segunda-feira, julho 26, 2004
Sobrenatural de Almeida
Por Diego Corneta
É... meus amigos, se vocês pensavam que ele tinha deixado nosso mundo para desfrutar sua eternidade no além, se enganaram. O Sobrenatural de Almeida voltou ! Para quem não conhece o figura, eu explico. É um espírito zombeteiro que gosta de se manifestar em jogos de futebol. Já ouviram a expressão “gol espírita” ? Pois é, o Sobrenatural de Almeida é o artilheiro das almas.
Não há outro motivo para justificar a vitória do Brasil sobre a Argentina, ontem pela final da Copa América. Os hermanos jogaram muito melhor e não deram chances ao escrete nacional. Porém, em dois lances despretensiosos, empatamos em dois acréscimos. Um milagre ! Explicado apenas pela presença do Sobrenatural de Almeida lá no estádio peruano.
O time brasileiro se acovardou. Isso mesmo, amarelou e deixou a Argentina dominar o jogo inteiro. O goleiro deles não fez uma defesa sequer. O jogo foi praticamente todo no campo do Brasil. Com toques rápidos e muita movimentação, a Argentina envolveu a marcação brasileira. Luis Fabiano não jogou nada e colocou sua posição no time titular em xeque. Alex estava muito marcado e, salvo nas jogadas de bola parada, também pouco produziu. Maicon acovardou-se e limitou-se na marcação. Gustavo Nery marcou muito bem, mas quase não apoiou o ataque. Juan jogou muito e pode muito bem ser titular do “time A”. Luisão fez um pênalti ridículo e redimiu-se com um gol de cabeça, depois ele saiu contundido e deu lugar para o Cris, que jogou pouco tempo, ainda bem. Renato só não foi o melhor em campo por causa da furada bisonha no segundo gol argentino. Kléberson estava bem, procurava o jogo, pena que saiu contundido. Edu foi péssimo e justificou sua condição de boa opção para o “time A”, no banco de reservas. Adriano perdeu quase todas as bolas que passaram por seus pés, mas foi decisivo ao empatar o jogo no apagar das luzes.
Felipe entrou e não fez absolutamente nada. Acho que nem tocou na bola. Ele não é jogador de seleção brasileira. Diego também entrou e correu muito, produziu pouco, mas o suficiente para empatar o jogo. O cruzamento para o gol do segundo empate saiu dos seus pés. Depois, a bola bateu em dois ou três jogadores, e foi carregada pelas mãos do Sobrenatural de Almeida para o pé esquerdo do Adriano. O grandalhão da Inter de Milão ajeitou e, sem deixar cair, emendou uma bomba indefensável no canto esquerdo do goleiro.
Porém, durante o jogo inteiro, enquanto a Argentina foi um time, o Brasil foi um amontoado de bons jogadores. Aliás, isso vale para a competição toda. Os argentinos não possuem os melhores jogadores, mas possuem a melhor equipe. Como isso é possível ?, podem estar perguntando alguns. É simples, basta ver o teipe do jogo de ontem. Os argentinos correm o jogo inteiro e se apresentam para receberem a bola. Marcam muito e os jogadores de meio-campo e ataque trocam de posição constantemente. No Brasil não há avanço dos laterais, não há troca de posição dos jogadores de meio-campo, e os atacantes não são nem um pouco solidários.
Nos pênaltis, os argentinos já estavam derrotados antes mesmo de cobrarem. Os hermanos (e nós, os brasileiros) não contavam com um empate aos 48 minutos do segundo tempo. A vantagem moral e psicológica era toda nossa. Não tinha jeito da Argentina vencer aquela disputa de pênaltis. Outra coisa, quando o Denílson parte driblando todo mundo, e fica segurando a bola no ataque, o Galvão acha lindo e maravilhoso. O locutor global se exalta e até baba nos microfones. Ontem o Téves fez a mesma coisa, a diferença é que ele é argentino. O Babão Bueno (e quase todo mundo, inclusive o Parreira) condenou veementemente a atitude do argentino. Como é isso, nós podemos e eles não ? Eu penso que todo mundo pode fazer isso, e não acho que driblar e segurar a bola seja desrespeito. Faz parte da malandragem do jogo, e só fica nervoso quem não sabe controlar suas emoções.
Resumindo, o Brasil “B” ganhou apertado do Chile (lembre-se que os caras perderam um pênalti e o gol brasileiro foi no finalzinho); bateu num cachorro morto, a Costa Rica; perdeu do Paraguai; no seu melhor momento, trucidou o México; e depois, empatou as duas partidas realmente difíceis da Copa América, contra Uruguai e Argentina. Levou a taça. Foi competente nos pênaltis, há de ser dito, grande mérito para o Júlio César. Os brasileiros sorriem na terra. Sobrenatural de Almeida gargalha no além.
