mas a reação é notória. Ontem o Corinthians fez um ótima partida, criou inúmeras chances e fez três gols. O time tomou uns sustos lá atrás, mas a bola só entrou mesmo por méritos totais e exclusivos do jovem Diego, que cobrou a falta com precisão. Rafael Moura voltou a perder gols, mas ao menos o time está criando chances de fazê-los; coisa que era raro até pouco tempo atrás. Amoroso vai demorar mais para se adaptar, mas ele manda muito bem, joga fino, fácil. Betão e Marinho parecem sólidos na zaga; os laterais apoiam bem e ganham confiança; Roger fez ontem sua melhor partida no ano; Carlos Alberto perde muitas bolas, mas está cada dia mais participativo; e a dupla de volantes Marcelo Mattos e Magrão tem tudo para se transformar numa das melhores do país. Tudo indica que nós temos um time, finalmente.
Rafael Moura, livre, cabeceia para o segundo gol do Timão
Saco sem fundo
A MSI já pagou praticamente todas as dívidas que o Corinthians tinha. Eram R$ 60 milhões. Mas o clube sofre com um novo rombo. Pelos cálculos do vice-presidente de finanças, Emerson Piovezan, restam mais R$ 4 milhões a pagar. Outros dirigentes, porém, falam em mais de R$ 14 milhões. A diferença é que eles calculam débitos fiscais e ações trabalhistas que Piovezan não conta, pois espera fazer acordos com descontos. Ele também não soma os R$ 2 milhões de direitos de imagem atrasados.
Mais sobre a dívida
Só com direitos de imagem e uma dívida de cerca de R$ 4 milhões em impostos atrasados, o valor dado pelo vice corintiano sobe para R$ 10 milhões. O clube quer jogar boa parte do rombo para a MSI. Kia aceita só débitos do futebol. O impasse está sendo discutido em Londres. Falando nisso, cadê o Dualib? E o Kia?
Agora vai!
Depois de ter o péssimo Jean, o velho matador Dimba e o jovem pé duro Obina; o Flamengo vai atacar com o Jajá ao lado de Luisão. Calma! Não é aquele Jajá folclórico que passou por Botafogo de Ribeirão, Juventus e outros times pequenos. Ah, então tá. Epa, ia quase me esquecendo de citar outro atacante que passou voando por lá, o impagável Walter Minhoca.
Começou...
... o maior e mais glamuroso torneio de clubes do mundo, a Copa dos Campeões. Na primeira rodada, tivemos o Barcelona (com Eto'o e Ronaldinho inspirados) dando show, ganhou de 5X0 do fraco Levski Sofia, da Bulgária. Outro destaque ficou por conta da vitória do Lyon (2X0) sobre o milionário Real Madrid. Até quando o Capello vai achar que Guti e Cassano são tirulares enquanto o Robinho é reserva? Mas a teimosia italiana não tem limites, vale conferir o resultado. O Milan, outro favorito, passou fácil (3X0) pelo AEK Atenas. O torneio está apenas começando e promete.
Brasileiros no Velho Continente
Dos 32 times europeus que disputão a Liga dos Campeões, 23 têm jogadores brasileiros. São 89 ao todo, incluído na lista o brasileiro naturalizado português Deco. A primeira fase da competição tem oito grupos e apenas no F não haverá confronto entre brasileiros. O contingente brazuca do Benfica (o goleiro Moretto, os zagueiros Anderson, Luisão e Alcides (quem?), o lateral Léo e os meias Diego Souza (socorro!) e Beto (?)) é uma enorme exceção no grupo que tem Manchester United, Celtic e Kobenhavn.
Em compensação, nos grupos B (Internazionale, Bayern de Munique, Sporting e Spartak de Moscou) e D (Valencia, Roma, Olympiakos e Shakhtar Donetsk), todos têm jogadores do Brasil. No grupo A, Chelsea e Levski não têm, mas o campeão Barcelona está cheio de brasileiros (Thiago Motta, Belletti, Edmílson, Sylvinho, Deco e Ronaldinho Gaúcho) e o Werder Bremen conta com o meia Diego e o zagueiro Naldo (quem?).
