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segunda-feira, março 29, 2004

Síndrome de time pequeno – Corneta explica 

Por Diego Corneta

Se há um time que realmente amarela é o tal Azulão. Nem consigo me lembrar quantos vice-campeonatos eles ostentam. Vou recordar um confronto em que eu estava de corpo presente, São Caetano X Olímpia (Paraguai), pela final da Libertadores de 2002, no aconchegante Pacaembu. O time brasileiro havia vencido o primeiro jogo por 1 X 0, lá em Assunção, em pleno Defensores Del Chaco. Bastava um magro empate no jogo de volta para garantir o caneco continental. Vamos ao segundo jogo, no segundo parágrafo.

O São Caetano abriu o placar com Aílton. Para um time que bastava um empate, com um gol de vantagem estava fácil. Ou não. Foi aí que a síndrome de time pequeno se manifestou. O São Caetano abdicou do jogo e recuou totalmente, ficou olhando e esperando o Olímpia. O time paraguaio não era nenhuma maravilha, pelo contrário, era muito limitado. Mas pressionando muito o Olímpia conseguiu o empate. Mais uma vez o Azulão pipocou. Poderiam ter jogado como homens, encarando o Olímpia de frente. Poderiam ter marcado mais um, ou mesmo segurado o empate, que já garantia o inédito título. Jair Picerni tirou o Robert (ex-Santos) e um homem de frente (não me lembro se foi o Aílton, ou o Anaílson), e colocou mais dois jogadores de marcação. E mais, além de “trancar” o time, o Sr. Jair Picerni se descontrolou quando sua equipe mais precisava de seu comando, discutiu com o árbitro e foi expulso.

Depois disso, a virada era uma questão de tempo. Acabou saindo barato, pois os paraguaios ainda tiveram chances para marcar mais um e evitar os pênaltis. O resultado final todo mundo conhece, o São Caetano transpirava nervosismo e desperdiçou três pênaltis, dois deles de maneira ridícula. Olímpia campeão.

No último fim de semana, a síndrome de time pequeno se manifestou de novo. O São Caetano parece não acreditar na sua força e joga como um time covarde. Sempre acanhado e marcador. Essa postura pode ser válida para times limitados, extremamente fracos. Mas esse não é o caso do Azulão, que conta com bons jogadores em seu elenco. Contra o Santos eles fizeram 2 X 0 e acharam que conseguiriam segurar o resultado até o final. Atitude típica de times pequenos e covardes, que sempre duvidam da sua própria força. Foi um grande jogo, mas se o Azulão tivesse marcado o terceiro gol, já teríamos um finalista. Uma vantagem de três gols é enorme e dificílima de ser batida, mesmo por um time como o Santos.

Confesso que não imagino de onde vem essa síndrome. Podem ser vários motivos acumulados: o time é jovem, marcado por vários vice-campeonatos, supostamente inferior aos chamados “times grandes”, etc. Jogando e pensando como um time pequeno, será pequeno para sempre. Já está na hora do Azulão se reconhecer como um time forte, de ponta, que está sempre chegando nas fases finais dos campeonatos. Segundo os sábios conselhos do Sr. Miagy, você é aquilo que você pensa. Quem pensa grande, será grande; e quem pensa pequeno, será pequeno. Para o todo e sempre.

Artilheiro de um jogo só
Fabrício Carvalho. A farsa começa pelo nome... Vocês acham que um centro-avante chamado Fabrício Carvalho vai emplacar ? Fala sério ! Marcou dois gols contra o São Paulo e já soma TRÊS na artilharia do torneio. Uma marca impressionante para um centro-avante. Na Ponte Preta ele não se destacava, e no São Caetano continua na mesma. O Somália, que está esquentando o banco, está anos-luz de ser um craque, mas é melhor que o Fabrício Carvalho. O técnico Murici Ramalho errou feio ao sacar o rápido Warley e deixar o estático Fabrício Carvalho no jogo contra o Santos. Resultado: apesar dos esforços do Marcinho, o contra-ataque do Azulão morria nos pés do Fabrício Carvalho.

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