quinta-feira, outubro 06, 2005
O silêncio dos "inocentes"
Diego Corneta
Eu até gostaria de falar apenas sobre o jogo propriamente dito, mas os recentes e escabrosos fatos não me permitem. Não dá para ignorar a reviravolta que está acontecendo no campeonato brasileiro. O Armando Marques foi destituído do cargo de presidente da comissão de arbitragem. O motivo? Não se pronunciou corretamente sobre os fatos e demorou em agir, tirou o corpo fora mesmo, como se não tivesse responsabilidade alguma.
Outros que não se manifestaram sobre o assunto foram a FIFA e a Conmebol. Da Conmebol (não consigo me acostumar a esse nome bizarro!) já era de se esperar, são um bando de incompetentes que gerenciam o futebol porcamente. Para dar uma idéia de como funciona a entidade que regula o futebol na América, eles condenaram a atitude do Grafite (a vítima!) e absolveram o Desábato (o agressor!). A Conmebol ainda não se pronunciou sobre o que vai acontecer com o jogo da Libertadores que foi fraudado pelo travesti de juiz. A FIFA, na Europa, puniu duramente os envolvidos em escândalos de falcatruas, mas sobre o caso brasileiro, o máximo que fez foi excluir o Edílson Pereira de Carvalho do seu quadro de arbitragem, não sobrou nada para os dirigentes coniventes e incompetentes.
Outro fato: o travesti de juiz Edílson Pereira de Carvalho já tinha apresentado para a Federação Paulista de Futebol um certificado falso de conclusão de segundo grau. Fecharam os olhos e se calaram, apenas deixaram-no na geladeira por alguns meses e depois ele voltou a apitar, digo, roubar. Se tivessem o expulsado, muita coisa poderia ser evitada. Lá na FPF está todo mundo jogando a bomba no colo do outro e ninguém assume a cagada. Vai esfriar e não vai acontecer nada com ninguém.
Mais uma: um dos incentivadores e apoiadores da indicação do Edílson Pereira de Carvalho para o quadro de arbitragem da FIFA foi ninguém menos que o próprio Ricardo Teixeira, que é o vice-presidente da comissão mundial de arbitragem. Em qualquer empresa de fundo de quintal, quando um funcionário (chefe ou subordinado, não importa) erra feio, é demitido por justa causa. Ricardo Teixeira (que, diga-se de passagem, enriqueceu na CBF) errou feio e continua com o prestigiado cargo de vice-presidente da comissão mundial de arbitragem.
Agora me respondam: como é que os dirigentes falam em "moralizar e mudar o futebol" se eles mesmo são os culpados pela maioria dos males? Hoje futebol é um milionário negócio. Enriquece muita gente e empobrece o esporte. O jogo e a paixão da torcida pouco importam.
Em tempo: A recém criada CNJ (Comissão Nacional de Justiça) foi acionada para remover Luiz Zveiter do comando do STJD. Ele é desembargador no Rio de Janeiro e não pode acumular dois cargos. É ilegal. Por trás disso tudo está a vontade em reverter a correta anulação dos 11 jogos. Possivelmente, o Zveiter vai cair sim, mas também possivelmente, a anulação vai ser mantida.
Eu até gostaria de falar apenas sobre o jogo propriamente dito, mas os recentes e escabrosos fatos não me permitem. Não dá para ignorar a reviravolta que está acontecendo no campeonato brasileiro. O Armando Marques foi destituído do cargo de presidente da comissão de arbitragem. O motivo? Não se pronunciou corretamente sobre os fatos e demorou em agir, tirou o corpo fora mesmo, como se não tivesse responsabilidade alguma.
Outros que não se manifestaram sobre o assunto foram a FIFA e a Conmebol. Da Conmebol (não consigo me acostumar a esse nome bizarro!) já era de se esperar, são um bando de incompetentes que gerenciam o futebol porcamente. Para dar uma idéia de como funciona a entidade que regula o futebol na América, eles condenaram a atitude do Grafite (a vítima!) e absolveram o Desábato (o agressor!). A Conmebol ainda não se pronunciou sobre o que vai acontecer com o jogo da Libertadores que foi fraudado pelo travesti de juiz. A FIFA, na Europa, puniu duramente os envolvidos em escândalos de falcatruas, mas sobre o caso brasileiro, o máximo que fez foi excluir o Edílson Pereira de Carvalho do seu quadro de arbitragem, não sobrou nada para os dirigentes coniventes e incompetentes.
Outro fato: o travesti de juiz Edílson Pereira de Carvalho já tinha apresentado para a Federação Paulista de Futebol um certificado falso de conclusão de segundo grau. Fecharam os olhos e se calaram, apenas deixaram-no na geladeira por alguns meses e depois ele voltou a apitar, digo, roubar. Se tivessem o expulsado, muita coisa poderia ser evitada. Lá na FPF está todo mundo jogando a bomba no colo do outro e ninguém assume a cagada. Vai esfriar e não vai acontecer nada com ninguém.
Mais uma: um dos incentivadores e apoiadores da indicação do Edílson Pereira de Carvalho para o quadro de arbitragem da FIFA foi ninguém menos que o próprio Ricardo Teixeira, que é o vice-presidente da comissão mundial de arbitragem. Em qualquer empresa de fundo de quintal, quando um funcionário (chefe ou subordinado, não importa) erra feio, é demitido por justa causa. Ricardo Teixeira (que, diga-se de passagem, enriqueceu na CBF) errou feio e continua com o prestigiado cargo de vice-presidente da comissão mundial de arbitragem.
Agora me respondam: como é que os dirigentes falam em "moralizar e mudar o futebol" se eles mesmo são os culpados pela maioria dos males? Hoje futebol é um milionário negócio. Enriquece muita gente e empobrece o esporte. O jogo e a paixão da torcida pouco importam.
Em tempo: A recém criada CNJ (Comissão Nacional de Justiça) foi acionada para remover Luiz Zveiter do comando do STJD. Ele é desembargador no Rio de Janeiro e não pode acumular dois cargos. É ilegal. Por trás disso tudo está a vontade em reverter a correta anulação dos 11 jogos. Possivelmente, o Zveiter vai cair sim, mas também possivelmente, a anulação vai ser mantida.
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