Nos demais grupos, há brasileiros em três das quatro equipes – Liverpool, PSV e Bordeaux no C, Real Madrid, Lyon e Dínamo de Kiev no E, Arsenal, Porto e CSKA no G, Milan, Lille e AEK no H.
Time de mer…
Em entrevista exclusiva ao canal dinamarquês TV3, Thomas Gravesen, aquele que trocou muquetas com Robinho antes de ser mandado embora do Real Madrid, dá uma curiosa e pertinente opinião sobre os antigos companheiros:
- É fantástico jogar com alguns quando eles querem, mas a equipe quebra a cara muitas vezes porque só três correm. Eu acho que uma superestrela, que ganha mais do que todos, deve ser a primeira a chamar o jogo para si, mas não é o que eles faziam. Pelo contrário, às vezes, se comportavam como uns merdas.
Jogue, beba. Beba mais.
Essa nota sobre as placas publicitárias no jogo Brasil X Argentina, na Inglaterra, vem do simpático blog da Soninha. Ela tem razão, relacionar álcool com esporte de massa não é nada bom, principalmente para crianças e adolescentes.
Contei quatro anúncios de bebida alcoólica: um de whisky, um de vodka, dois de cerveja. E dois de jogos de azar pela internet. Podem me chamar de puritana (eu?...), mas acho estranho.
Frases
"Quando um jogador é contratado, aparece no jornal beijando o escudo do clube. Na verdade, acho que muitos estão limpando a boca"
De Salvador Hugo Palaia , diretor do Palmeiras, sobre Magrão ir para o Corinthians, após dizer que jamais atuaria pela equipe.
“O problema nunca foi os jogadores galácticos, mas os diretores lunáticos”
De Romeu Tuma Jr., conselheiro do Corinthians e opositor da parceria com a MSI.
segunda-feira, setembro 11, 2006
Duas bestas e nove heróis
Diego Corneta
No futebol, com 11 contra 11 já vimos bailes, goleadas e surras. Com 11 contra 10, idem. Com 11 contra 9, aí é covardia, sempre é goleada. Ou quase. E o Corinthians, que desde os 19 minutos do primeiro tempo, jogou com 9 em campo; segurou um 0X0 heróico.
Os dois laterais expulsos (César e Ratinho) foram punidos corretamente. Duas bestas que agrediram os atletas são-paulinos em lances estúpidos e sem perigo nenhum. Antes da primeira expulsão, logo aos 6 minutos, o Timão estava melhor em campo e o jogo era todo na metade tricolor. Depois das duas expulsões, virou ataque contra defesa.
E como defenderam! Marcelo Mattos foi um monstro, o melhor em campo. Betão e Marinho, pelo incrível que pareça, também foram muito bem. Amoroso e Rafael Moura voltavam para ajudar atrás. Gustavo Nery correu como nunca tinha corrido com a camisa alvinegra. Carlos Alberto virou volante e o estreante Magrão mostrou a sua já conhecida disposição na marcação. Rosinei entrou e foi bem, marcou, puxou dois ótimos contra-ataques e prendia, quando dava, a bola no ataque.
Duas bolas na trave, cabeçadas, chances desperdiçadas na pequena área, defesas do Marcelo, e o São Paulo não conseguiu fazer um mísero golzinho. Rafael Moura segue sendo o atacante mais regular do país, perde gols feitos todo santo jogo. Mostra uma regularidade impressionante, já comparável ao Bobô e ao Marcelo Ramos. O péssimo “He-man” perdeu um gol feito no final do primeiro tempo e outra chance clara no final do segundo. Eu, pessoalmente, acho que se ele tivesse convertido a primeira chance, o Timão tomaria uma invertida cruel, tipo uns 4X1. Com dois a mais e 1X0 contra, os jogadores do São Paulo iam entrar babando no segundo tempo, coisa que não aconteceu. O São Paulo jogou achando que o gol iria sair a qualquer momento, foi displicente e desorganizado.
O São Paulo tentou, tentou, tentou e nada. Foram tentativas descoordenadas e preguiçosas, com muitos cruzamentos improdutivos, o mal-fadado chuveirinho. Insistiram inultimente pelo meio e não chegaram uma vez sequer na linha de fundo, erraram muitos passes e estavam afoitos, dando chance aos desarmes do Corinthians. O juiz Heber Roberto Lopes acertou ao expulsar os dois corintianos, mas errou ao deixar Rycharlison em campo. Ele era o último homem e impediu, com o braço, Rosinei de invadir a área num lance de contra-ataque.
