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terça-feira, novembro 09, 2004

Goleiro 

por Anselmo Trompete

Se tem uma coisa que eu gosto de reparar num jogo de futebol é a atuação dos goleiros. Desde criança (não vou colocar desde “pequeno” porque até hoje não sou grande) eu costumo analizar as atuações dos arqueiros. Indiscutivelmente eu torço muito mais para o camisa 1 do que qualquer outro que está em campo. Confesso que às vezes eu fico chateado por alguma eventual falha dele, independente de qual seja o time.

Um dos maiores goleiros que eu vi jogar também foi um dos mais azarados da história. Carlos Roberto Gallo, ou simplesmente “Carlos”, foi sem dúvida um espetacular goleiro. Extremamente técnico, Carlos tinha boa altura, envergadura e, principalmente, “pinta” de goleiro. Era daqueles tipos que durante o aquecimento o centroavante adversário fica analizando e pensando: “Vou ter problemas...”. Só que em 20 anos de carreira, nunca conquistou um título jogando. Em 1977 ele defendia a Ponte Preta, que perdeu a final do Paulistão para o Corinthians. Depois acabou se transferindo para o time do Parque São Jorge, mas machucou-se BEM no ano que o Timão venceu o Paulista de 1988.

Outros excelentes goleiros vieram depois de Carlos. Ronaldo, Taffarel, Zetti, Marcos e Dida tiveram ótimas atuações por onde passaram. Agora estão tentando elevar o tal do Fábio Costa ao mesmo deles. Fábio Costa? Fábio Costa? Só podem estar brincando, no mínino.
O atual arqueiro do Corinthians não é ruim. Mas não é goleiro para jogar em um dos maiores times do Brasil. Ele é do tipo que se encaixaria perfeitamente no Fortaleza, Náutico, Avaí, Paulista de Jundiaí... Mas não no Timão.

Quem viu o primeiro gol sofrido pelo Corinthians na derrota de 3x0 para Internacional vai me entender, com certeza. Tenho CERTEZA que se fosse o Hélio, ex-goleiro do VOCEM de Assis nos anos 90, teria encaixado aquela bola e saído jogando. Mas não. Fábio Costa imitou uma largatixa bêbada e só olhou a bola entrando no gol.

O que mais me irrita é escutar jornalistas, comentaristas e outros “istas” dizerem que Fábio Costa defende muitas bolas difíceis. Não discordo deles, mas pensem comigo: Quantas bolas difíceis, num jogo, vão para o gol? Duas? Três? E quantas bolas fáceis (como aquela falta do Inter) também vão? Dez? Quinze? Oras! Se ele defender 50% das difíceis, o time ainda sofrerá um gol por jogo. Agora, se ele defender OS MESMOS 50% das fáceis, a equipe levará, em média, CINCO gols por jogo! Concluindo: é muito mais vantajoso o goleiro defender mais as bolas relativamente fáceis do as difíceis !

Esses dias estava acessando o Orkut e vi um “post” na comunidade do Corinthians que quase me enfartou. O título era: “Quem é melhor: Ronaldo x Dida x Fábio Costa ?”. Seja lá quem fez essa comparação só sabe jogar, no máximo, pebolim. Quem será que teve a OUSADIA de comparar o Fábio Costa ao Ronaldo e Dida ?

“Todo bom time começa com um bom goleiro”, já dizia aquela máxima do futebol. Definitivamente, esse não é o caso do Corinthians.

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