sábado, abril 03, 2004
Já temos um finalista
por Anselmo Trompete
Que o futebol é o esporte mais apaixonante do mundo não há dúvidas. E que ele é o mais imprevisível também. O jogo dessa tarde de sábado nos deu um ótimo exemplo de como podemos nos deliciar assitindo uma partida e, concomitantemente, ficarmos pasmos.
O São Caetano venceu o Santos por 4 à 0 num jogo de um time só. O Azulão desde o começo do jogo entrou em campo para ganhar. Jogou pra fora do ABC o estigma de time pequeno. Já o Santos entrou em campo... bem.... o time até que estava lá, mas os jogadores pareciam que tinham ficado em alguma praia da baixada. Resultado: o time de Leão (o técnico mais mala do mundo) levou um vareio digno de ser lembrado por nós para o resto da vida. Esse jogo vou fazer questão de contar para o meu neto.
Pra não falar que o Santos não fez nada, o alvi-negro praiano teve duas chances claras de gol. A primeira foi belo chute do lateral Léo que caprichosamente beijou o travessão de Silvio Luis. A outra foi disperdiçada pelo inconstante atacante Basílio, que puxou um rápido contra-ataque mas se atrapalhou na hora de finalizar.
O São Caetano não se intimidou e partiu pra cima. Marcinho, ex-Corinthians, quase quebrou a espinha de Claiton com um drible desconcertante. A jogada mais linda da partida teve o final merecido: cabeçada mortal de Euller. O Doni bem que tentou mas só se contentou em pegar a redonda no fundo do gol.
Daí em diante o Azulão assumiu o jogo. O Santos estava mais assustado que velha em canoa e tentava, sem sucesso, chegar ao gol de Silvio Luis.
Logo no começo do segundo tempo o time da casa ampliou o marcador. Fabrício Carvalho, o artilheiro de agora 4 gols, deixava sua marca. Desesperado, Leão mudou mal e tirou Diego. Tudo bem que o meia não estava num bom dia, mas ele é um jogados que pode decidir. E tem mais: por quê ficar com dois volantes se não fazia mais diferença o time perder de dois ou de 20? Pra mim o técnico mala cavou a própria cova.
Depois foi só ver o passeio de Marcinho, Euller e Fabrício Carvalho.
O time do Santos, apontado por muitos como o melhor elenco do Brasil, é franco favorito ao título do Brasileirão mas há tempos que não convence alguém. Pra falar a verdade, o time da baixada só fez duas atuações majestosas em jogos decisivos desde a final do Paulistão de 84. A primeira foi contra o São Paulo, nas quartas de final do Brasileiro de 2002. Naquela ocasião, foi o Tricolor da Vila Sônia que levou uma piaba do tamanho do seu estádio.O Santos, merecidamente, avançava para a semi final. Depois foi a vez o Corinthians entrar no baile. Robinho, o “saci de duas pernas” como diz meu amigo Diego Corneta, chamou o Rogério e mais meio time para a dança. Quem também estava inspirado era o goleiro santista, o Fábio Costa. O arqueiro que hoje está no Timão defendeu três bolas praticamente impossíveis e, graças a ele, o Santos conquistava seu primeiro título brasileiro.
Desde então, o time da Vila Belmiro vem jogando muito bem somente nos jogos classificatórios. Eu não estava aqui no Brasil, mas fiquei sabendo do vareio que o Diego, Robinho e CIA levaram do Boca Juniors na final da Libertadores da América. E muitos me disseram que o Santos vinha muito bem na competição. O time ganhava, convencia e não tinha uma viúva do Pelé que não falava com convicção: “O tri é já é nosso”.
Já o time o Azulão vem embalado e há 7 jogos não sabe o que é perder. Essa situação é bem parecida com a do Santos, no Brasileiro de 2002. O Peixe se classificou na última rodada e ficou com a oitava posição graças ao saldo de gols. O time do ABC também agarrou a última vaga do seu grupo, graças a um empate do Marília no último jogo da primeira fase.
Não podemos esquecer do técnico Murici que montou muito bem o time que ainda conta com um bom banco de reservas. Apesar de ser um time muito novo, o São Caetano possui uma ótima infra-estrutura, uma diretoria séria e, o mais importante, paga seus atletas em dia. Some tudo isso com uma camisa que não pesa tanto quanto às dos três grandes de São Paulo. Temos uma fórmula que não só não podemos dizer que funciona porque, diferente da matemática, o futebol não é uma ciência exata.
