quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Burrice
Diego Corneta
“Mas eis o que eu queria dizer: – já fizeram o elogio da loucura e ninguém se lembrou ainda de fazer, muito mais procedente, da burrice. Vejam vocês: – o Sexo tem seu Freud, a Economia tem seu Marx. E ninguém observou o óbvio, ou seja: – a burrice influi mais no comportamento humano do que o fator sexual, ou econômico ou qualquer. (...) Amigos, temos que acabar com a burrice para que ela não acabe com o escrete.” Nelson Rodrigues.
Amigos, a burrice está se alastrando no futebol e, como prova a citação inicial, não é de hoje. Quem ontem viu São Caetano X Corinthians, sabe exatamente do que eu estou falando. Mesmo com muitos desfalques (sem Tevez, Ricardinho, Gustavo Nery, Wescley) o Timão fez um bom primeiro tempo e terminou vencendo por 1X0. Poderia ter sido mais, houve um pênalti escandaloso em cima do anão Elton.
Jogar lá no Anacleto Campanella é sempre pedreira e ainda por cima, o Corinthians é freguês do São Caetano. Em 16 partidas na história, vencemos apenas três. Lopes demonstrou todo o seu contentamento com o mísero placar e voltou para o segundo tempo com uma postura recuada e covarde. Burro. Tomou o empate logo aos cinco e o time não reagiu. Ou melhor, Lopes não agiu e o time não reagiu. Burro de novo. O pior de tudo é que os próprios jogadores pareciam estar satisfeitos com o empate. Sendo que uma vitória os levaria à liderança isolada. O time não jogou nada no segundo tempo, nada mesmo.
Nos quinze minutos finais, quando o Azulão cansou, o Corinthians cresceu, mandou bola na trave e pressionou. O que Lopes fez? Tirou Carlos Alberto e escalou o bom e jovem volante canhoto Ji Paraná, é isso mesmo, o cara tenta a sorte no futebol com a alcunha de Ji Paraná. Enfim, mesmo não fazendo uma boa partida, o Carlos Alberto pode acertar um chute de fora da área, sofrer um pênalti ou provocar uma expulsão. Não deveria ter sido sacado. Burrada do Lopes, mais uma vez. Por outro lado, o Fininho foi horrível novamente...
Eis que a burrice se manifesta de várias maneiras. Qualquer cidadão que tem mínimas noções de futebol, ao observar os jogos do Fininho, conclui que o menino simplesmente não nasceu para jogar bola. Muito menos para ser titular do Corinthians. O caso dele é bem parecido com o do Bobô. São péssimos e a comissão técnica, ou a diretoria (ou os dois juntos), insistem. Alguém tem que falar para o Fininho voltar para a escola e estudar. Ele é novo, ainda dá tempo. O bom e canhoto Ji Paraná deveria ter entrado no lugar do Fininho, é óbvio! Elementar!
O resultado da sucessão de burradas foi previsível: um amargo castigo. Um jogo que no primeiro tempo estava fácil, com o Marcelo sem precisar trabalhar, transformou-se num derrota dolorida. Um garoto estreante entrou e fez seu primeiro gol como profissional. Logo contra o Corinthians. Logo um golaço. Márcio caiu depois de erros burros, basta conferir os textos antigos aqui no Corneta, lá estão relatadas as burradas e o prenúncio de sua queda. Se Lopes continuar assim, não chega nem até o final do Paulista. Burro.
Para finalizar, termino citando um trecho da última coluna do Tostão na Folha de ontem. Falando sobre o clássico Atlético-MG 1X1 Cruzeiro, Tostão também escreveu sobre a burrice:
"No segundo tempo, o técnico Lori Sandri, que armou muito bem a equipe para esse jogo, retirou Marques, que fazia uma excepcional partida. Ninguém entendeu. Educadamente, Marques disse que foi uma opção tática do treinador. Mas a torcida, com razão, não perdoou com os gritos de burro. Todos temos em nossas vidas momentos de burrice. A diferença é que o treinador não pode escondê-la."
