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segunda-feira, outubro 18, 2004

Pacaembu de novo só em 2005 

Por Diego Corneta

Fui ao Pacaembu ver o embate Corinthians X Coritba. Foi péssimo. Um 0 X 0 enervante e pavoroso. Já estou decidido, não volto mais ao Pacaembu nesse ano. O time do Corinthians é ridículo, vai ficar ali naquela zona morta da tabela, onde os times não estão ameaçados pelo rebaixamento e nem brigam por vagas na Libertadores. Um tédio.

O Váldson é um dos piores zagueiros que eu já vi. A quantidade de passes que ele erra é inacreditável. Se fosse em pelada, qualquer cara que errasse tantos passes assim, não ficaria nem no banco. O Renato na esquerda não dá. Rosinei e Felipe Alvin são bons reservas e só, não podemos esperar mais do arroz-e-feijão que os dois sabem fazer. Jô é horrível. Repito, horrível. Fez uns golzinhos e já foi alçado como promessa e salvador. Ele é alto, mas não sabe cabecear. Tem passadas largas, mas é extremamente lento. Seu chute de esquerda é um sopro, e sua perna direita não serve nem para subir no ônibus. Não tem técnica para matar bolas difíceis (fáceis também), tabelar, ou enfiar uma bola para outro companheiro. Edson é esforçado e só. Fabinho encerrou seu ciclo no Timão e deve sair da equipe. Desse time, só Fábio Costa (com a cabeça fria) Ânderson, Betão e Gil se salvam. Pacaembu de novo só em 2005. Desisto.

Romário X Ronaldo
Nas últimas semanas, a declaração do Romário agitou de novo o debate sobre quem é melhor, ele ou Ronaldo. É sempre difícil comparar excelentes jogadores e escolher só um. Mas, na minha modesta e inútil opinião, Romário foi muito mais jogador que Ronaldo. Se fosse para escolher um dos dois, no auge, escolheria, sem hesitar, o baixinho.

Saiu uma pesquisa na Folha e o resultado foi significativo. Os mais jovens e as mulheres preferem o Ronaldo. Os mais velhos e os boleiros (jogadores, técnicos e jornalistas esportivos) preferem o Romário. Romário, há alguns anos, tornou-se um atacante matreiro e preguiçoso, ficava isolado no ataque, esperando a bola chegar em seus pés. E é essa a imagem que ficou para os mais jovens e para os menos assíduos apreciadores do futebol. Porém, Romário era um jogador infernal. Rápido, habilidoso e incisivo. Voltava para buscar bola, tabelava, saía da área, driblava, passava. Um craque mesmo. O maior jogador brasileiro que eu já vi atuar.

Para quem gosta de números (a mais fria das argumentações), Romário marcou muito (muito mesmo) mais gols que Ronaldo. E dificilmente o fenômeno vai ultrapassar o baixinho. Romário levou o PSV a conquistar um título europeu e alguns holandeses. Foi o recordista de gols na temporada espanhola e encantou Barcelona. Ainda no Vasco, no fim dos anos 80, ele fazia gols e jogadas espetaculares. Classificou o Brasil e ganhou uma copa com um time medíocre e foi sim o salvador da pátria. Ronaldo, coincidentemente tem uma carreira parecida. Também passou por PSV e Barcelona. Também ganhou uma copa, mas seu time era melhor e as equipes que o Brasil enfrentou eram piores.

Assisti a um jogo entre Barcelona X Rayo Vallencano, lá no Camp Nou. O Barça tinha o Ronaldo num dos melhores momentos de sua carreira, em 1997. Conversando com um velho torcedor barcelonês, ele me disse mais ou menos o seguinte: “Eu adoro e sou fã do Ronaldo. É um jogador fora do comum, um craque. Mas o que eu vi o Romário fazer em campo, nenhum jogador nunca mais vai fazer.” Assino em baixo.

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