quinta-feira, agosto 10, 2006
Jogaço
Diego CornetaA primeira partida da final da Libertadores foi um jogaço, realmente foi um puta jogo de futebol. As duas equipes jogaram para ganhar. Não teve essa de retranca e jogo de ataque contra defesa, como é costume em jogos de Libertadores. O jogo foi muito disputado, rápido e recheado de ótimos lances.
Como já escreveram aqui, a expulsão do Josué foi simplesmente inacreditável. Contribuiu e muito para o domínio do Inter no primeiro tempo. Tuba tem razão, Muricy demorou para mexer. Com três zagueiros atrás e o Danilo lá na frente, o Mineiro ficou sozinho e sobrecarregado no meio-campo. O Inter tomou conta, principalmente com Tinga, que jogou muito. Muricy deveria ter sacado um zagueiro e colocado um volante para recompor o time.
Discordo quando Tuba fala que Muricy deveria ter sacado o Leandro. Como já escrevi acima, acho que ele deveria ter tirado um dos três zagueiros. Leandro Gianecchini também jogou muito bem. Percebeu que Mineiro estava sozinho e voltava para ajudar. Ele roubou algumas bolas e ainda apareceu (e bem!) no ataque.
Porém, muito mais burro que o Josué foi o tal de Fabinho. Num lance bobo, ele tratou de por o jogo em igualdade numérica. Mesmo assim, o Inter continuou dominando o meio de campo. E foi numa jogada pelo meio, iniciada por Alex, que o Inter achou o primeiro gol. Entraram tocando pelo meio, lá do círculo central, até a bola achar os pés do ótimo Rafael Sóbis. Deu no que deu, 1X0.
O segundo gol foi num rápido contra-ataque. Depois de Rogério salvar o que seria um gol contra de Junior, a bola bateu no travessão e caiu nos pés de Rafael Sóbis; livre, 2X0. O Inter poderia ter decidido o título ontem mesmo, Sóbis ainda teve a chance de fazer 3X0 e matar o SPFC. Num cruzamento (quem cruzou aquela bola, o Souza ou o Leandro?) o São Paulo ainda cavou um golzinho; Edcarlos marcou. Esse gol foi importante, põe o tricolor de volta no páreo. Dois gols de diferença é sempre muito difícil de reverter em mata-matas. Na minha vida toda, só me lembro de dois exemplos assim. Quarta que vem tem mais e o Inter está com uma das mãos na taça.
Novo jogo
É notório. De uns tempos para cá, os meias estão cada vez mais raros no futebol mundial. Vejam vocês, estou falando de meia-armador. Pois hoje em dia o que tem bastante é meia-atacante, como Ronaldinho, Kaká, e Alex, por exemplo. O meia clássico, aquele que bota a bola no chão e dita o ritmo do jogo, está em extinção. O último grande meia-armador que vimos foi o Zidane. Hoje ainda temos alguns, como Ricardinho, Deco e Lampard. Mas eles estão sumindo.
Por outro lado, também é notório no futebol mundial outra tendência: volantes que sabem sair jogando e aparecem no ataque. Vimos isso claramente na última Copa. Foi a Copa dos volantes, Pirlo (Itália), Maniche (Portugal), Frings (Alemanha), Vieira (França), Cambiasso (Argentina) e Zé Roberto (Brasil) se destacaram. Nois dois times finalistas da Libertadores também vemos isso. São Paulo tem Mineiro e Josué; dois volantes que marcam muito e aparecem bem no ataque. O Inter tem Tinga e Edinho.
O volante que sabe sair para o jogo está tomando o lugar dos meias e o resultado disso é que o jogo está ficando mais rápido. A bola chega com muita velocidade ao ataque. Evidentemente não é em todos os jogos isso acontece, e nem todos os times têm volantes apoiadores. Mas há uma nítida tendência no ar. Saem os volantes brucutus e os meias. Entram os volantes apoiadores e os meia-atacantes. Outra prova disso é a última convocação para a seleção. Não há um meia sequer na lista, mas muitos bom volantes e alguns meia-atacantes.
Última notícia
O Betis anuncia em seu site oficial que Ricardo Oliveira não vai jogar a final do dia 16.
3 Comentários:
Então, Diego. Será que esses volantes que saem para o jogo não eram meias que aprenderam a marcar? Pq, convenhamos, é mto mais fácil vc fazer um meia marcar do que um volante cabeçudo armar um time.
Foi um jogão, o de quarta-feira. Mas foi só a habitual sorte tricolor abandonar o time do MorumBIBA que deu no que deu.
Calma bambizada. Ainda dá pra vc's.
By , at sexta-feira, 11 agosto, 2006
Então Anselmo, acho que não.
Meias e volantes são jogadores de estirpes diferentes. Meia é mais técnico, geralmente é mais lento, mas é muito preciso.
Volantes, geralmente, têm ótimo preparo físico (Tinga ou Mineiro, por exemplo), mas não têm a técnica tão refinada como os meias.
By , at sexta-feira, 11 agosto, 2006
Volantes que sabem jogar se destacam no 352. Se jogarem no 442, fodem a defesa e amarram os laterais. É histórico.
Como muitos times passaram a jogar no 352...
Obrigado pelo caloroso apoio que vem da lanterna mais acessa do que nunca.
By , at sexta-feira, 11 agosto, 2006
3 Cornetadas