Corneta Esportiva

Diego Corneta

Em seus próprios domínios, o Corinthians foi humilhado pelo Náutico, 2X0. E, pelo andamento do jogo, ficou barato. O feio e vergonhoso não foi perder para um time nordestino, como diz um comentário preconceituoso aí embaixo. O feio foi perder sem lutar, jogando muito mal. Pior, o humilhante mesmo foi perder para um time fraco que tem Gléguer no gol e PC Gusmão no banco. Gléguer é um peru famoso, já o PC Gusmão é o maior farsante dos técnicos brasileiros.

Fala-se muito que Joel Santana é ruim. Concordo, ele é ruim, teimoso e ultrapassado; mas ele, ao menos, tem dois brasileiros (pelo Botafogo e Vasco) e alguns cariocas no currículo. Já o PC Gusmão nunca fez nada. Seu único mérito é ter sido “assistente técnico” do Luxemburgo, no Cruzeiro. PC é figura recorrente aqui em meus textos, fico particularmente intrigado com a sua capacidade de conseguir empregos. Voltamos ao jogo de ontem.

Foi um massacre, 2X0 ficou muito barato. O Náutico dominou o jogo inteiro e não deu chances ao Corinthians. O Timão portou-se de maneira ridícula, desorganizado e covarde. O time não tem nada, não tem goleiro, não tem defesa, não tem meio-de-campo e não tem ataque. Ontem, além das deficiências já citadas, o time não teve raça, não teve hombridade e não teve coragem. Fui ao estádio e foi o pior jogo que eu já vi ao vivo. Péssimo, péssimo.

O garoto Everton (18 anos) deveria ter entrado em campo de fraldas, pois tenho certeza que ele fez nas calças. O garoto sentiu muito a pressão e errou absolutamente tudo o que tentou. Para não dizer que seu aproveitamento negativo foi 100%, ele acertou um único passe e pôs Wilson em boas condições de marcar. Bom, mas sabemos da competência do Wilson... O goleiro Jean, velho e peru em todos os times que passou, foi contratado para ser a “solução” e entregou nos dois jogos. Falhou nos Aflitos e voltou a falhar no Pacaembu. Deve ter sido sua última partida pelo time – ainda bem!

O ataque corintiano é patético, não ameaça nem o Íbis. No desespero e na necessidade de empatar o jogo, Carpegiani lançou dois garotos, Lulinha e Alisson. Ambos de 17 anos. Coitados, foram atirados aos leões. Estrear no Pacaembu lotado para resolver um jogo não é fácil, ainda mais quando se tem 17 anos recém completados. Tentaram, mas erraram mais do que acertaram, compreensível. Fim da Copa do Brasil e férias. No campeonato brasileiro, mais uma vez, o time vai lutar para não cair.

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