13
O Zagalo é chato ! 13 letras...
É... meus amigos, se vocês pensavam que ele tinha deixado nosso mundo para desfrutar sua eternidade no além, se enganaram. O Sobrenatural de Almeida voltou ! Para quem não conhece o figura, eu explico. É um espírito zombeteiro que gosta de se manifestar em jogos de futebol. Já ouviram a expressão “gol espírita” ? Pois é, o Sobrenatural de Almeida é o artilheiro das almas.
Não há outro motivo para justificar a vitória do Brasil sobre a Argentina, ontem pela final da Copa América. Os hermanos jogaram muito melhor e não deram chances ao escrete nacional. Porém, em dois lances despretensiosos, empatamos em dois acréscimos. Um milagre ! Explicado apenas pela presença do Sobrenatural de Almeida lá no estádio peruano.
O time brasileiro se acovardou. Isso mesmo, amarelou e deixou a Argentina dominar o jogo inteiro. O goleiro deles não fez uma defesa sequer. O jogo foi praticamente todo no campo do Brasil. Com toques rápidos e muita movimentação, a Argentina envolveu a marcação brasileira. Luis Fabiano não jogou nada e colocou sua posição no time titular em xeque. Alex estava muito marcado e, salvo nas jogadas de bola parada, também pouco produziu. Maicon acovardou-se e limitou-se na marcação. Gustavo Nery marcou muito bem, mas quase não apoiou o ataque. Juan jogou muito e pode muito bem ser titular do “time A”. Luisão fez um pênalti ridículo e redimiu-se com um gol de cabeça, depois ele saiu contundido e deu lugar para o Cris, que jogou pouco tempo, ainda bem. Renato só não foi o melhor em campo por causa da furada bisonha no segundo gol argentino. Kléberson estava bem, procurava o jogo, pena que saiu contundido. Edu foi péssimo e justificou sua condição de boa opção para o “time A”, no banco de reservas. Adriano perdeu quase todas as bolas que passaram por seus pés, mas foi decisivo ao empatar o jogo no apagar das luzes.
Felipe entrou e não fez absolutamente nada. Acho que nem tocou na bola. Ele não é jogador de seleção brasileira. Diego também entrou e correu muito, produziu pouco, mas o suficiente para empatar o jogo. O cruzamento para o gol do segundo empate saiu dos seus pés. Depois, a bola bateu em dois ou três jogadores, e foi carregada pelas mãos do Sobrenatural de Almeida para o pé esquerdo do Adriano. O grandalhão da Inter de Milão ajeitou e, sem deixar cair, emendou uma bomba indefensável no canto esquerdo do goleiro.
Porém, durante o jogo inteiro, enquanto a Argentina foi um time, o Brasil foi um amontoado de bons jogadores. Aliás, isso vale para a competição toda. Os argentinos não possuem os melhores jogadores, mas possuem a melhor equipe. Como isso é possível ?, podem estar perguntando alguns. É simples, basta ver o teipe do jogo de ontem. Os argentinos correm o jogo inteiro e se apresentam para receberem a bola. Marcam muito e os jogadores de meio-campo e ataque trocam de posição constantemente. No Brasil não há avanço dos laterais, não há troca de posição dos jogadores de meio-campo, e os atacantes não são nem um pouco solidários.
Nos pênaltis, os argentinos já estavam derrotados antes mesmo de cobrarem. Os hermanos (e nós, os brasileiros) não contavam com um empate aos 48 minutos do segundo tempo. A vantagem moral e psicológica era toda nossa. Não tinha jeito da Argentina vencer aquela disputa de pênaltis. Outra coisa, quando o Denílson parte driblando todo mundo, e fica segurando a bola no ataque, o Galvão acha lindo e maravilhoso. O locutor global se exalta e até baba nos microfones. Ontem o Téves fez a mesma coisa, a diferença é que ele é argentino. O Babão Bueno (e quase todo mundo, inclusive o Parreira) condenou veementemente a atitude do argentino. Como é isso, nós podemos e eles não ? Eu penso que todo mundo pode fazer isso, e não acho que driblar e segurar a bola seja desrespeito. Faz parte da malandragem do jogo, e só fica nervoso quem não sabe controlar suas emoções.
Resumindo, o Brasil “B” ganhou apertado do Chile (lembre-se que os caras perderam um pênalti e o gol brasileiro foi no finalzinho); bateu num cachorro morto, a Costa Rica; perdeu do Paraguai; no seu melhor momento, trucidou o México; e depois, empatou as duas partidas realmente difíceis da Copa América, contra Uruguai e Argentina. Levou a taça. Foi competente nos pênaltis, há de ser dito, grande mérito para o Júlio César. Os brasileiros sorriem na terra. Sobrenatural de Almeida gargalha no além.
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O Zagalo é chato ! 13 letras...