quinta-feira, dezembro 15, 2005
Mudam as regras da Timemania
Por Gilse Guedes e João Domingos – O Estado de S. Paulo
Porcentual para times baixa para 22%, mas cartolas festejam rejeição a clube-empresa
A Câmara dos Deputados aprovou alteração ao projeto de lei que cria a Timemania que baixa de 25% para 22% o porcentual do dinheiro arrecadado destinado aos times de futebol. Isso porque foi aprovado um dos três destaques em votação, que vai repassar 3% do dinheiro para as Santas Casas do País. Agora, falta o Senado analisar o projeto da Timemania, um jogo de prognósticos idealizado pelo Ministério dos Esportes para ajudar os clubes. Ao contrário do que se poderia imaginar, os representantes dos clubes não chegaram a lamentar muito a queda da porcentagem destinada a eles. A maior preocupação era com o destaque que vinculava o aumento do prazo de pagamento das dívidas fiscais dos clubes à transformação em clube-empresa, que acabou rejeitado.
Na opinião do presidente do sindicato dos clubes, Mustafá Contursi, isso era uma forma de chantagem de pouco efeito prático no que diz respeito a evitar irregularidades. "Transformar time de futebol em empresa não garante transparência na administração, ou não teríamos tantos escândalos envolvendo bancos e empresas como temos visto ultimamente.”
O projeto da Timemania vai para o Senado. Mustafá diz que não sabe se ele terá mais dificuldades na aprovação do que no Congresso. De acordo com o projeto de lei, terão direito a receber parte do dinheiro da Timemania as equipes que cederem os direitos
de uso de seu nome, marca, emblema, hino ou de seus símbolos para a loteria.Do total arrecadado, 46% serão destinados ao prêmio do ganhador; 23%, aos times; 20%, para custeio e manutenção do serviço; 3%, ao Ministério do Esporte; 3%, ao Fundo Penitenciário Nacional (Fupen); 3% às Santas Casas; 2% aos Comitês Olímpico e
Paraolímpico e 1%, à Seguridade Social.
As equipes que devem à União poderão parcelar seus débitos vencidos até 30 de setembro deste ano junto à Previdência, ao INSS, à Receita Federal, à Procuradoria da Fazenda Nacional e ao FGTS, caso decidam participar da Timemania. A garantia será a renda da loteria.O parcelamento será feito em 180 prestações mensais caso o time seja empresa ou de 120 meses nos demais casos.
Após ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
a Caixa Econômica Federal vai definir como será o jogo, como as pessoas poderão
fazer suas apostas.
Quadro Resumo - clique sobre a imagem para ampliá-la
Porcentual para times baixa para 22%, mas cartolas festejam rejeição a clube-empresa
A Câmara dos Deputados aprovou alteração ao projeto de lei que cria a Timemania que baixa de 25% para 22% o porcentual do dinheiro arrecadado destinado aos times de futebol. Isso porque foi aprovado um dos três destaques em votação, que vai repassar 3% do dinheiro para as Santas Casas do País. Agora, falta o Senado analisar o projeto da Timemania, um jogo de prognósticos idealizado pelo Ministério dos Esportes para ajudar os clubes. Ao contrário do que se poderia imaginar, os representantes dos clubes não chegaram a lamentar muito a queda da porcentagem destinada a eles. A maior preocupação era com o destaque que vinculava o aumento do prazo de pagamento das dívidas fiscais dos clubes à transformação em clube-empresa, que acabou rejeitado.
Na opinião do presidente do sindicato dos clubes, Mustafá Contursi, isso era uma forma de chantagem de pouco efeito prático no que diz respeito a evitar irregularidades. "Transformar time de futebol em empresa não garante transparência na administração, ou não teríamos tantos escândalos envolvendo bancos e empresas como temos visto ultimamente.”
O projeto da Timemania vai para o Senado. Mustafá diz que não sabe se ele terá mais dificuldades na aprovação do que no Congresso. De acordo com o projeto de lei, terão direito a receber parte do dinheiro da Timemania as equipes que cederem os direitos
de uso de seu nome, marca, emblema, hino ou de seus símbolos para a loteria.Do total arrecadado, 46% serão destinados ao prêmio do ganhador; 23%, aos times; 20%, para custeio e manutenção do serviço; 3%, ao Ministério do Esporte; 3%, ao Fundo Penitenciário Nacional (Fupen); 3% às Santas Casas; 2% aos Comitês Olímpico e
Paraolímpico e 1%, à Seguridade Social.
As equipes que devem à União poderão parcelar seus débitos vencidos até 30 de setembro deste ano junto à Previdência, ao INSS, à Receita Federal, à Procuradoria da Fazenda Nacional e ao FGTS, caso decidam participar da Timemania. A garantia será a renda da loteria.O parcelamento será feito em 180 prestações mensais caso o time seja empresa ou de 120 meses nos demais casos.
Após ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
a Caixa Econômica Federal vai definir como será o jogo, como as pessoas poderão
fazer suas apostas.
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