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sexta-feira, outubro 15, 2004

Amarelinha em foco – parte 2 

Por Diego Corneta

Não vi direito o jogo Brasil X Colômbia. O pouco que vi (o segundo tempo inteiro e os melhores momentos) dá para falar que os laterais continuam não atacando. Os volantes continuam sem saber o que fazer com a bola. O armador continua sozinho e sobrecarregado. E o Brasil insiste em atacar pelo meio. Roberto Carlos não sabe cruzar. Cafu nunca soube. Só me lembro de um cruzamento certo durante o jogo, e foi o Elano que cruzou.

Ronaldinho e Ronaldo deveriam jogar com uma bola cada um. Parece que um está querendo brilhar mais que o outro. E o Alex, sobrecarregado e fora de sintonia, pouco produziu. Destaque para Adriano, que entrou, brigou, roubou bolas e fez até um gol. Bem mais que o Ronaldo, que jogou 90 minutos. A defesa foi pouco exigida, mas num lance bobo tomou um gol legítimo.

Há ainda a cara de pau da dupla (nada) dinâmica que insiste em repetir a ladainha do “antijogo”. Dizem que a Colômbia veio para empatar, para jogar somente atrás. Acontece que desde a década de 50, todas as seleções que jogam aqui contra a nossa, jogam para empatar. Inclusive a Argentina. Ninguém, repito, ninguém joga no ataque contra a seleção brasileira aqui no Brasil. Então para que escalar um time cheio de volantes duros e travados ? Bota um time rápido, ágil e versátil, que é muito mais fácil de furar as retrancas.

A verdade é que o time não jogou nada. As poucas chances que o time criou foram desperdiçadas. Ronaldo perdeu duas ou três chances que não costuma perder. O Brasil não sabe jogar pelos flancos e fica sem alternativa. E as estrelas parecem não saber jogar coletivamente. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, contra a Bolívia já tivemos o mesmo problema. A campanha do Brasil é péssima. O primeiro lugar não é mais que a obrigação. Os times sul-americanos infelizmente não oferecem resistência. Na última eliminatória, exatamente com o mesmo número de jogos, a Argentina já tinha 25 pontos, e o Brasil, os mesmos 20 que ostenta hoje. O único quesito que melhorou foi a defesa. Hoje o Brasil toma menos gols, mas também faz muito menos. É o estilo Parreira que impera. Há dez anos atrás fomos campeões do mundo com placares magros e empates tediosos, sem dar espetáculo. Na última Copa América, também ganhamos assim, batendo em bêbado, ganhando no sufoco e empatando contra times melhores. Se o Brasil ganhar a próxima Copa, dificilmente será diferente disso. É o estilo Parreira que impera.

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