Nos minutos finais, Rafael Moura ainda teve um espasmo de lirismo e habilidade; aplicou um belo chapéu em Fabão e... perdeu o gol. Rosinei entrava livre pela direita, mas Rafael Moura prefiriu emendar um sem-pulo. Não foi dessa vez. Seria a pá de cal que não veio. Seria a glória definitiva. Seria a consagração da tão falada e festejada raça corintiana. O 0X0 com 9 em campo saiu melhor que a encomenda. O time sai de cabeça erguida e ganha força para escapar de vez da zona da degola. A torcida gostou e certamente vai lotar o Pacaembu nos próximos jogos. Pior para o São Paulo, que não soube vencer o jogo e perdeu dois pontos.
4 Cornetadas
No futebol, com 11 contra 11 já vimos bailes, goleadas e surras. Com 11 contra 10, idem. Com 11 contra 9, aí é covardia, sempre é goleada. Ou quase. E o Corinthians, que desde os 19 minutos do primeiro tempo, jogou com 9 em campo; segurou um 0X0 heróico.
Os dois laterais expulsos (César e Ratinho) foram punidos corretamente. Duas bestas que agrediram os atletas são-paulinos em lances estúpidos e sem perigo nenhum. Antes da primeira expulsão, logo aos 6 minutos, o Timão estava melhor em campo e o jogo era todo na metade tricolor. Depois das duas expulsões, virou ataque contra defesa.
E como defenderam! Marcelo Mattos foi um monstro, o melhor em campo. Betão e Marinho, pelo incrível que pareça, também foram muito bem. Amoroso e Rafael Moura voltavam para ajudar atrás. Gustavo Nery correu como nunca tinha corrido com a camisa alvinegra. Carlos Alberto virou volante e o estreante Magrão mostrou a sua já conhecida disposição na marcação. Rosinei entrou e foi bem, marcou, puxou dois ótimos contra-ataques e prendia, quando dava, a bola no ataque.
Duas bolas na trave, cabeçadas, chances desperdiçadas na pequena área, defesas do Marcelo, e o São Paulo não conseguiu fazer um mísero golzinho. Rafael Moura segue sendo o atacante mais regular do país, perde gols feitos todo santo jogo. Mostra uma regularidade impressionante, já comparável ao Bobô e ao Marcelo Ramos. O péssimo “He-man” perdeu um gol feito no final do primeiro tempo e outra chance clara no final do segundo. Eu, pessoalmente, acho que se ele tivesse convertido a primeira chance, o Timão tomaria uma invertida cruel, tipo uns 4X1. Com dois a mais e 1X0 contra, os jogadores do São Paulo iam entrar babando no segundo tempo, coisa que não aconteceu. O São Paulo jogou achando que o gol iria sair a qualquer momento, foi displicente e desorganizado.
O São Paulo tentou, tentou, tentou e nada. Foram tentativas descoordenadas e preguiçosas, com muitos cruzamentos improdutivos, o mal-fadado chuveirinho. Insistiram inultimente pelo meio e não chegaram uma vez sequer na linha de fundo, erraram muitos passes e estavam afoitos, dando chance aos desarmes do Corinthians. O juiz Heber Roberto Lopes acertou ao expulsar os dois corintianos, mas errou ao deixar Rycharlison em campo. Ele era o último homem e impediu, com o braço, Rosinei de invadir a área num lance de contra-ataque.
Nos minutos finais, Rafael Moura ainda teve um espasmo de lirismo e habilidade; aplicou um belo chapéu em Fabão e... perdeu o gol. Rosinei entrava livre pela direita, mas Rafael Moura prefiriu emendar um sem-pulo. Não foi dessa vez. Seria a pá de cal que não veio. Seria a glória definitiva. Seria a consagração da tão falada e festejada raça corintiana. O 0X0 com 9 em campo saiu melhor que a encomenda. O time sai de cabeça erguida e ganha força para escapar de vez da zona da degola. A torcida gostou e certamente vai lotar o Pacaembu nos próximos jogos. Pior para o São Paulo, que não soube vencer o jogo e perdeu dois pontos.
segunda-feira, setembro 04, 2006
Um escândalo chamado Rio-2016, por Juca Kfouri
Amigos, sei que há pouco tempo eu postei aqui um texto do Juca Kfouri. Hoje, posto outro. Pode parecer preguiça mental, mas saio-me com duas justificativas. Uma, esse texto é imperdível e eu tenho que compartilhar com vocês. Duas, final de semana passado eu nem sequer liguei a TV, não vi nenhum jogo e só fiquei sabendo dos resultados hoje.
