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segunda-feira, maio 01, 2006

Kobe Bryant: destruidor... 

por Fábio Fleury

Meus caros amigos da Corneta Esportiva. Estou de volta. Mas, diferente de outras vezes, não prometo nada. Vou postar agora e pronto. Quando outros posts rolarem, rolarão. E, pra variar, hoje não posto sobre futebol (o próximo, quando e se rolar, vai ser sobre a tensa e complicada relação entre o Corinthians e a arbitragem), mas sobre basquete. Ou melhor, sobre a NBA, que é o único basquete que eu gosto.

O jogo de ontem entre o Los Angeles Lakers e o Phoenix Suns, no Staples Center, em LA, já entrou pra história. Kobe Bryant, mais uma vez nessa temporada, foi o principal (mas não único) responsável por isso. Em 2005/06, o número 8 dos Lakers tem jogado como nunca na vida. Marcou 81 pontos contra o Toronto Raptors (a segunda maior pontuação de um só jogador em um jogo na história da Liga, atrás dos insuperáveis 100 do lendário pivô Wilt Chamberlain nos anos 60), fez 62 pontos contra o Dallas Mavericks (sem pisar na quadra durante o último quarto do jogo), que até aquele momento do jogo tinha marcado 61.

Os Suns eram favoritos absolutos para derrotar os Lakers. Fizeram a terceira melhor campanha da Conferência Oeste sem um de seus melhores jogadores, o ala-pivô Amaré Stoudamire. O time do Arizona tem um estilo baseado na correria e nos chutes de três pontos, pra compensar a falta de tamanho dos jogadores que atuam dentro do garrafão, e era o time de melhor ataque na liga. Kobe e os Lakers, no entanto, venciam a série por 2 a 1, de virada.

Até que veio o jogo de ontem, que provavelmente selou o destino da série. Os Suns vinham jogando melhor na partida e, depois de uma cesta de três pontos do ala Tim Thomas, venciam, no último período, por 90 a 85. Faltando 11 segundos para o fim, o armador Smush Parker acertou uma belíssima cesta de três, deixando os Lakers apenas dois pontos atrás.

Depois de um pedido de tempo, o armador canadense Steve Nash, principal jogador do Phoenix, dono do título de jogador mais valioso (MVP) da temporada passada e virtual ganhador do prêmio este ano e ex-goleiro das seleções de base do Canadá, recebeu a bola na lateral da quadra e Smush, com um toque sutil, tomou dele e entregou para Devean George, que na corrida passou para Kobe. Bryant invadiu o garrafão pela direita, deu uma finta desconcertante em Raja Bell e, faltando 7 décimos de segundo para o fim do jogo e marcado em cima pelo francês Boris Diaw, converteu a bandeja que empatou o placar em 90 a 90 e levou a decisão para o tempo extra.

Na prorrogação, os Suns estiveram à frente do marcador até os Lakers empatarem em 95 a 95. Nash então acertou uma cesta de três, e parecia mais uma vez que estava tudo decidido. Até que Bryant, mais uma vez, mudou tudo. Se infiltrou e fez uma cesta de dois, deixando LA apenas um ponto atrás. Nash mais uma vez recebeu a bola e avançou pela lateral da quadra, até esbarrar na marcação de Lamar Odom e Luke Walton. Este último, filho do lendário Bill Walton (maior jogador da história do Boston Celtics), tentou tomar a bola de Nash e a arbitragem marcou bola presa.

Na bola ao alto, com 98 a 97 para os Suns e faltando 6 segundos para o fim da prorrogação, Walton errou o primeiro salto e, esticando o braço, conseguiu empurrar a bola para seu lado esquerdo, procurando, como sempre, Kobe Bryant. O ala-armador pegou a bola quase em cima da linha, avançou em diagonal, e, do lado direito do garrafão, fez o arremesso marcado por dois jogadores do Phoenix. A bola fez uma trajetória perfeita (o bom e velho 'chuá') e morreu dentro do aro dos Suns, no instante em que o cronômetro zerou. 99 a 98 para os Lakers, levando os quase 19 mil torcedores do Staples Center à loucura.

