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segunda-feira, fevereiro 21, 2005

O mistério do Jô 

Por Diego Corneta

Continua o mistério e a pergunta que não quer calar, como pode o atacante Jô ser titular do time corintiano? O tema já foi discutido aqui neste mesmo espaço em um texto (O Enigma Jô) do colega Pedrão Pistão. Eu também já cornetei várias vezes sobre a célebre questão. O fato é que a dúvida permanece no ar, e o Jô, por sua vez permanece na equipe.

No ano passado, depois de dispensar (ou afastar) uma baciada de péssimos jogadores (como Adrianinho, Samir, Piá, Julinho, Careca, Régis Pitbull e outros), o Corinthians se viu obrigado a escalar os jogadores da equipe de base. Começaram a aparecer Betão, Coelho, Wendel, Rosinei, Édson e mais quatro atacantes: Wilson, Bobô, Abuda e Jô. Wilson não carece de muitos comentários, é fraco e não tem a menor condição de jogar no Corinthians. Bobô é mais um destes centroavantes de área, corpulento e trombador, que marca seus golzinhos depois de umas cinco ou seis chances. Da mesma estirpe (ou ainda pior) de Oséias, e William (ex-Santos), por exemplo. Abuda, pelo menos para mim, pareceu ser o mais promissor. Rápido, insinuante e corajoso. O Jô, dos quatro, me parecia o pior de todos. Lento, desengonçado e sem a menor intimidade com a pelota em seus pés.

Repito aqui palavras e conceitos que eu mesmo já usei em outras oportunidades. Jô é alto, mas não sabe cabecear. Tem passadas largas, mas é extremamente lento. Não tem técnica e habilidade para ser um segundo atacante. E também não serve para centroavante de área, pois finaliza terrivelmente mau. Sua condição de titular é realmente um mistério. Jogou no ano passado porque o titular Marcelo Ramos simplesmente teve um colapso mental e se esqueceu como é que se joga futebol. Agora em 2005, mesmo jogando muito mal, segue como titular. Dinélson poderia jogar em seu lugar. Bobô poderia ser testado em seu lugar. Até mesmo um cone poderia fazer melhor que Jô.

Já tive o desprazer de presenciar muitos jogos ao vivo do Jô. Não estou pegando no pé do menino, porém a realidade é esmagadora, ele pode ser esforçado, corintiano, e tudo mais, porém não serve para o Corinthians. Bom, pelo menos nesse momento da sua carreira, pois se o Tite e a diretoria apostam tanto nele, quem sabe eu não estou completamente errado. Quem sabe ele não estoura?

Jô estreou como titular aos 16 anos e a história nos mostra que garotos tão jovens assim – a não ser que seja uma exceção como Pelé, Ronaldo e Robinho – não se dão muito bem entre os profissionais. Tite raramente o substitui, aumentando o mistério em torno do jogador. Sinceramente eu desconfio que o Jô tem um padrinho muito forte dentro da diretoria corintiana, alguém que sonha em lucrar com uma eventual venda do jogador. Não consigo ver outro motivo para sua permanência na equipe. Por favor, me corrijam se eu estiver delirando sozinho.

Paciência tem limites
Tudo bem, Tevez chegou há pouco tempo. Sabemos que certos jogadores demoram mais para se adaptarem ao time e ao país, no caso de estrangeiros. Mas isso não serve de justificativa para seus erros na partida do último domingo contra o Paulista. A torcida ainda está em lua-de-mel com o jogador, mas paciência tem limites. Teve três oportunidades claríssimas de abrir o placar e errou as três! Para não fugir à regra, Jô também perdeu (mais uma) chance cara a cara com o goleiro.

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