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segunda-feira, novembro 22, 2004

Homem do ano 

Por Diego Corneta

Já não restam mais dúvidas, Ronaldinho é o homem do ano. Para aqueles que ainda sustentavam algum resquício de dúvida entre as atuais fases de Ronaldo, Zidane, Henry e Ronaldinho (favoritos ao prêmio da Fifa); depois do clássico de sábado passado, não sobrou espaço para nenhuma suposição. Ronaldinho Gaúcho é definitivamente o homem do ano.

Com três minutos de jogo ele já tinha tomado conta da partida. Isso mesmo, com três minutos. Desceu pela esquerda carregando a bola, escapou de um marcador, aplicou um elástico no Michel Salgado e cruzou na cabeça do Eto’o. Auxiliado pelos excelentes Deco e Eto’o, o craque brasileiro massacrou o Real Madrid. O time inteiro do Barcelona jogou muito bem. Além dos três já citados, Puyol, Rafa Márquez, Van Bronckhorst e Xavi também se destacaram.

O ousado holandês Frank Rijkaard entrou praticamente num 4-2-4. Com Rafa Márquez e Xavi no meio-de-campo, segurando o contra-ataque do Real Madrid; e Ronaldinho, Deco, Eto’o e Larson na frente. Os laterais Beletti e Van Bronckhorst também apoiavam alternadamente; Xavi e Rafa Márquez também desciam, e o Barça atacava sempre com seis, sete e até oito jogadores. Uma tática ofensiva e demolidora. Os homens de frente se movimentavam muito (principalmente no primeiro tempo) e confundiam a marcação dos merengues. Foi um baile.

Até sábado, a defesa do Real (que esse ano foi reforçada pelo argentino Samuel) tinha tomado apenas seis gols, e era a melhor do campeonato. Tomou três em 90 minutos e, se não fosse Casillas, tomaria mais uns dois. Pavón jogou no lugar do contundido Helguera, Beckham e Guti ficaram o tempo todo atrás, Roberto Carlos e Michel Salgado também. Zidane e Figo voltavam para marcar, mas nada disso foi capaz de segurar o ímpeto do arrasador Barcelona.

Logo nos 15 minutos iniciais, Ronaldinho já tinha distribuído chapéus, elásticos, arrancadas, e outros dribles plásticos; todos visando a melhor jogada ofensiva, e não a humilhação do adversário. Eto’o, também logo no início, aplicou uma caneta no Samuel e já mostrou para que veio. Depois, aplicou mais uma em outro jogador, nem me lembro qual. O primeiro gol saiu de uma falha bisonha do Roberto Carlos, aproveitada oportunamente por Eto’o. O segundo foi uma jogada maravilhosa, uma troca de passes com muita velocidade e precisão. O terceiro gol, de pênalti, premiou a atuação de gala do Ronaldinho. Por tudo o que ele jogou nesse ano, levando o Barcelona de volta à Copa dos Campeões (no primeiro semestre) e agora ajudando o mesmo Barça a ser líder isolado; o prêmio da Fifa para melhor jogador do mundo em 2004, parece já ter dono.

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