Os dois times voltam a jogar amanhã, em Phoenix. Os Lakers podem fechar a série com mais uma vitória e contam com um retrospecto mais do que favorável. Praticamente todos os times que abriram 3 a 1 em uma série melhor-de-sete saíram classificados. Na semifinal da conferência, os Lakers podem encarar o outro time de LA, os Clippers, que lideram sua série contra o Denver Nuggets (do brasileiro Nenê que, lesionado, não jogou durante quase toda a temporada) também por 3 a 1. O confronto angeleno seria inédito na história da liga.

Outra série que merece destaque acontece no Leste, entre o Miami Heat e o Chicago Bulls. Com um time jovem, os Bulls estavam praticamente fora dos playoffs, mas garantiram a classificação com uma série de vitórias no final da temporada regular. O Heat, que tem um time respeitável, com o pivô Shaquille O'Neal e o armador Dwyane Wade, um dos jogadores jovens mais talentosos da NBA, está tendo um trabalho danado contra o time de Chicago. A série está empatada por 2 a 2.

Encerrando este texto interminável, quero falar rapidinho do ala-armador LeBron James, mais um dos candidatos a 'novo Michael Jordan'. Após três temporadas, ele finalmente conseguiu levar o Cleveland Cavaliers de volta aos playoffs e, em seu primeiro jogo, marcou um triple double (32 pontos, 11 rebotes e 11 assistências) na vitória dos Cavs sobre o Washigton Wizards, por 97 a 86. Foi a primeira vez que um jogador conseguiu um triple double em seu primeiro jogo nos playoffs desde que Magic Johnson fez isso pelos Lakers em 1980/81. Nem Jordan fez isso. Mesmo assim, Cavs e Wizards têm duas vitórias cada na série.

10 Comentários:

Ué??? Mas o Kobe Bryant não era o "novo Michael Jordan" ???

Ou o "novo MJ" não seria o Allen Iverson ???

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

Não vai ter um "novo Micheal Jordan". Podem vir jogadores espetaculares, como os citatos Bryant e James. Mas igual ao Jordan, nunca.

E o Detroit Pistons? =P

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

O Pistons venceu o Milwaukee Bucks ontem à noite e lidera a série por 3 a 1... E o Kobe é, até agora, o que mais se aproximou de ser o 'novo Michael Jordan', mas é como o Anselmo falou, nunca vai existir, mas os caras continuam procurando... O que tem de parecido entre ele e o Jordan é que os dois são os maiores nomes individualmente da NBA em seus tempos... Mas é mais ou menos como o Santos e a eterna viuvez do Pelé... Nunca mais aparece outro...

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

O Diego Corneta tem um candidato para substituir o Pelé. Joga no Barcelona... é brasileiro... Mas eu nao vou falar quem é! =p

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

Ah, o cara do Barcelona joga mais que o Pelé, hein??? hehehe

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

Não sei se haverá um novo Jordan. Acho difícil e certamente não é o Bryant, nem o Lebron James.

Mas, duvido que haja um novo Pelé. Quando surgir um moleque que ganhar uma copa com 17 anos, podemos começar a discutir.

PS - Não vale jogadores da Africa que têm 17 anos e filhos adolescentes torcendo na arquibancada.

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

Não sei se haverá um novo Jordan. Acho difícil e certamente não é o Bryant, nem o Lebron James.

Mas, duvido que haja um novo Pelé. Quando surgir um moleque que ganhar uma copa com 17 anos, podemos começar a discutir.

PS - Não vale jogadores da Africa que têm 17 anos e filhos adolescentes torcendo na arquibancada.

By Anonymous Anônimo, at terça-feira, 02 maio, 2006  

Acho que nem o Bryant quer ser o novo Jordan, ele quer ser o Kobe Bryant mesmo, e acabou... Pra se ter uma idéia, o Jordan só foi ser campeão da NBA aos 29 anos... O Kobe tem 27 e é tricampeão... Ou seja, ainda tem muita lenha pra queimar... Podem dizer que foi com o Shaquille O'Neal, mas ele foi absolutamente essencial em todos os títulos...

O LeBron provavelmente é quem tem mais chance de ocupar esse cargo... Pelo menos até aparecer o próximo candidato...

By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 03 maio, 2006  

E o Pipoka?
Não seria ele o Michael Jordan brasileiro?

By Anonymous Anônimo, at quarta-feira, 03 maio, 2006  

O Michael Jordan brasileiro é a Hortência.

Assim como o "Magic Jonhson Tupiniquim" é a (Magic) Paula.

By Anonymous Anônimo, at quinta-feira, 04 maio, 2006  

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