O anúncio de que o Brasil é novamente candidato a sediar a Olimpíada, agora a de 2016, deveria merecer algum tipo de ação do Ministério Público. Afinal, ainda pagamos a conta das famigeradas campanhas Brasília-2000, Rio-2004 e Rio-2012. A contabilidade dessas candidaturas nunca fechou. E o Brasil não possui chance alguma de sediar a Olimpíada, porque o Comitê Olímpico Internacional nunca dará a competição a um país instável do ponto de vista do Primeiro Mundo.
É tanto dinheiro envolvido, são tantos os compromissos com os chamados "top sponsors", com as redes de televisão, que o COI não pode correr um risco sequer de que os Jogos Olímpicos não sejam realizados de forma exemplar. As multas contratuais são enormes em caso de descumprimento das cláusulas firmadas entre o COI e os patrocinadores. O Brasil é um país que oferece risco econômico, que não pode dar garantia de investimentos, uma nação pobre com profundas desigualdades sociais.
Que não atende regras essenciais de respeito ao meio ambiente (fundamental hoje no Movimento Olímpico), haja vista o desmatamento e a poluição dos rios e da própria baía da Guanabara. Que tem problemas básicos de infra-estrutura, tais como hospitais, saneamento básico, segurança, transporte público. Problemas que não serão resolvidos em apenas uma década. E é sabido como são feitas as campanhas para que um país sedie os Jogos Olímpicos. A candidatura é fator de promoção pessoal e de evasão de divisas. Porque são várias empresas públicas e privadas que se comprometem em cooperar financeiramente com o projeto e que colocam dinheiro a fundo perdido.
A campanha é feita no exterior, com visitas aos membros do COI, federações internacionais, comitês olímpicos nacionais e outros. Toda a despesa, portanto, é feita além fronteira.
Não há controle rígido dos gastos, e os comprovantes são apresentados como cada um bem entender. Assim, uma empresa "doa" ao comitê de campanha R$ 1 milhão, por exemplo, mas somente é gasta a metade. A outra metade já sai do caixa da empresa com finalidade dirigida, embora a contabilidade mostre notas no exterior para justificar as despesas havidas.
Outro fato que merece repúdio é a forma ditatorial da escolha, porque, ao menos, poderiam ter feito uma eleição, a exemplo do que ocorre em outros países. Na Europa, esse processo de escolha é longo e responsável. Votam representantes da sociedade civil, militar, atletas, federações e outros. Na Espanha, então, são mais de cem votos. E que fique claro: o bairrismo é um sentimento detestável. Não se trata de ser a favor de São Paulo ou do Rio de Janeiro, porque não são apenas as duas cidades, mas é o Brasil que não tem como receber um evento de tal porte.
Não é possível que tudo tenha sido feito dessa forma e ninguém fale nada, que fique por isso mesmo. Não faria muito mais sentido pegar a dinheirama que será gasta nessa patacoada do Rio-2016 e investir no esporte de base? Na criação de centros esportivos para a população pobre, para massificar o esporte, de onde poderão surgir novos talentos a longo prazo? E o que interessa, aliás, não é formar campeões, mera conseqüência. O que interessa é ter um povo saudável. Chega de engodos, de candidaturas artificiais para encher os bolsos dos de sempre. O Rio-2016 é um novo escândalo.