Que o futebol é o esporte mais apaixonante do mundo não há dúvidas. E que ele é o mais imprevisível também. O jogo dessa tarde de sábado nos deu um ótimo exemplo de como podemos nos deliciar assitindo uma partida e, concomitantemente, ficarmos pasmos.
O São Caetano venceu o Santos por 4 à 0 num jogo de um time só. O Azulão desde o começo do jogo entrou em campo para ganhar. Jogou pra fora do ABC o estigma de time pequeno. Já o Santos entrou em campo... bem.... o time até que estava lá, mas os jogadores pareciam que tinham ficado em alguma praia da baixada. Resultado: o time de Leão (o técnico mais mala do mundo) levou um vareio digno de ser lembrado por nós para o resto da vida. Esse jogo vou fazer questão de contar para o meu neto.
Pra não falar que o Santos não fez nada, o alvi-negro praiano teve duas chances claras de gol. A primeira foi belo chute do lateral Léo que caprichosamente beijou o travessão de Silvio Luis. A outra foi disperdiçada pelo inconstante atacante Basílio, que puxou um rápido contra-ataque mas se atrapalhou na hora de finalizar.
O São Caetano não se intimidou e partiu pra cima. Marcinho, ex-Corinthians, quase quebrou a espinha de Claiton com um drible desconcertante. A jogada mais linda da partida teve o final merecido: cabeçada mortal de Euller. O Doni bem que tentou mas só se contentou em pegar a redonda no fundo do gol.
Daí em diante o Azulão assumiu o jogo. O Santos estava mais assustado que velha em canoa e tentava, sem sucesso, chegar ao gol de Silvio Luis.
Logo no começo do segundo tempo o time da casa ampliou o marcador. Fabrício Carvalho, o artilheiro de agora 4 gols, deixava sua marca. Desesperado, Leão mudou mal e tirou Diego. Tudo bem que o meia não estava num bom dia, mas ele é um jogados que pode decidir. E tem mais: por quê ficar com dois volantes se não fazia mais diferença o time perder de dois ou de 20? Pra mim o técnico mala cavou a própria cova.
Depois foi só ver o passeio de Marcinho, Euller e Fabrício Carvalho.
O time do Santos, apontado por muitos como o melhor elenco do Brasil, é franco favorito ao título do Brasileirão mas há tempos que não convence alguém. Pra falar a verdade, o time da baixada só fez duas atuações majestosas em jogos decisivos desde a final do Paulistão de 84. A primeira foi contra o São Paulo, nas quartas de final do Brasileiro de 2002. Naquela ocasião, foi o Tricolor da Vila Sônia que levou uma piaba do tamanho do seu estádio.O Santos, merecidamente, avançava para a semi final. Depois foi a vez o Corinthians entrar no baile. Robinho, o “saci de duas pernas” como diz meu amigo Diego Corneta, chamou o Rogério e mais meio time para a dança. Quem também estava inspirado era o goleiro santista, o Fábio Costa. O arqueiro que hoje está no Timão defendeu três bolas praticamente impossíveis e, graças a ele, o Santos conquistava seu primeiro título brasileiro.
Desde então, o time da Vila Belmiro vem jogando muito bem somente nos jogos classificatórios. Eu não estava aqui no Brasil, mas fiquei sabendo do vareio que o Diego, Robinho e CIA levaram do Boca Juniors na final da Libertadores da América. E muitos me disseram que o Santos vinha muito bem na competição. O time ganhava, convencia e não tinha uma viúva do Pelé que não falava com convicção: “O tri é já é nosso”.
Já o time o Azulão vem embalado e há 7 jogos não sabe o que é perder. Essa situação é bem parecida com a do Santos, no Brasileiro de 2002. O Peixe se classificou na última rodada e ficou com a oitava posição graças ao saldo de gols. O time do ABC também agarrou a última vaga do seu grupo, graças a um empate do Marília no último jogo da primeira fase.
Não podemos esquecer do técnico Murici que montou muito bem o time que ainda conta com um bom banco de reservas. Apesar de ser um time muito novo, o São Caetano possui uma ótima infra-estrutura, uma diretoria séria e, o mais importante, paga seus atletas em dia. Some tudo isso com uma camisa que não pesa tanto quanto às dos três grandes de São Paulo. Temos uma fórmula que não só não podemos dizer que funciona porque, diferente da matemática, o futebol não é uma ciência exata.