Corneta Esportiva

Diego Corneta

Clássico?
Corinthians: Felipe; Cadu, Zelão e Betão (Wilson); Pedro (Carlos Alberto), Marcelo Mattos, Rosinei, Dinelson (Dentinho) e Marcelo Oliveira; Everton Santos e Clodoaldo. Palmeiras: Diego Cavalieri; Nen, Gustavo e Dininho; Paulo Sérgio, Pierre, Wendel (Makelele), Martinez, Caio e Valmir (Leandro); Luís (Bruno Farias). Esses foram os jogadores que entraram em campo no jogo mais antigo e mais tradicional de São Paulo. Apesar de vestirem as camisas de Palmeiras e Corinthians, não dá para chamar o jogo de clássico. São dois times ridículos. Se juntarmos todos os jogadores, mal dá para contar 11 e formar um único time. Com um ataque nulo, o Corinthians não conseguiu ameaçar o Palmeiras, que, por sua vez, conseguiu achar um gol num lance casual, já que seu ataque também é patético. Já tinha escrito isso aqui e não é nenhuma novidade, o time do Corinthians é limitadíssimo. Vai lutar pela Sul-Americana, ou para não cair.

Botafogo é o melhor sim
O Botafogo não é as 1.000 maravilhas que os comentaristas cariocas propagam, mas é sim o melhor time do campeonato. É inferior ao Cruzeiro de 2003, ao Santos de 2004, ao Corinthians de 2005 e ao São Paulo de 2006. Ainda assim, o Botafogo de Dodô, Zé Roberto e Lúcio Flávio é o melhor do torneio.

Nepotismo no futebol ou parente é serpente
Sócrates e Raí, um craque e outro grande jogador, irmãos. Djalma Santos e Djalminha, dois craques, pai e filho. Domingos da Guia e Ademir da Guia, dois craques, pai e filho. Pelé e Edinho, um semi-Deus e outro medíocre, pai e filho. Assis e Ronaldinho Gaúcho, um inexpressivo e outro craque, irmãos. Kaká e Delani, craque do Milan e medíocre atacante (conhecido, é sério, por Koko), primos. Maximiliano Biancucchi e Lionel Messi, um é destaque do Sportivo Luqueño (Paraguai), outro é destaque do Barcelona, primos. Maximiliano Biancucchi, ou simplesmente Max, é o novo reforço do Flamengo. Destaque do Sportivo Luqueño? Se não, sei não...

Bonito de se ver
A Argentina jogando é música para os olhos. Dominam todas as ações do primeiro ao último minuto, seus jogadores raramente dão mais que dois toques na bola, jogam coletivamente e mesmo assim conseguem dar espaço para as estrelas brilharem. O time é muito ofensivo e a defesa é pouco confiável, mas o toque de bola deles é assombroso. Jogam no melhor estilo argentino histórico, muito toque de bola e muita técnica do meio para a frente. Podem não ganhar a Copa América, mas vai ser difícil perder.

O fantasma de 94
Prestem atenção, aos poucos o Dunga está forjando a seleção atual à imagem e semelhança da seleção de 1994. Em 94, tínhamos um meio-de-campo com Dunga, Mauro Silva, Mazinho e Zinho. Dois "volantes-volantes", um volante com bom passe e outro “armandinho”, um desses meias que rodam muito e fazem pouco. Todos marcavam, mas somente dois saíam mais para armar. Mas sem a bola, todos eles comportavam-se como volantes. A seleção que terminou o jogo contra o Chile tinha Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Júlio Batista. Todos volantes! A comparação é inevitável. A diferença é que em 94 tínhamos dois ótimos laterais e uma das melhores duplas de ataque de todos os tempos, com Romário e Bebeto. Hoje temos laterais fracos e um ataque de um homem só. Dunga está completamente equivocado e perdido. Sorte dele é que de vez em quando aparece um Robinho para lhe salvar a pele.