Diga-me com quem andas e te direi quem és
Diego Corneta
O mafioso russo Boris Berezovsky, provavelmente o homem-forte por trás da MSI, foi ver Brasil 3 x 0 Argentina, acompanhado de Neil Bush. O sobrenome soou familiar? É isso mesmo, o Neil é irmão de George W. Bush, presidente dos EUA. Os irmãos Bush são vidrados em esportes, tanto que entre outras coisas, são donos do Texas Rangers, time de futebol americano. Tempos atrás, os Bush (Geroge W., inclusive) eram os principais acionistas do grupo de investimentos chamado HMTF – vejam vocês como o mundo é pequeno. O mesmo grupo manteve uma rápida, tumultuada e também obscura parceria com o Corinthians. Hmm, o homem-forte da MSI e homem-forte da HMTF juntos... seria uma troca de figurinhas? Não sei, prefiro dizer que é apenas coincidência, mera coincidência. Ah!, quase me esqueço de mencionar que os dirigentes corintianos Alberto Dualib e Nesi Cury também estavam na comitiva de Berezovsky. Kia não foi. Aliás, será que ele foi convidado?
"O problema nunca foi com os jogadores galácticos, foi com os dirigentes lunáticos"
Hoje na Folha. Frase do conselheiro corintiano e deputado estadual Romeu Tuma Júnior, sobre as discórdias enfrentadas pela parceria entre o clube do Parque São Jorge e a MSI.
Brasil 3X0 Argentina
Não vi o jogo para inglês ver, literalmente. Vi os melhores momentos. Gostei do que vi.
0 Cornetadas
O anúncio de que o Brasil é novamente candidato a sediar a Olimpíada, agora a de 2016, deveria merecer algum tipo de ação do Ministério Público. Afinal, ainda pagamos a conta das famigeradas campanhas Brasília-2000, Rio-2004 e Rio-2012. A contabilidade dessas candidaturas nunca fechou. E o Brasil não possui chance alguma de sediar a Olimpíada, porque o Comitê Olímpico Internacional nunca dará a competição a um país instável do ponto de vista do Primeiro Mundo.
É tanto dinheiro envolvido, são tantos os compromissos com os chamados "top sponsors", com as redes de televisão, que o COI não pode correr um risco sequer de que os Jogos Olímpicos não sejam realizados de forma exemplar. As multas contratuais são enormes em caso de descumprimento das cláusulas firmadas entre o COI e os patrocinadores. O Brasil é um país que oferece risco econômico, que não pode dar garantia de investimentos, uma nação pobre com profundas desigualdades sociais.
Que não atende regras essenciais de respeito ao meio ambiente (fundamental hoje no Movimento Olímpico), haja vista o desmatamento e a poluição dos rios e da própria baía da Guanabara. Que tem problemas básicos de infra-estrutura, tais como hospitais, saneamento básico, segurança, transporte público. Problemas que não serão resolvidos em apenas uma década. E é sabido como são feitas as campanhas para que um país sedie os Jogos Olímpicos. A candidatura é fator de promoção pessoal e de evasão de divisas. Porque são várias empresas públicas e privadas que se comprometem em cooperar financeiramente com o projeto e que colocam dinheiro a fundo perdido.
A campanha é feita no exterior, com visitas aos membros do COI, federações internacionais, comitês olímpicos nacionais e outros. Toda a despesa, portanto, é feita além fronteira.
Não há controle rígido dos gastos, e os comprovantes são apresentados como cada um bem entender. Assim, uma empresa "doa" ao comitê de campanha R$ 1 milhão, por exemplo, mas somente é gasta a metade. A outra metade já sai do caixa da empresa com finalidade dirigida, embora a contabilidade mostre notas no exterior para justificar as despesas havidas.
Outro fato que merece repúdio é a forma ditatorial da escolha, porque, ao menos, poderiam ter feito uma eleição, a exemplo do que ocorre em outros países. Na Europa, esse processo de escolha é longo e responsável. Votam representantes da sociedade civil, militar, atletas, federações e outros. Na Espanha, então, são mais de cem votos. E que fique claro: o bairrismo é um sentimento detestável. Não se trata de ser a favor de São Paulo ou do Rio de Janeiro, porque não são apenas as duas cidades, mas é o Brasil que não tem como receber um evento de tal porte.
Não é possível que tudo tenha sido feito dessa forma e ninguém fale nada, que fique por isso mesmo. Não faria muito mais sentido pegar a dinheirama que será gasta nessa patacoada do Rio-2016 e investir no esporte de base? Na criação de centros esportivos para a população pobre, para massificar o esporte, de onde poderão surgir novos talentos a longo prazo? E o que interessa, aliás, não é formar campeões, mera conseqüência. O que interessa é ter um povo saudável. Chega de engodos, de candidaturas artificiais para encher os bolsos dos de sempre. O Rio-2016 é um novo escândalo.
