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segunda-feira, agosto 08, 2005

Márcio anda pisando na bola 

Diego Corneta

O Corinthians está com uma boa equipe, com alguns bons jogadores e dois acima da média: Roger e Tevez. O time tem deficiências que saltam aos olhos, como o goleiro Fábio Costa, que falha de dois em dois jogos. O zagueiro Sebá, que é duro, travado mesmo, e também falha muito. Os laterais Edson e Coelho estão muito abaixo do esperado para um time como o Corinthians. Rosinei andou fazendo seus gols, mas erra muitos passes. Jô é extremamente irregular e inconstante. Jogou razoavelmente bem contra o Santos, mas contra o Coritiba e o São Caetano, parece que a jovem promessa não entrou em campo. Porém, nas duas últimas derrotas, o principal responsável foi o técnico Márcio Bittencourt.

Contra o Santos, o Corinthians tinha o Marcelo Mattos suspenso. Márcio entrou com apenas um volante (Mascherano) e três zagueiros (Betão, Marinho e Sebá). Resultado, o time entregou de bandeja o meio-de-campo, dando espaço mais que suficiente para Ricardinho, Giovanni, Bóvio (até ele jogou bem!), etc. O time parecia que estava com um a menos! Na prática, estava mesmo. Pois nenhum dos três zagueiros subia para compor o meio-de-campo, aliás, nenhum deles possui essa característica. O jogo muitas vezes é ganhando no meio-de-campo, e o Márcio facilitou as coisas para o Santos.

Contra o São Caetano, o time voltou a tomar um gol relâmpago, antes dos cinco minutos. Acho que é a terceira ou quarta vez que isso acontece e não é nada normal. Estou indo ao Pacaembu ver os jogos e o time não sabe se posicionar em campo. Muitas vezes embola, outras vezes não oferece opção de passe. E isso é trabalho do técnico. Independente da posição de impedimento do Dimba, o fato é que ele estava totalmente livre. E no lance do gol, o Pingo (ex-Corinthians) partiu do seu campo de defesa, tabelou, tirou o Sebá para dançar e cruzou para o centroavante. Ou seja, muita gente falhou no lance do gol, não foi uma falha individual. Isso é posicionamento, é o dedo do técnico.

Para completar a tarde infeliz, Coelho contundiu-se e Márcio errou feio na substituição. Com o time perdendo, ele sacou o Coelho e colocou o limitado Wendel. Assim, Rosinei passou para a lateral direita e o time ficou com três volantes: Wendel, Mascherano e Marcelo Mattos. Com o time perdendo, para que servem três volantes? Já que a equipe estava perdendo e sendo sufocada, sem conseguir criar muita coisa, Márcio deveria ter colocado Hugo ou Dinélson, que sabem tocar a bola e chutar de longa distância. É óbvio e simples, não tem mágica nenhuma. Com a substituição, o time piorou, pois os três volantes não conseguiam distribuir o jogo, os laterais não ajudavam e Roger estava isolado e muito marcado. No primeiro tempo a bola quase não chegou no Tevez e no Jô.

Márcio tentou consertar seu erro, no intervalo ele sacou Mascherano e colocou Hugo. O time melhorou um pouco, mas parava na defesa adversária e nos próprios erros (Jô que o diga!). Percebendo a impaciência da torcida, Márcio resolveu mudar de novo. Sacou Jô e lançou Bobô. Pronto, agora sim ele acabava com as esperanças do Timão. A vantagem de um homem a mais (Paulo Miranda havia sido expulso) que o Corinthians tinha, foi por água abaixo, pois Bobô em campo e ninguém em campo são a mesma coisa. A bola não chegava de maneira alguma na área, então para que colocar um centroavante típico de área? Sem dizer que o Bobô é lento e tecnicamente péssimo, simplesmente não consegue trocar passes. O time precisava abrir espaços para furar a retranca, Dinélson seria a melhor opção.

Márcio começou muito bem, mas ultimamente ele anda errando feio. Seus créditos – com a torcida e com a diretoria – estão acabando, se ele continuar irregular desse jeito, não dura até o final do campeonato. Paciência tem limite, a minha já se esgotou.

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