“Mas eis o que eu queria dizer: – já fizeram o elogio da loucura e ninguém se lembrou ainda de fazer, muito mais procedente, da burrice. Vejam vocês: – o Sexo tem seu Freud, a Economia tem seu Marx. E ninguém observou o óbvio, ou seja: – a burrice influi mais no comportamento humano do que o fator sexual, ou econômico ou qualquer. (...) Amigos, temos que acabar com a burrice para que ela não acabe com o escrete.” Nelson Rodrigues.
Amigos, a burrice está se alastrando no futebol e, como prova a citação inicial, não é de hoje. Quem ontem viu São Caetano X Corinthians, sabe exatamente do que eu estou falando. Mesmo com muitos desfalques (sem Tevez, Ricardinho, Gustavo Nery, Wescley) o Timão fez um bom primeiro tempo e terminou vencendo por 1X0. Poderia ter sido mais, houve um pênalti escandaloso em cima do anão Elton.
Jogar lá no Anacleto Campanella é sempre pedreira e ainda por cima, o Corinthians é freguês do São Caetano. Em 16 partidas na história, vencemos apenas três. Lopes demonstrou todo o seu contentamento com o mísero placar e voltou para o segundo tempo com uma postura recuada e covarde. Burro. Tomou o empate logo aos cinco e o time não reagiu. Ou melhor, Lopes não agiu e o time não reagiu. Burro de novo. O pior de tudo é que os próprios jogadores pareciam estar satisfeitos com o empate. Sendo que uma vitória os levaria à liderança isolada. O time não jogou nada no segundo tempo, nada mesmo.
Nos quinze minutos finais, quando o Azulão cansou, o Corinthians cresceu, mandou bola na trave e pressionou. O que Lopes fez? Tirou Carlos Alberto e escalou o bom e jovem volante canhoto Ji Paraná, é isso mesmo, o cara tenta a sorte no futebol com a alcunha de Ji Paraná. Enfim, mesmo não fazendo uma boa partida, o Carlos Alberto pode acertar um chute de fora da área, sofrer um pênalti ou provocar uma expulsão. Não deveria ter sido sacado. Burrada do Lopes, mais uma vez. Por outro lado, o Fininho foi horrível novamente...
Eis que a burrice se manifesta de várias maneiras. Qualquer cidadão que tem mínimas noções de futebol, ao observar os jogos do Fininho, conclui que o menino simplesmente não nasceu para jogar bola. Muito menos para ser titular do Corinthians. O caso dele é bem parecido com o do Bobô. São péssimos e a comissão técnica, ou a diretoria (ou os dois juntos), insistem. Alguém tem que falar para o Fininho voltar para a escola e estudar. Ele é novo, ainda dá tempo. O bom e canhoto Ji Paraná deveria ter entrado no lugar do Fininho, é óbvio! Elementar!
O resultado da sucessão de burradas foi previsível: um amargo castigo. Um jogo que no primeiro tempo estava fácil, com o Marcelo sem precisar trabalhar, transformou-se num derrota dolorida. Um garoto estreante entrou e fez seu primeiro gol como profissional. Logo contra o Corinthians. Logo um golaço. Márcio caiu depois de erros burros, basta conferir os textos antigos aqui no Corneta, lá estão relatadas as burradas e o prenúncio de sua queda. Se Lopes continuar assim, não chega nem até o final do Paulista. Burro.
Para finalizar, termino citando um trecho da última coluna do Tostão na Folha de ontem. Falando sobre o clássico Atlético-MG 1X1 Cruzeiro, Tostão também escreveu sobre a burrice:
"No segundo tempo, o técnico Lori Sandri, que armou muito bem a equipe para esse jogo, retirou Marques, que fazia uma excepcional partida. Ninguém entendeu. Educadamente, Marques disse que foi uma opção tática do treinador. Mas a torcida, com razão, não perdoou com os gritos de burro. Todos temos em nossas vidas momentos de burrice. A diferença é que o treinador não pode escondê-la."