Diga-me com quem andas e te direi quem és
Diego Corneta
O mafioso russo Boris Berezovsky, provavelmente o homem-forte por trás da MSI, foi ver Brasil 3 x 0 Argentina, acompanhado de Neil Bush. O sobrenome soou familiar? É isso mesmo, o Neil é irmão de George W. Bush, presidente dos EUA. Os irmãos Bush são vidrados em esportes, tanto que entre outras coisas, são donos do Texas Rangers, time de futebol americano. Tempos atrás, os Bush (Geroge W., inclusive) eram os principais acionistas do grupo de investimentos chamado HMTF – vejam vocês como o mundo é pequeno. O mesmo grupo manteve uma rápida, tumultuada e também obscura parceria com o Corinthians. Hmm, o homem-forte da MSI e homem-forte da HMTF juntos... seria uma troca de figurinhas? Não sei, prefiro dizer que é apenas coincidência, mera coincidência. Ah!, quase me esqueço de mencionar que os dirigentes corintianos Alberto Dualib e Nesi Cury também estavam na comitiva de Berezovsky. Kia não foi. Aliás, será que ele foi convidado?
"O problema nunca foi com os jogadores galácticos, foi com os dirigentes lunáticos"
Hoje na Folha. Frase do conselheiro corintiano e deputado estadual Romeu Tuma Júnior, sobre as discórdias enfrentadas pela parceria entre o clube do Parque São Jorge e a MSI.
Brasil 3X0 Argentina
Não vi o jogo para inglês ver, literalmente. Vi os melhores momentos. Gostei do que vi.
sexta-feira, setembro 01, 2006
1º de Setembro
por Anselmo Trompete
Esse post merecia um texto mais autêntico, é verdade. Mas não pensem vocês que esse "ctrl+C" "ctrl+V" foi um desleixo proposital. O Sport Club Corinthians Paulista passa sim por uma das maiores crises de sua história, mas não podemos deixar de homenageá-lo no dia de seu 96º aniversário.
Conquistas, glórias, crises, escândalos, choros (alegres e tristes), entre outras coisas já foram o centro das atenções durante os quase 100 anos de história do Timão. Assim como os momentos bons chegam e se vão, por que seria diferente com os momentos ruins? Tenhamos fé, fiel torcida.
Há 96 anos, cinco operários assistiam impressionados à exibição do Corinthian Team, equipe da Inglaterra que excursionava no Brasil. O nome da equipe era em homenagem à cidade grega de Corinto, que ficou famosa entre os séculos VI e VII a.C. pela prática esportiva.
Naquele instante em que olhares perplexos acompanhavam a partida um sonho brotava no coração de Anselmo Correia, Antonio Pereira, Carlos Silva, Joaquim Ambrósio e Rafael Perrone. Começava ali a surgir um sentimento nobre de fidelidade.
Dos corações daqueles trabalhadores começou a idéia de fundar uma equipe de futebol, oriunda da classe operária que viria para alegrar o bairro do Bom Retiro. Mas mal sabiam que de bairro em bairro, de cidade em cidade, de país em país, a nação de torcedores se alastraria e se tornaria a mais vibrante e apaixonante torcida do planeta.
Assim, no dia 1º de setembro de 1910*, perto das 20h30, sob a luz de um lampião, na esquina da Rua José Paulino com a CônegoMartins, aqueles cinco mosqueteiros e mais oito sonhadores fundavam mais do que um simples time, o SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA. Uma nova forma de amar, que nasceu na várzea para ser grande.
A raça já fazia parte daquela equipe, abençoada por forças divinas desde seu nascimento, Seus fundadores bateram de porta em porta para arrecadar a quantia de 6 mil réis com o objetivo de comprar a primeira bola de futebol e pedir um campo emprestado, no qual os próprios jogadores limparam e aplainaram o gramado.
Dias depois de ser fundado, o Corinthians fazia o seu primeiro jogo oficial, no dia 10 de setembro de 1910. Felipe Valente, RafaelPerrone, Atílio Fedi, Francisco Lepre, Alfredo de Assis, Francisco Police, João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabbi (autor do primeiro gol do Corinthians na história), César Nunes e Joaquim Ambrósio deram inicio ao que seria o grande campeão dos campeões, o verdadeiro campeão mundial.
