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quinta-feira, agosto 17, 2006

Incontestável, ou a história dos Bambis que tomaram no Sul 

Diego Corneta

Pois é, tricolores. Não deu. O Internacional é o atual campeão da Libertadores da América. O título foi simplesmente incostestável; não há dúvida nenhuma. O Inter jogou melhor nos dois jogos e mereceu as faixas. Não tivemos lances polêmicos ou duvidosos, todos os gols foram legais. As arbitragens trabalharam bem nos dois confrontos e, tirando dois impedimentos equivocados à favor do São Paulo, o restante das apitadas e baideiradas foram perfeitas. Venceu quem jogou melhor. Ou, se preferirem, quem errou menos.

Ontem, o jogo começou tenso. Muito corrido e nervoso, como é comum em muitas finais. Lugano logo desperdiçou duas chances de abrir o placar. Sorte do Inter; azar do São Paulo. E justamente o tal “ponto de referência”, líder e “craque” são-paulino fraquejou. Sim, muitas vezes o acaso (também conhecido como senhor Sobrenatural de Almeida) se faz presente em lances inusitados. Pior, posta-se ao lado de jogadores considerados “intocáveis” e “infalíveis”.

Tinga, um monstro! Nos dois sentidos, literal e figurado.

Sim, meus caros leitores e eventuais leitoras, Rogério Cena fraquejou. Glu, glu. Glu, glu. Soltou uma bola fácil e abriu o caminho para o Inter. Porém, o time do São Paulo é muito bom e voltou para o segundo tempo decidido a mudar os rumos da partida. Fabão empatou logo no início. O jogo pegou fogo. Tinga (talvez o melhor jogador das finais) foi premiado com o gol do título e esfriou o ímpeto tricolor.

Rogério Cena bate roupa e entrega a rapadura.

Mas o SPFC não estava morto. Lenílson entrou no lugar do inoperante Danilo – que, verdade seja dita, não jogou nada nos dois jogos – e empatou o jogo. Pela segunda vez, o jogo pegou fogo. Ficou quente até os últimos minutos e o São Paulo – de novo, verdade seja dita – tombou em pé, lutando até o final. Muricy fez tudo o que estava ao seu alcance e, na minha opinião, deve ser mantido no comando. Mais do que aquilo, só se ele entrasse em campo e jogasse. Não deu para o São Paulo, não suportaram a superioridade do Inter. Internacional Campeão. Não me contenho, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha.

Horário Político, circo
Vocês viram que Eurico Miranda é candidato a deputado federal? Ele demonstrou mais uma vez que coloca os interesses do país acima de tudo: “Comigo em Brasília, ninguém prejudica o Vasco”. Agora a coisa vai. E viva o Brasil-sil-sil!

Ronaldo, o fim de uma era
Muita gente (eu me incluo nessa) defende que a história do Ronaldo na seleção já acabou. Assim como acabou o tempo de Cafu, Émerson e Roberto Carlos. Ronaldo terá 34 anos na próxima Copa. Seu estilo de jogo depende muito da sua condição física. E sua condição física depende muito do seu estilo de vida. Com claras tendências para engordar, com facilidade em se contundir, fumando e bebendo; a seleção não precisa mais de Ronaldo. Foi um dos maiores atacantes que o Brasil já teve, sem dúvida ele é um dos grandes da história. Porém, é chegada a hora da aposentadoria. Leiam a ótima matéria abaixo, saiu no "Jornal da Tarde", de 14/08.

Mau exemplo
Saiba por que Ronaldo saiu da Copa do Mundo chamuscado com a CBF

LUÍS AUGUSTO MONACO, luis.monaco@grupoestado.com.br

Dentro de campo até que Ronaldo não foi tão mal na Copa do Mundo, com um rendimento melhor do que o dos outros integrantes do “quadrado mágico”. Mas seu comportamento fora de campo foi uma decepção para a CBF e a comissão técnica - da atitude desleixada de se apresentar em Weggis muito acima do peso à falta de concentração na competição. Por isso, para continuar na Seleção na “era Dunga”, ele terá de se enquadrar no padrão de conduta que Ricardo Teixeira e o novo comando da equipe exigirão dos jogadores.

O presidente da CBF não quer mais saber de quem só se interessa pelo “filé”. Jogador que pede dispensa de competição - como Ronaldo pediu da Copa das Confederações de 2005 -, de jogos disputados fora da Europa, ou que mostrar má vontade em amistosos contra seleções que não são do primeiro escalão não terá futuro com a camisa amarela.

