terça-feira, janeiro 24, 2006
Vocem, as origens
Diego Corneta
São poucos os conhecedores do Vocem. Não me admiro, um time com um nome desses está condenado ao fracasso e à extinção. Vocem? Fala sério... Pois bem, Vocem é uma sigla para o Vila Operária Clube Esporte Marianos, um time lá de Assis, no interior paulista. O nome não agrada muito, mas sua história é interessante.
Tudo começou na primeira metade do século XX, quando a Congregação Mariana – ordem religiosa católica que existe desde os tempos dos jesuítas – adotou o "futebol fé". O futebol era incentivado pela igreja como motivação para unir os fiéis e aumentar os rebanhos. Em 1943 – 11 anos antes da fundação oficial do Vocem – o jornal Gazeta Esportiva já publicava matérias citando o time Mariano da Vila Operária de Assis. Na Vila Xavier, em Assis, e em Rancharia, cidade da região, também existiam outros times católicos.
O historiador Herivaldo Pereira pesquisou as origens do Vocem e dividiu a saga do clube em três períodos: mariano, amador e profissional. O período mais curioso, sem dúvida, é o mariano, que evidencia a genealogia católica e o caráter paroquial. “Nesse período, as partidas eram disputadas entre equipes marianas e contavam com grande simbolismo religioso”, diz Herivaldo.
A fundação do Vila Operária Clube Esporte Marianos aconteceu em 1954, e o fundador, quem diria, foi um padre, Aluísio Belini. A cor adotada – sabe-se lá por qual motivo – foi o roxo. Isso mesmo, por mais esdrúxulo que pareça. Duvido que exista um outro clube com a cor roxa em seus uniformes.
O time amador só entraria no circuito profissional em 1978, mas nunca conseguiu se firmar. A equipe era tradicional saco de pancadas e vai ver foi por isso que roxo era a cor oficial. Enfim, especulações à parte, o fato é que o Vocem não existe mais. A fé e as rezas existentes no início não foram suficientes para salvar o time. Amém.
Sobreviveu às duras penas até meados da década de 90 – não me lembro o ano exato – e afundou-se em dívidas, falta de apoio político e financeiro. Teve um fim melancólico, púrpura, roxo. Hoje a cidade tem o Clube Atlético Assisense, mas aí já é outra história.
São poucos os conhecedores do Vocem. Não me admiro, um time com um nome desses está condenado ao fracasso e à extinção. Vocem? Fala sério... Pois bem, Vocem é uma sigla para o Vila Operária Clube Esporte Marianos, um time lá de Assis, no interior paulista. O nome não agrada muito, mas sua história é interessante.
Tudo começou na primeira metade do século XX, quando a Congregação Mariana – ordem religiosa católica que existe desde os tempos dos jesuítas – adotou o "futebol fé". O futebol era incentivado pela igreja como motivação para unir os fiéis e aumentar os rebanhos. Em 1943 – 11 anos antes da fundação oficial do Vocem – o jornal Gazeta Esportiva já publicava matérias citando o time Mariano da Vila Operária de Assis. Na Vila Xavier, em Assis, e em Rancharia, cidade da região, também existiam outros times católicos.
O historiador Herivaldo Pereira pesquisou as origens do Vocem e dividiu a saga do clube em três períodos: mariano, amador e profissional. O período mais curioso, sem dúvida, é o mariano, que evidencia a genealogia católica e o caráter paroquial. “Nesse período, as partidas eram disputadas entre equipes marianas e contavam com grande simbolismo religioso”, diz Herivaldo.
A fundação do Vila Operária Clube Esporte Marianos aconteceu em 1954, e o fundador, quem diria, foi um padre, Aluísio Belini. A cor adotada – sabe-se lá por qual motivo – foi o roxo. Isso mesmo, por mais esdrúxulo que pareça. Duvido que exista um outro clube com a cor roxa em seus uniformes.
O time amador só entraria no circuito profissional em 1978, mas nunca conseguiu se firmar. A equipe era tradicional saco de pancadas e vai ver foi por isso que roxo era a cor oficial. Enfim, especulações à parte, o fato é que o Vocem não existe mais. A fé e as rezas existentes no início não foram suficientes para salvar o time. Amém.
Sobreviveu às duras penas até meados da década de 90 – não me lembro o ano exato – e afundou-se em dívidas, falta de apoio político e financeiro. Teve um fim melancólico, púrpura, roxo. Hoje a cidade tem o Clube Atlético Assisense, mas aí já é outra história.