Apesar da fase atual em que a equipe é administrada por uma diretoria omissa que trava uma briga de egos ao invés de defender o Corinthians, todo torcedor se orgulha acima de tudo em ser corinthiano e dedica o seu amor ao Sport Club Corinthians Paulista.
Parabéns CORINTHIANS por mais um ano de vida e agradecemos por no dia 1º de setembro de 1910 ter nascido a razão de nosso viver.Parabéns, Corinthians minha vida, Corinthians minha história, Corinthians meu amor.
* Em 1º de Setembro de 1979 nascia nosso amigo Diego Corneta. Data melhor impossível para esse corintiano que, apesar de fanático, é um dos mais lúcidos e justos que conheço. Parabéns, irmão.
2 Cornetadas
Esse post merecia um texto mais autêntico, é verdade. Mas não pensem vocês que esse "ctrl+C" "ctrl+V" foi um desleixo proposital. O Sport Club Corinthians Paulista passa sim por uma das maiores crises de sua história, mas não podemos deixar de homenageá-lo no dia de seu 96º aniversário.
Conquistas, glórias, crises, escândalos, choros (alegres e tristes), entre outras coisas já foram o centro das atenções durante os quase 100 anos de história do Timão. Assim como os momentos bons chegam e se vão, por que seria diferente com os momentos ruins? Tenhamos fé, fiel torcida.
Há 96 anos, cinco operários assistiam impressionados à exibição do Corinthian Team, equipe da Inglaterra que excursionava no Brasil. O nome da equipe era em homenagem à cidade grega de Corinto, que ficou famosa entre os séculos VI e VII a.C. pela prática esportiva.
Naquele instante em que olhares perplexos acompanhavam a partida um sonho brotava no coração de Anselmo Correia, Antonio Pereira, Carlos Silva, Joaquim Ambrósio e Rafael Perrone. Começava ali a surgir um sentimento nobre de fidelidade.
Dos corações daqueles trabalhadores começou a idéia de fundar uma equipe de futebol, oriunda da classe operária que viria para alegrar o bairro do Bom Retiro. Mas mal sabiam que de bairro em bairro, de cidade em cidade, de país em país, a nação de torcedores se alastraria e se tornaria a mais vibrante e apaixonante torcida do planeta.
Assim, no dia 1º de setembro de 1910*, perto das 20h30, sob a luz de um lampião, na esquina da Rua José Paulino com a CônegoMartins, aqueles cinco mosqueteiros e mais oito sonhadores fundavam mais do que um simples time, o SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA. Uma nova forma de amar, que nasceu na várzea para ser grande.
A raça já fazia parte daquela equipe, abençoada por forças divinas desde seu nascimento, Seus fundadores bateram de porta em porta para arrecadar a quantia de 6 mil réis com o objetivo de comprar a primeira bola de futebol e pedir um campo emprestado, no qual os próprios jogadores limparam e aplainaram o gramado.
Dias depois de ser fundado, o Corinthians fazia o seu primeiro jogo oficial, no dia 10 de setembro de 1910. Felipe Valente, RafaelPerrone, Atílio Fedi, Francisco Lepre, Alfredo de Assis, Francisco Police, João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabbi (autor do primeiro gol do Corinthians na história), César Nunes e Joaquim Ambrósio deram inicio ao que seria o grande campeão dos campeões, o verdadeiro campeão mundial.
Apesar da fase atual em que a equipe é administrada por uma diretoria omissa que trava uma briga de egos ao invés de defender o Corinthians, todo torcedor se orgulha acima de tudo em ser corinthiano e dedica o seu amor ao Sport Club Corinthians Paulista.
Parabéns CORINTHIANS por mais um ano de vida e agradecemos por no dia 1º de setembro de 1910 ter nascido a razão de nosso viver.Parabéns, Corinthians minha vida, Corinthians minha história, Corinthians meu amor.
* Em 1º de Setembro de 1979 nascia nosso amigo Diego Corneta. Data melhor impossível para esse corintiano que, apesar de fanático, é um dos mais lúcidos e justos que conheço. Parabéns, irmão.