Nos 40 dias em que a Seleção esteve reunida - contando o período de treinos na Suíça -, o que mais chamou a atenção no comportamento do Fenômeno foi seu individualismo. Com tudo o que representa no futebol mundial, pelos números impressionantes de sua carreira e pela grande força de vontade que demonstrou para superar quase dois anos de inatividade e brilhar no Mundial de 2002, ele poderia ter sido o grande líder de uma equipe que jogava com a pressão de ser favorita ao título. Mas em nenhum momento Ronaldo exerceu esse papel ou foi um “jogador de grupo”, capaz de mobilizar os companheiros na batalha pelo hexa.

Foi uma postura bem diferente da de Zidane, por exemplo. O francês, que tinha deixado a seleção depois da Eurocopa de 2004, voltou quando percebeu o grande risco que o time corria de não se classificar para a Copa. E seu carisma e liderança fortaleceram o grupo, que surpreendeu na Alemanha chegando à final.

No dia 22 de março, exatamente dois meses antes da data marcada para a Seleção se apresentar na Suíça para o início dos treinamentos, Carlos Alberto Parreira esteve em São Paulo para dar uma palestra e deixou claro aos jornalistas o que esperava de Ronaldo no Mundial: “Com tudo o que ele já passou, com toda a vivência, com toda a celebridade que é, ele tem de chegar e ser o nosso grande líder. Além de jogar, o Ronaldo vai ter a responsabilidade de ser o nosso grande líder.”

Para uma pessoa que passou os 40 dias dentro da concentração, ainda ecoa uma frase que o Fenômeno soltou para deixar claro que não suportava mais o tédio que imperava na concentração de Leverkusen - que abrigou a Seleção nos três últimos jogos da Copa. “Tenho 80 milhões (R$ 221,4 milhões) na conta e fico fechado num lugar desses, sem nada para fazer.”

Isso chegou aos ouvidos de Ricardo Teixeira e da comissão técnica, que ficaram muito desapontados. Não por acaso, Dunga disse numa entrevista publicada semana passada que durante a Copa do Mundo o jogador “precisa fazer sacrifícios e abrir mão de coisas que depois terá quatro anos para fazer.”

Cigarro e refrigerante
Também não pegou bem o fato de Ronaldo nunca demonstrar na concentração que estava focado no próximo adversário. Nas conversas com os jogadores, ou contava piadas ou falava de suas conquistas amorosas.

Segundo informações de uma fonte de dentro da concentração, Ronaldo se tornou um exemplo ruim para os jogadores com pouco tempo de Seleção. Não só por não demonstrar comprometimento com o time, mas também por não se cuidar como um atleta de ponta deveria. Ele fuma muito e não segue uma dieta das mais recomendáveis, se entupindo de refrigerante - o que provavelmente contribuiu muito para que moldasse a silhueta roliça com que chegou a Weggis.

De acordo com essa fonte, que o considera um mau exemplo, Ronaldo é hoje o que Romário era quando estava começando na Seleção. O Fenômeno se sente intocável, livre para se comportar como quiser. O Baixinho só levou uma trombada quando topou com Felipão. O Fenômeno talvez leve a sua de Dunga, outro gaúcho bravo.

PS 1
Ninguém viu e ninguém deu a mínima. Ainda em clima de ressaca pós-Copa, o Brasil empatou em 1X1 ontem com a Noruega, lá em Oslo.

PS 2
Leão estreou e o Timão voltou a vencer. Fez 2X1 no alquebrado Fluminense, lá no Rio. Empata em pontos com o Santa Cruz, mas ganha em outros critérios. Ou seja, a lanterna passa para as mãos dos pernambucanos.

5 Comentários:

Pode aproveitar que é raro ver corintiano feliz.

By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 17 agosto, 2006  

Só clichê, parece uma mistura de Milton Neves, Datena, Kajuru... Bom, pelo menos os doentes estão felizes com a lanterna.

By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 17 agosto, 2006  

Anônimo,
Críticas são bem-vindas. Mas, criticar e não assinar é tão fácil.
Não precisa ter medo e volte sempre!

By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 17 agosto, 2006  

É bambizada... falaram pra vc's que o Tricolixo seria campeão da Libertadores, né? Pois é... TINGAnaram!

hahaahhaahahhahhahah...

Berrantes, tubas e pratos se calaram. E eu acho é pouco.

By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 17 agosto, 2006  

Chupa Bambi!
Na churrascaria gaúcha, o prato do dia é FRANGO CENI!

By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 17 agosto, 2006  

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5 Cornetadas

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