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quinta-feira, setembro 11, 2008

Geração Bunda Mole 

Diego Corneta

Perdi meu tempo. Deveria ter ido dormir, lido um livro, sei lá, qualquer coisa. Mas ficar mais de 90 minutos sentado em frente à TV para ver Brasil 0X0 Bolívia foi um desperdício. O jogo contra o Chile, domingo passado, enganou a todos nós. Quer dizer, ao menos, eu fui enganado. A seleção voltou a jogar muito mal, com aquela ineficiência irritante e aquele futebolzinho pobre, feio, duro de assistir. E essa, infelizmente, é a regra que se repete na “era Dunga”. O jogo contra o Chile foi a exceção da regra, assim como já houve outras partidas de exceção.

No jogo de ontem, contra uma das seleções mais fracas do mundo, o Brasil passou o primeiro tempo inteiro sem chutar a gol. É preocupante. É trágico. Só teve bolas cruzadas na área e chuveirinhos. E mesmo jogando contra uma zaga baixa, Luis Fabiano e outros que tentaram cabecear se deram mal. A culpa é só do Dunga? Não, os jogadores são também culpados. Só fomos dar o primeiro chute de fora da área depois dos 20 minutos do segundo tempo. É preocupante. É trágico. Será que os caras lá dentro não estavam vendo que não estavam conseguindo entrar tocando? Quem não chuta, não faz. Se não dá pára entrar na cara do gol, bate de fora! É óbvio.

Temos que admitir que não somos mais os melhores do mundo e não temos mais um super time. Temos bons jogadores e só. Não temos um time. O Brasil depende muito de jogadas individuais de Robinho, Ronaldinho, Diego e, quando joga, Kaká. Só isso é pouco. Robinho, como já disse o José Simão, é triatleta, corre, pedala e... nada. Diego fica mais no chão do que em pé. Ronaldinho parou de jogar no primeiro semestre de 2006, contenta-se em ficar parado na esquerda, fazendo chuveirinhos. Não temos jogadas pelas laterais, cobrança de falta ensaiada, triangulações, chutes de fora da área, não temos nada. Quando não acertamos uma jogada individual, acontece o que houve ontem. Ou melhor, deixa de acontecer, pois nada acontece. E mesmo assim boa parte da imprensa segue dizendo que somos os melhores do mundo, que os jogadores precisam “se apresentar mais na partida”, precisam “atitude”, isso e aquilo. O Brasil precisa, antes de tudo, assumir suas limitações.

Depois do jogo contra o Chile, imagens mostraram Robinho no vestiário batendo no peito e afirmando aos repórteres algo do tipo: “Somos os melhores do mundo. O futebol brasileiro precisa ser respeitado”. Será que nós somos a melhor seleção do mundo? Tenho cá minhas dúvidas. E essa desculpa que a Bolívia veio para jogar atrás, com “duas linhas de quatro”, não cola. E desde quando a Bolívia vem para jogar na frente? Contra o Brasil, salvo Holanda, Argentina e França, todas as seleções jogam atrás. Todas. Desde sempre, há muito tempo já é assim. Esse papinho batido das famosas “duas linhas de quatro” não cola. O Brasil sabe (ou um dia já soube) furar retrancas; com velocidade, tabelas, dribles, etc.

Essa geração que caiu inerte frente à França na Copa de 2006 e tombou também apática frente à Argentina na Olimpíada de 2008, corre sério risco de entrar para a história como a geração Bunda Mole. Joga para o gasto e perde sem esboçar reação, típico de um bunda mole.

1 Comentários:

Assino embaixo!!!

E digo mais: Luxemburgo para técnico da seleção!! =P

By Anonymous Anônimo, at sexta-feira, 12 setembro, 2008  

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1 Cornetadas

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