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segunda-feira, abril 17, 2006

O jogo da Páscoa 

Diego Corneta

Nem Real Madrid X Getafe, nem Grêmio X Corinthians e muito menos São Paulo X Flamengo. O MEU jogo do MEU final de semana foi um da série B. Sim, da segunda divisão. Esse ano a segundona vai pegar fogo. Será no sistema de pontos corridos, com turno e returno. Pode não ser a fórmula mais emocionante, mas para um campeonato longo, é a mais justa. São 20 times, sobem quatro e caem quatro, simples assim.

Algumas equipes tradicionais estão lá, como: Atlético-MG, Sport, Náutico, Guarani, Coritiba e Portuguesa. Isso sem falar naquelas que estão (ou estiveram) em evidência nos últimos anos, como: Paulista, Santo André, Paysandu, e Brasiliense. Os dois primeiros acabaram de ganhar a Copa do Brasil, e os dois últimos acabaram de disputar a forte série A.

Para prestigiar tão digno e importante campeonato, eu estava lá, presente na abertura da série B. Sim, testemunha ocular. Tarde de sol na região conhecida por Alta Paulista. O acanhado, porém confortável, estádio Bento de Abreu (o Abreuzão!) recebeu mais de 5 mil torcedores; visualmente isso me pareceu uns 70% do estádio. Não sei qual é sua capacidade e essa porcentagem é um chute tão confiável quanto uma finalização do Bobô.

Marília X Atlético-MG, eis o jogo da Páscoa! E foi simplesmente horrível. Péssimo. O time do Marília corre muito e pensa pouco. Suas "jogadas" de ataque se resumem a chutões e disparadas individuais, bem ao melhor estilo "vaca louca". Mesmo assim, o Tigrão (sim, esse é o apelido do Marília) pressionou mais e teve um pênalti claro não anotado.

O time do Atlético-MG me pareceu muito fraco para quem quer sair da segundona. Não reconheci nenhum jogador, são todos novos e desconhecidos. O goleiro me pareceu bom, mas o camisa 10 (um loirinho cabeludinho que parecia um dos Hanson) foi péssimo. O camisa 11 também foi bem, é um canhoto baixinho, rápido e driblador, típico camisa 11 mesmo. O tal revelação Ramón estava contundido e entrou apenas nos 20 minutos finais. Mas ele foi muito bem, dá para perceber que ele tenta fugir da mesmice e procura criar jogadas diferentes, talvez ele possa realmente ser bom.

O placar foi um empate,1X1, e não poderia ter sido outro. Os dois times não fizeram por merecer a vitória. O gol do Marília foi fruto de uma jogada de correria (também não poderia ter sido diferente) do camisa 10, Alisson. Ele correu e conseguiu cruzar para o 11, Wellington Amorim. O gol de empate do Atlético foi fruto de uma jogada do ligeirinho camisa 11. Ele passou por dois marcadores, foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro para trás. Alguém chutou, a bola desviou, bateu na trave e, no rebote, empurraram para dentro. Não sei quem fez o gol do Galo, na verdade, não sei o nome de ninguém do time mineiro, só do tal revelação, Ramón.

Fazia muito tempo que eu não ia ao estádio em jogos, digamos, menores. Foi ótimo. Não o jogo, mas o ambiente. É muito mais leve e descontraído que o Pacaembu, por exemplo. A relação da torcida com o time é completamente diferente. A torcida é completamente diferente, a faixa etária é maior, há mais famílias e mulheres. Por conseqüência, há mais respeito entre os torcedores. Eles não se manifestam e nem torcem muito. Parecem não se envolverem com o jogo, apenas assistem e curtem. Talvez eles estejam certos, afinal o futebol não passa de um esporte, um entretenimento. É um esporte belo, imprevisível (até certo ponto) e muito gostoso de se ver, mas ainda assim é um esporte. Há paixões, história e emoções envolvidas, mas no fundo, é apenas um jogo.

1 Comentários:

Sei que estou sonhando, mas já pensou se o MAC sobe pra primeira? Se bem que, pelo que vc escreveu aí, se Tigrão NÃO CAIR já é lucro.

Quanto ao Brasileirão na série A... digamos que não perdeu nada.

By Anonymous Anônimo, at segunda-feira, 17 abril, 2006  

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1 Cornetadas

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