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segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Machismo e incompetência 

Por Diego Corneta

Foi patético. Nos poucos minutos que assisti do programa “Debate Bola”, da Rede TV, a jornalista Marília Ruiz (uma mulher!) afirmava que mulheres não poderiam apitar jogos masculinos por serem fisicamente inferiores. Já o Cacá Rosset (um homem!), usando todos seus cacoetes teatrais, defendia as mulheres.

É um fato, as mulheres, na média, têm menos capacidade aeróbica que os homens. Digo “na média” pois sabemos que há homens, inclusive juízes, que têm a condição física muito inferior a de muitas mulheres. Os argumentos da Marília Ruiz eram verdadeiros, os tempos femininos em todas as provas de corrida são menores que os tempos masculinos. Mas este fato não justifica a proibição de juízas em jogos masculinos, pois além da parte física em dia, um bom árbitro deveria ter conhecimentos técnicos, boa visão, presença de espírito e sensibilidade para lidar com atletas.

Outro absurdo é usar a fraca atuação da juíza Sílvia Regina de Oliveira como parâmetro de todas as outras juízas. O nível da arbitragem brasileira é péssimo, independente de quem apite, homens (na maioria) ou mulheres. Tite foi o primeiro a atacar a juíza do clássico de domingo passado.Talvez fez isso para tirar o foco da sua incompetência e não falar do futebol horrível apresentado pela sua equipe. O técnico do Corinthians está visivelmente perdido, ainda não definiu a escalação ideal da equipe, não sabe fazer alterações e comanda, mesmo com a chegada de excelentes reforços, o pior ataque do campeonato paulista.

Não vi o jogo, apenas os melhores momentos. Se comentar um jogo depois dele ter acabado é fácil, comentar os melhores momentos é uma heresia. Mas todas minhas referências (Folha, Estadão, Rádio Bandeirantes e Internet) confirmaram o fiasco corintiano dentro das quatro linhas. Tite foi machista e infeliz na sua declaração. E imprensa pelego, mais uma vez, foi atrás de uma idiotice e superdimensionou o fato de uma maneira ridícula, pois ao invés de debater o nível da arbitragem de uma maneira geral, independente do sexo do juiz, fica discutindo a partir de um preconceito ridículo e uma postura machista.

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